A Noiva do Rei Lobisomem - Capítulo 570

570: O Ato Nojento 570: O Ato Nojento (Perspectiva de Blue)
“Este é o lugar perfeito?” Eu perguntei enquanto estava sentada nas costas de Dem, massageando seu ombro.

“Você pode pressionar mais forte. Eu não sou gelatina, sabia?”, ele disse.

Depois que voltamos, decidi dar uma massagem no Dem. Ele tinha outros planos, então fiz ele deitar de barriga para baixo, assim ele não conseguiria fazer mais nada. Eu estava cansada e tive que tomar banho duas vezes porque Dion vomitou em mim. Primeiro, ele fez isso quando ainda estávamos naquele lugar. Eu tomei um banho depois de voltar. E logo após o banho, quando eu o alimentei, ele vomitou em mim de novo. Ele até riu depois disso, como se estivesse muito orgulhoso do que fez.

“Então você deveria parar de fazer esses sons…,” eu disse.

“Que sons?”, ele perguntou com um tom divertido. Ele estava claramente tirando sarro de mim.

“Você sabe o que eu quero dizer.”

“Não sei. Cuida de explicar, minha Rainha?”

“Você só está sendo… obsceno,” eu disse.

“Apenas me sinto bem quando você faz isso. É por isso. Não sei do que você está falando. Obsceno? Estou apenas expressando o quanto é bom,” ele disse, com uma voz estranhamente séria.

“Você é sempre tão…”

Ele riu. Ele adorava me provocar o tempo todo. Como eu disse não para as investidas dele, agora ele estava tentando um método diferente para me fazer mudar de ideia.

“O encontro hoje foi bom de modo geral,” eu disse, tentando mudar de assunto. Eu realmente não estava com vontade de fazer nada íntimo hoje. Dar-lhe uma massagem estava ótimo, mas mais do que isso, eu simplesmente não estava disposta.

“Até nosso filho decidir que era um ótimo momento para vomitar em sua mãe,” Dem disse. “Mas ainda foi bem legal. Eu gostei da comida hoje, sinceramente.”

“Eu também achei, estava muito boa! Fazia tempo que eu não comia algo tão gostoso,” eu disse. “Não deixe nosso chef saber disso. O coitado vai ficar magoado.”

“Ele precisa se esforçar mais. Não o pagamos à toa.”

“Claro, mas não podemos ser do tipo que não gostamos da comida dele e preferimos a comida daquela mulher, então você deveria tentar cozinhar como ela.”

“Ou melhor do que ela. Obviamente podemos dizer isso a ele. Tipo, estamos pagando-o por um motivo, certo? Então, qual o problema com isso?”

Eu suspirei. Não era possível fazer esse homem entender o que tinha de errado nisso e por que não deveríamos fazer. Eu tentei muitas vezes fazê-lo entender o que deveríamos e o que não deveríamos fazer. Mas sua mente apenas trabalhava de uma maneira muito diferente.

Não era como se nosso chef cozinhasse muito mal. As comidas dele eram as melhores que eu tinha comido até saborear os pratos daquela mulher. Eles eram simplesmente demasiadamente deliciosos.

“Espero que Dion durma durante toda a noite. Eu realmente queria que ficássemos juntos e a sós por um tempo,” ele disse.

“Agora é sempre nós três. E depois de alguns meses, seremos quatro. Vai ser muito difícil para nós ficarmos a sós. Acho que não deveríamos pensar dessa maneira. Só temos que aceitar que as crianças vão chorar e invadir nossa privacidade, então, quando conseguirmos um tempinho, vai parecer como a hora dourada da vida.”

“Foi exatamente o que senti quando Dion estava doente e finalmente dormiu três horas seguidas sem chorar. Aquela foi a melhor sensação. Senti que finalmente podia respirar,” ele disse. “Não vou mentir, o som do choro das crianças é meio terrível. Me dá dor de cabeça.”

Eu bati nele no bumbum brincando. Ele gemeu como se estivesse com dor e então ambos explodimos em gargalhadas.

“Você também acha, não é?” Dem perguntou, entre as risadas.

“Sem brincadeira. Realmente dá dor de cabeça,” eu ri.

“É particularmente ruim quando você já está tendo um dia difícil.”

“Pois é. Outro dia, eu estava bem estressada. E Dion estava chorando demais nesse exato dia. Era como se ele soubesse que a mamãe estava tendo um dia ruim e ele foi tipo – não vamos deixar a mamãe ter um tempo. Mas ele é fofo. Eu fico um pouco irritada, mas aí eu olho para o rostinho dele e toda a minha frustração desaparece. Eu o amo. Ele é tão pequenino e lindo.”

“Eu tendo a ficar um pouco sobrecarregado quando ele olha para mim como se soubesse quem eu sou e quando ele dorme no meu braço. Eu sou responsável por ele, eu sei, porque sou o pai dele, mas quando o fato conhecido é representado por suas ações, eu me sinto sobrecarregado.”

“Eu entendo. É normal se sentir assim. Eu também sinto. É como… eu sempre fico imaginando – isso vai durar para sempre? Vai ser sempre assim, né?”

Ultimamente eu vinha tendo um mal pressentimento, mas conversar com Dem fez minha cabeça ficar mais leve. Me senti melhor do que antes e consegui até relaxar de verdade.

Na verdade, depois daquele incidente no banheiro, eu sempre estava preocupada com a segurança de Dion. Eu sempre temia que alguém machucasse meu precioso filho. O pensamento era perturbador, mas também algo que eu não podia simplesmente ignorar. Ele era meu filho. Não era possível que não houvesse ninguém que tentasse feri-lo.

Dem também havia feito algo parecido com os filhos do Rei de Mazazine. Foi brutal. Cruel. Mas a moralidade não tinha lugar entre os governantes. Se alguém mostrasse moralidade uma vez, se tornavam alvo dos outros, pois os outros os considerariam fracos.

Se meu marido podia fazer aquilo com os filhos de alguém, por que alguém não poderia fazer isso com meu filho também?

Eu me senti mal quando ele me contou sobre isso. Mas naquele momento eu não pude evitar. Agora, eu podia. Nunca deixaria ele fazer algo assim antes. Ele pode não ter a moral para não fazer, mas eu tenho. Para mim, é uma coisa muito nojenta atacar crianças.