A Noiva do Príncipe Dragão - Capítulo 34

34: 34. Qual é o motivo? 34: 34. Qual é o motivo? De pé em frente à enorme estátua de Aveliana com seu manto cobrindo completamente seu rosto, Neriah tinha as mãos entrelaçadas e apenas uma oração: “Querida deusa, que meu amado não me abandone.” Ela tinha fé nele, em seu amor, mas ainda estava assustada. Ele disse que a amava, mas mesmo agora ela sabia que o que ela havia feito era preposteroso, e ela não podia ter certeza de que ele a perdoaria por isso. Mas era isso que o amor significava, certo? Amar alguém mesmo que eles cometessem grandes erros. Era disso que o amor se tratava, certo?

“Meu amor,” Ela ouviu a voz dele atrás dela e seu corpo inteiro estremeceu de medo ao sentir seu calor próximo ao seu corpo. Ela virou a cabeça levemente e o viu parado ao lado dela agora, com as mãos também entrelaçadas à sua frente. Seus olhos fechados enquanto ele murmurava algumas palavras diante da deusa.

Sim, lá estava ele, aquele rosto, aquele sorriso, os belos e longos cachos dourados de cabelo fluindo. Moderadamente alto, ao contrário daquele bárbaro que era cerca de quatro cabeças mais alto que ela. Uma altura tão desnecessária para uma pessoa.

Sim, aquele bárbaro não era nada comparado ao homem que estava ao lado dela naquele momento, era o que Neriah estava pensando.

“Princesa, você está tão bela como sempre,” Ele disse ainda enfrentando a deusa. “mas algum tipo de preocupação parece manchar essa beleza. O que poderia estar na mente da minha adorável princesa para fazê-la parecer tão agitada?”

Veja, essa era uma das razões que ela o amava. Uma das razões pela qual ela se apaixonou por ele. Ele era tão atencioso. Ele nem sequer a olhou direito, mas já podia dizer que havia algo em sua mente.

“P_precisamos conversar.” Ela rezou para não gaguejar, mas gaguejou e pôde sentir seus olhos começarem a se encher de lágrimas. Ela se afastou da deusa e seu olhar encontrou Aria e Riri onde elas estavam esperando por ela. Aria acenou para ela, silenciosamente dizendo que esperaria até que Neriah retornasse, também tranquilizando-a silenciosamente de que tudo ficaria bem.

Neriah assentiu e se afastou da estátua. Ela caminhou rápido por outras pessoas que vieram rezar no templo, certificando-se de que cobria bem seu rosto.

Ela chegou à biblioteca do templo e passou por mais algumas pessoas até chegar à parte da biblioteca que guardava livros de história antiga. Era um local quase abandonado da biblioteca, então havia se tornado o ponto de encontro deles.

Seus dedos tremiam enquanto ela esperava de pé por ele. Ele a amaria, ele ainda a amaria não importa o quê. Ela repetia as palavras várias e várias vezes em sua mente. Ela precisava se tranquilizar. Ela tinha que—
“Neriah,” ela ouviu a voz dele e os braços dele a envolveram por sobre seus ombros, viraram-na e a prenderam profundamente em seus braços. E ela não pôde conter as lágrimas que fluíram enquanto ela se enterrava profundamente em seu abraço.

“Oh, Lyle, Lyle, senti tanto sua falta. Você não faz ideia do que tive que enfrentar nesses últimos dias.” Ela chorou e agarrou-se à túnica dele como se nunca quisesse soltar.

“Neriah, o que foi? Você está tremendo.” Ele a segurou firmemente em seus braços tentando acalmá-la, mas seu corpo tremia e seus lábios tremiam.

“O que fazemos Lyle? O que fazemos? Meu a_amo_” ela falhou e engasgou em seus soluços.

“Vamos apenas nos acalmar um pouco, Neriah. Tente se acalmar.” Ele acariciou seu cabelo e acalmou suas costas, tentando absorver sua dor se possível. “Abaixe a voz, meu amor. Alguém pode ouvir você.” Ele a acalmou gentilmente e continuou a acariciá-la.

Como ela poderia começar a explicar tudo para ele? Ele realmente iria entender? Antes disso, ela precisava saber…

“Lyle, por favor, seja honesto comigo.” Ela segurou ambas as mãos dele desesperadamente. “Me diga por quê.” Ela disse, olhando profundamente em seus olhos.

“Por quê o quê, Neriah?” Ele perguntou. Confusão marcando cada músculo de seu rosto.

“Qual é o motivo? Por favor, me diga. Eu posso fazer qualquer coisa por e com você. E eu sei que você me ama. Eu posso ver isso em seus olhos. Então, por que você não pode ir ao meu pai e pedir a minha mão?” Ela falou as palavras e viu sua expressão mudar para uma cautelosa.

O que ele estava escondendo? Por que ele não lhe diria?

“Lyle, você não é horrível de se olhar, nem está incapacitado de maneira alguma. Você é um príncipe do Nilo. O segundo maior reino Elven. Então por quê? Qual é o problema? O que poderia ser o problema?” Ela perguntou.

Então caiu a ficha. Ele poderia ter mentido. Ele poderia ter mentido para ela. E se ele não fosse príncipe algum, mas um mero plebeu?

Mas ela sentia que ainda teria seu amor por ele mesmo que ele fosse um mero plebeu. Então ela estava pronta para saber. Ela não tinha perguntado antes e não tinha ideia do porquê. Mas ela precisava saber agora.

“Você por acaso mentiu para mim?” As palavras saíram e os olhos dele se arregalaram de horror. “Você não é um príncipe afinal? Você não é do Nilo?”

“Não, não! Claro que não! Por que eu mentiria para você? Eu não menti.” Ele rapidamente refutou suas palavras. E ela respirou aliviada.

“Então me diga. Diga-me qual é o problema. Eu sei que você está escondendo algo de mim, é por isso que eu preciso que você me diga a verdade. Precisamos ser verdadeiros um com o outro para superar todas essas tempestades.”

“Certo, vou confessar a você.” Ela podia ver suas mãos tremendo, podia ver seus lábios tremendo. Qual seria o segredo? O que poderia ser que o fazia tremer de medo?