A Noiva do Príncipe Dragão - Capítulo 75

75: 75. Chegará lá em breve. 75: 75. Chegará lá em breve. Agora Neriah mal podia esperar para chegar a Trago. Todo esse tempo, ela tinha receio de colocar os pés em um território tão bárbaro. Um lugar do qual ela tinha certeza de que seria antigo sem casas e castelos modernos. Ela estava certa de que o castelo deles seria como uma cabana ou talvez pior. E se eles gostassem de dormir ao ar livre?

Todos esses pensamentos desconfortáveis preenchiam sua cabeça sempre que ela pensava em ir para Trago. Mas após a carta de Lyle, as coisas mudaram. Ela não temia mais a ideia de chegar a Trago. Na verdade, ela estava ansiosa por isso. Porque para Neriah, chegar a Trago significava poder ver Lyle de novo e poder ver Lyle de novo significava um meio de escapar e, se ela escapasse com Lyle, significava liberdade. Sua própria liberdade.

Ela nunca tinha estado tão feliz. Ela orava para que o mar permanecesse calmo e o navio navegasse suavemente para que pudessem chegar ao seu destino rapidamente. Já se passaram duas semanas e dois dias. Ela se perguntava quando chegariam lá. Ela esperava que fosse logo. Ela não suportava mais o comportamento infantil de Barak.

Ela se perguntava o que faria com Riri quando finalmente escapasse daquelas pessoas. A fada infiel que parecia amar Barak mais do que ela agora. Talvez ela simplesmente deixasse a fada para o bárbaro. Todos no navio pareciam adorá-la de qualquer maneira. Tanto que até estavam ensinando a ela o idioma deles!

A porta do quarto se abriu e Barak entrou, “Como você está nesta tarde, querida esposa?” Ele perguntou enquanto caminhava em sua direção, sentando-se na beira da mesa, sorrindo para ela que estava sentada na cadeira de madeira atrás da mesa.

Ela o olhou malevolamente, imaginando por que ele estava conversando e sorrindo para ela.

“O que você quer, querido marido?” Ela perguntou por sua vez e as palavras quase a fizeram vomitar.

“Um homem pode conferir como está sua esposa a qualquer momento, não é mesmo? Só queria ver até onde vai o seu ódio por mim.” Ele a estava zombando com aquele sorriso. Senhores! Ela odiava aquele homem.

“O que você quer?” Ela simplesmente perguntou.

“Vejo que seu ódio está tão alto quanto sempre. Bom.” Ele assentiu e bateu na mesa com os dedos. “No entanto, eu trouxe boas notícias.” Ele disse e ela nem se mexeu porque tinha certeza de que nada do que ele dissesse seria uma boa notícia para ela. Ela baixou os olhos e continuou lendo seu livro.

“Você parece não estar interessada, mas irei informá-la assim mesmo. Se as ondas continuarem calmas, estaremos chegando a Trago ao entardecer de amanhã.” Imediatamente as palavras afundaram em sua cabeça e ela levantou os olhos e o encarou.

“A_ama_amanhã?” Ela gaguejou enquanto gentilmente colocava o livro na mesa. Seu coração começou a tocar mil melodias enquanto ela o encarava para confirmar o que acabara de ouvir.

“Sim. Amanhã, se a calmaria do mar persistir, é claro.” Ele afirmou e ela teve que morder o lábio para se conter de gritar. Ela queria gritar e pular de alegria! Amanhã!! Finalmente ela seria livre. Finalmente ela estaria nos braços do homem que a amava realmente. O homem que a amava a ponto de cruzar os mares por ela.

Ela mal podia conter sua alegria. De fato, se não fosse por seu marido bárbaro, ela teria beijado o portador dessas boas notícias. Era de fato uma ótima notícia!

…
Barak estava ao lado do leme do navio. Já faziam horas desde que ele foi dar a suposta boa notícia à sua esposa e, por algum motivo, ele não conseguia tirar a expressão dela da cabeça.

“Ela parecia extasiada.” Ele murmurou para si mesmo.

“Sim, Alteza?” O homem que manobrava o leme perguntou, achando que tinha sido chamado.

“Não, continue. Eu estava apenas murmurando para mim mesmo.” Ele disse e silenciosamente olhou para a imensa massa de água, contemplando a linha tênue onde o céu encontrava o mar e o belo pôr do sol que tingia a água.

“Não se preocupe, meu príncipe, chegaremos a Trago em pouco tempo. Você finalmente poderá mostrar à princesa a beleza de Trago. Tenho certeza de que ela deve estar feliz de deixar essas águas intermináveis e finalmente chegar ao lar de seu marido.” Disse o homem alegremente.

Barak assentiu, “Ela está.” Ele disse, “e é isso que me preocupa.” Ele acrescentou.

Ele realmente não conseguia superar a expressão dela. Por que ela parecia feliz? O que exatamente a fez tão feliz? Ele tinha entregue a notícia a ela com o propósito de ver o desgosto que isso traria ao rosto dela, mas, para seu espanto, quase parecia que ela tinha estado à espera da notícia por um bom tempo.

A princesa que ele tinha conhecido teria bufado e até rosnado com a boa notícia dele. Mas ela parecia bastante feliz em chegar a Trago, então fez com que ele se perguntasse…

“O que você está planejando desta vez?” Ele sussurrou no ar uma pergunta que realmente queria saber a resposta.

…
Nessa noite, Neriah não ouviu nenhum barulho estranho vindo do convés que perturbasse seu sono e quando Barak voltou para o quarto, ele não fingiu roncar só para irritá-la. Tudo que ele fez foi puxá-la para seus braços como sempre fazia, beijar a parte de trás de seu pescoço e adormecer antes mesmo que ela.

A noite estava tranquila mais uma vez e ela estava em seus braços que eram desconfortáveis como sempre, mas por alguma razão estranha quando ele a envolveu com seus braços como de costume, seu corpo impulsivamente se moveu mais para perto dele. Como se realmente estivesse esperando por ele.

Era uma realização muito desconfortável para Neriah. O fato de que ela tinha se aproximado dele. Ela não gostou. O sentimento estranho não era nada agradável.