A Noiva do Príncipe Dragão - Capítulo 73

73: 73. Dê-me o seu ódio. 73: 73. Dê-me o seu ódio. Um riso suave escapou de sua boca e ela o encarou ainda mais. “Está com ciúmes, princesa?” Ele perguntou e o rosto dela se contorceu em pura irritação. “Querido senhor, você poderia apenas dizer não. Por que fazer uma cara dessas?” Ele resmungou.

“Porque você faz uma pergunta ridícula. Do que eu teria ciúmes?” Ela perguntou como se as palavras deixassem um gosto amargo em sua boca. Ela nem sequer conseguia começar a entender a ideia de ciúmes por um bárbaro! Isso a tornaria uma mulher acabada! E risível, ainda por cima.

“Não me olhe assim, bárbaro, é extremamente mal educado.” Ela repreendeu, mas ele não desistiu. E ela não gostou. O olhar dele sobre ela continuamente, era desconfortável.

“Minha querida esposa, chegará um dia em que você terá um ciúme terrível.” Ele a assegurou e uma risada alta e longa preencheu o ar enquanto ela segurava as grades com mais força para não cair de tanto rir. Ele era um verdadeiro bobo da corte.

“Você é tão ridículo, meu bom senhor.” Ela riu ainda mais, enxugando até uma lágrima que escapou de seu olho devido à risada muito agradável, “pateticamente ridículo. Acredito que o ciúme só pode ser possível quando o coração de uma pessoa está fortemente unido a outro. Isso significa que, para estar com ciúmes das pessoas ao seu redor, das pessoas que interagem com você, eu teria que ter dado meu coração a você em primeiro lugar. Quer dizer, eu teria que te amar.” Ela explodiu em outra rodada de risadas, esta mais alta que a última.

“Meu senhor, você é delirante. Alguém poderia até te chamar de perturbado por pensar que uma emoção como essa poderia vir de mim para você. Você acha que eu poderia amar um homem como você?” Ela colocou a mão sobre a boca para esconder sua risada. Senhores, ela não ria tanto há tempos. Ele era para ser o bobo da corte real, e não um príncipe.

“Você quer dizer, um bárbaro como eu?” Ele perguntou.

“Sim, estou feliz que pelo menos você entenda isso. Nunca vou te amar ao ponto de ficar com ciúmes. Como eu poderia amar um homem que me forçou a casar e me tirou de casa?” Ela perguntou, seus lábios pressionados em uma linha fina e suas mãos agarradas às grades firmemente.

“Pelo contrário, meu querido marido, ao contrário dessa minha estúpida fada, eu te odeio. Odeio que você esteja respirando, odeio o fato de que, por causa desse maldito casamento, um bárbaro como você tem a audácia de falar comigo pessoalmente. Odeio que compartilhamos o mesmo quarto, odeio ter que ver seu rosto! Eu oro toda noite para que você tropece e caia fora deste navio diretamente na boca de qualquer monstro marinho que esteja disposto a consumir o corpo sujo de uma criatura como você!!!” Ela tinha ido longe demais. Ela sabia disso, mas não se importava.

Ele não dizia nada em resposta, apenas olhava para ela enquanto ela falava sem parar. E ela odiava ainda mais! Odiava que ele a achasse uma garota mimada que não merecia nenhuma resposta dele! Ele era tão arrogante para um bárbaro, e ela odiava isso também.

Pela deusa, ela realmente odiava esse homem chamado seu marido.

“O ódio que sinto por você nem pode ser medido, então não me fale de coisas triviais como ciúme. Isso é algo que um tolo sentiria por alguém como você. E acredite, eu não sou nenhuma tola para você!” Senhores, ela se sentia revigorada. Dava-lhe um puro prazer humilhá-lo dessa maneira. Como ele poderia sequer pensar que? Que ela gostasse dele o suficiente para sentir ciúmes? Ela nunca se sentiu tão insultada em sua vida!

“Entendo.” Finalmente ele falou e tirou as mãos das grades, levantando-se em toda a sua altura enquanto colocava as mãos na cintura. “Acho que isso significa que não tenho mais que tentar fazer você gostar de mim.” Ele disse e ela deu um riso de desdém.

“Querida deusa, você estava tentando? Não tinha percebido.”

“Bom. Então pararei de tentar fazer com que você goste de mim e, em vez disso,” ele fez uma pausa e deu um passo mais perto dela fazendo com que sua mão deslizasse lentamente da grade uma após a outra enquanto ela recuava, “vou alimentar o seu ódio.”

“Hã?” ela respirou enquanto ele de repente estava tão perto dela, uma de suas mãos havia envolvido sua cintura e a outra segurava seu queixo. Ela tentou se libertar de seu aperto, mas claro que não conseguiu.

“Então odeie-me mais.” Ele aproximou a cabeça da dela, “odeie-me com grande veemência.” Ele sussurrou sobre seus lábios e ela odiava isso. Odiava como ele a forçava a olhar em seus olhos, odiava como_ como seus olhos se enchiam com seu rosto. Ela odiava mais ainda, o calor que estava subindo nela.

“Se não amor, então me dê todo o seu ódio. Todo ele. Eu serei o dono dessa emoção se é o que está disposta a me dar. Recuso-me a compartilhá-la com mais ninguém.” O que ele estava dizendo? Ele estava realmente perturbado? Ele queria que ela o odiasse? Como isso fazia sentido vindo dele?

“Odeie somente a mim, ninguém mais.” Que loucura era essa? Não era para ser ‘ame somente a mim?’ não era essa a famosa frase? Ele tinha invertido tudo!! Ele realmente estava perturbado. Ela não conseguia dizer uma palavra, sua voz e respiração eram demais. Estavam deixando-a tonta.

“Pegarei o que receber.” E mais uma vez talvez ela esperasse, mas não conseguia controlar suas estúpidas pálpebras que se fecharam e quando sua boca cobriu a dela, ela não empurrou ou lutou. Não porque ela não quisesse, mas porque ela não tinha ideia do que estava acontecendo.