A Noiva do Rei Lobisomem - Capítulo 591
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591: Sociopata 591: Sociopata (Perspectiva de Blue)
“Você não vai descobrir nada dela,” Ciano me disse pela quinta vez enquanto jogava as cinzas na água. “Adeus, vadia. Você não serviu para nada.”
As cinzas daquela mulher – Vento.
“Você não deveria tê-la queimado,” eu disse, apertando Demian mais perto do meu peito. Ele estava chorando, mas tanto Ciano quanto eu estávamos ignorando isso.
“Eu disse a ela que a queimaria se ela não nos contasse,” ele apontou.
“Mas você realmente não deveria ter queimado ela. Não literalmente, Ciano!”
“Eu quis dizer o que falei. Eu sempre quero dizer o que falo,” ele disse, dando de ombros. “Por favor, Blue, me dê um maldito descanso e pare de ser essa mulher amável e maternal. Às vezes, falar com você é como ler aqueles livros de autoajuda.”
Aparentemente, as pessoas neste mundo também precisam de livros de autoajuda. Por algum motivo, pensei que livros de autoajuda só existissem no meu mundo.
Dion estava segurando meu vestido com suas mãozinhas. Ele segurava meu vestido bem apertado, como se estivesse com medo. Levei ambos os meus filhos para tomar um pouco de ar. Dem achou que não era certo eu fazer isso, mas realmente, eu não precisava ouvir ele sobre tudo.
“Ouça, você está sendo…”
“Sendo o quê? Caramba, Blue, como diabos você é minha irmã com essa personalidade amável? Nossa, é horrível!”
“Pare de ser dramático e apenas me ouça. Só porque você não sabe o que fazer com alguém, você não pode queimar a pessoa!”
“O que está feito está feito. O que você vai fazer sobre isso?”
“O que eu vou…? Nada, claro! Porque não há nada mais a fazer! Mas não estava certo, Ciano!”
Envolvendo Ciano foi uma má ideia. Esse cara perde a paciência por qualquer coisa. Ele literalmente queimou essa mulher, caramba. Ainda não conseguia entender. Sim, ela era nossa inimiga. E daí? Não podíamos simplesmente queimá-la. Isso era ridículo.
“Estou voltando,” eu disse.
“É, eu também. Preciso de uma bebida.”
“Eu também.”
“Graças a Deus você não está grávida. Eu pensei que você tinha decidido aumentar a população por conta própria.”
“Vai se foder!” Mostro o dedo do meio.
“Foder…,” Dion disse sem saber o significado dessa palavra.
Ciano começou a rir como o merdinha que ele era. Reviro os olhos e continuo andando. Dion corre para acompanhar, segurando meu vestido enquanto murmurava a nova palavra que aprendeu.
Depois de voltar, contei a Dem tudo o que aconteceu. Ele encarou a questão da queima de forma bem normal.
“Onde está Evelyn então?” ele perguntou.
“Sei lá.”
“Alguma ideia?”
“Não sei, Dem. Tudo o que sei é que temos que encontrá-la. Ela tem um filho e um marido e ela é sua irmã. Ela não pode simplesmente sumir. Temos que achá-la.”
“É o seu maldito pai de novo, Blue. Se pudermos encontrar ele, podemos encontrar a Evelyn também.”
Esse era o jogo do qual Azul falava? Se eu ganhasse, eu conseguiria Evelyn. E se eu não ganhasse? O que aconteceria com a Evelyn então?
Eu não contei a Dem sobre o jogo. Por algum motivo, eu não queria. Senti que tinha que manter isso em segredo por alguma razão. Talvez tivesse algo a ver com como Azul me falou sobre o jogo. Ele agiu tão despreocupado que me fez questionar se havia uma pegadinha. Tinha que ter uma pegadinha. Era Azul de quem estávamos falando, afinal.
Dion ainda estava murmurando aquela palavra como um mantra. Queria que ele simplesmente parasse.
“Eu juro que não ensinei a ele essa palavra,” Dem disse. Ele achou que eu acreditava que ele tinha ensinado nosso filho aquela palavra já que era ele quem mais xingava.
“Não, não você. Sou eu. Eu disse para o Ciano se foder e o Dion ouviu. Eu não sei o que ele gosta nessa palavra. Ele continua dizendo. Já faz um tempo, mas ele ainda não parou.”
“Pode ser o jeito como soa. Você tem que admitir que soa bastante satisfatório.”
“Só para você,” revirei os olhos.
Dem estava fazendo Demian arrotar. Eu diria que era uma coisa adorável, o jeito como Demian arrotava. Dem gostava de fazer isso. Eu também gostava, mas na maior parte do tempo, eu gostava de assistir Dem fazendo.
“Enfim, espero que você esteja me contando tudo. Porque algo parece estranho.”
‘Ele me conhece muito bem.’
“Estranho como?” perguntei como se não tivesse ideia do que ele estava falando.
“Parece que você está guardando algo para si.”
“Não estou!” eu digo mais alto do que pretendia.
Ele me olha atentamente. “Não? Tudo bem então.”
Ele não acreditou em mim. Conhecendo Dem, seria uma questão de tempo até que ele explodisse. Ele ficaria com raiva e começaria a brigar comigo até que eu dissesse do que se tratava.
Continuei em silêncio sobre o jogo o dia inteiro. À noite, Evan veio conversar conosco e também para brincar com Dion.
“Você descobriu algo sobre a Senhora Evelyn?” ele perguntou.
“Não. Nada.”
E se o jogo fosse sobre encontrar a Evelyn?
Minha cabeça estava girando. Sentei numa cadeira e encostei minha cabeça no ombro do Dem. Demian estava dormindo e Dion mostrava a Evan seus brinquedos. Dion gostava muito do Evan. Era como se ele soubesse o que o Evan fez antes de ele nascer. Ainda não conseguia esquecer aquele momento em que Evan segurou meu menino e o colocou no meu peito.
“Tá se sentindo mal?” Dem perguntou, tocando minha testa com a palma da mão.
“Por causa do seu irmão, certo?” Evan tirou as palavras da minha boca. Por causa do meu maldito irmão, claro. Ele me deixava louca o tempo todo e nunca escutava. Ele a queimou, pelo amor de Deus! Quem fazia algo assim?
“Ele não fez nada de errado. Pelo menos, eu não vejo nada de errado nisso,” disse Dem. Esse era outro sociopata.
“Preciso de uma bebida.”