A Noiva do Príncipe Dragão - Capítulo 231

Capítulo 231: 231. Pronto para implorar.

Se havia verdade em suas palavras e ele era o que estava errado, se ele realmente tinha sido aquele que não conseguiu distinguir um impostor de sua esposa, se verdadeiramente a criança nela não pertencia a outro mas era dele, se verdadeiramente ela estava feliz em vê-lo vivo e bem… se, se verdadeiramente ela o amava, então pelos deuses ele estava mais do que pronto para ficar de joelhos e implorar por seu perdão.

Ele se arrastaria aos pés dela e imploraria por não ser capaz de diferenciar um metamorfo de sua esposa. Ele rogaria perdão por todas as palavras duras que lhe direcionou, quando na verdade ele era o culpado por ter caído nas armadilhas do antigo amante dela. Ele imploraria perdão à criança nela por olhar para ela com muito desprezo.

Ele estava pronto para implorar seu perdão por ter chamado seu amor de mentira.

Mas a questão permanecia, como poderia confiar em alguém que o havia enganado tantas malditas vezes? E, mais importante, ele tinha certeza de que ela era a pessoa que o havia apunhalado no coração. Embora sua certeza estivesse rapidamente desmoronando por causa do que ela lhe dissera e daquele sonho que teve nesta manhã.

“Querido Narciso, ajude-me, não sei o que fazer.”

Os gritos de Barak na floresta foram subitamente interrompidos pelo som pesado de cascos vindo de longe. A princípio ele se perguntou se era uma artimanha do mal que rastejava na floresta, mas ele se tocou e verificou que a bolsa que Rug lhe dera ainda estava consigo.

Poderia ser Lyle e seus homens? Eles finalmente encontraram um jeito de segui-los até a floresta?

Ele poderia lidar com eles na noite passada porque estava impulsionado pela raiva e pelo ciúme, mas hoje era diferente. Ele não estava tão certo de que poderia enfrentar alguém no estado em que se encontrava no momento. Os pensamentos conflitantes em sua cabeça eram demais para conter e controlar.

O fato de Lyle poder ou não ser o pai da criança crescendo nela era um pensamento tão atormentador que ele não estava certo de estar pronto para enfrentar o homem no momento.

Os sons dos cavalos pisoteando a terra estavam ficando mais próximos e mais altos. Ele não podia voltar para a cabana agora ou eles facilmente o seguiriam e a encontrariam.

Agora ele estava tentando se concentrar, ouvir os sons para poder fazer uma estimativa aproximada de quantos eram.

Calmamente, de olhos fechados, ele se concentrou, ele ouviu. Três cavalos. Eram apenas três cavalos.

Em algum lugar em sua cabeça, algo sussurrava para ele que Lyle não arriscaria seu pescoço e entraria na floresta com homens montando apenas três cavalos.

Ele abriu os olhos e se perguntou, poderia ser—

Baseado na hora em que Botch partiu para a capital, faria sentido supor que era ele quem estava retornando.

Sem tempo para refletir mais, Barak salta alto do chão, pousando em uma árvore alta. E esse salto e aterrissagem causam um aumento quase insuportável das dores em seu corpo. Foi tolo de sua parte saltar tão alto, mas só estava percebendo isso agora que estava com dor.

A dor era tanta que ele podia sentir-se lentamente perdendo a consciência. Ele fez o melhor possível para manter o foco. Ele estava tentando tirar sua mente da dor que ardía através de seu corpo.

Mais e mais próximos, os sons das patas dos cavalos batendo na terra tornavam-se mais e mais altos e, em questão de momentos, os cavalos estavam chegando à vista, em um deles estava um grande homem élfico com barba ruiva longa. A pessoa no segundo cavalo, embora encapuzada, ele podia dizer que era uma mulher por causa de sua figura. E o terceiro cavalo tinha outro grande homem encapuzado montado nele.

Com capuzes cobrindo suas cabeças, estava um pouco difícil ver seus rostos.

Mas então, justamente quando ele começava a temer que não pudesse mais suportar as dores e realmente fosse desmaiar, o capuz da mulher ficou preso em um galho e enquanto o galho puxava seu capuz para trás enquanto seu cavalo trotava para a frente, cabelos castanhos longos fluíam pelo comprimento de suas costas e ele viu seu rosto. E uma única palavra saiu de seus lábios enquanto ele finalmente cedia à dor esmagadora e fechava seus olhos, “Mãe”

Rakavi ouviu a voz e levantou a cabeça, vendo a pessoa desabar no chão, ela se moveu para sair de trás do cavalo e pegá-lo, mas seu marido já havia chegado primeiro.

Do seu cavalo, ele salta e pega o homem justo antes dele bater no chão. Rakavi, que já havia pulado do seu cavalo, correu até estar de joelhos ao lado de seu marido. E seus dedos percorreram o rosto do homem que seu marido segurava em suas mãos e as lágrimas que instantaneamente brotaram em seus olhos eram um par com as correntes de água que já desciam pelos olhos de seu marido.

Eles queriam acreditar nisso, ficaram assustados em acreditar, ambos estavam tão aterrorizados com o que poderiam ou não encontrar, mas ainda assim queriam acreditar, então eles deixaram a capital, deixando o palácio sob a autoridade da princesa que era a mais velha da realeza no palácio no momento e saíram tão silenciosamente quanto possível para não deixar ninguém saber para onde estavam indo.

Rakima ficou encarregada do palácio até eles retornarem. Farhan deveria ajudá-la a garantir que ninguém descobrisse ou percebesse que o rei e a rainha estavam ausentes.