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Capítulo 216: 216. Ele não deveria saber
“Eu não sei.” Mileka sussurrou para Rug do lado de fora da cabana.
“Como assim tu não sabes? Tu a viste ou não? E por que só estás me dizendo isso agora?” Rug sussurrou de volta.
“Bem, eu não achei necessário te contar sobre algo do qual eu não tinha certeza. E ainda sim só consegui guardar para mim até agora. No entanto, ‘Tava realmente escuro naquela noite. Eu devo ter visto coisas. Como poderia ter sido ela?” Ela deu de ombros.
“Mas há uma possibilidade de que poderia ter sido ela?” Rug pergunta e Mileka assente com a cabeça.
“Mas eu poderia ter me enganado?” Ela pergunta nervosa.
Ela não deveria estar fora naquela hora. Se ao menos ela não tivesse esquecido as maçãs que comprou, ela não teria que voltar ao mercado theel onde viu uma mulher estranha de pé na praça do mercado.
Como o destino quis, suas maçãs caíram nas ruas e, de algum modo enquanto as recolhia, ela vislumbrou a mulher.
Mileka nunca teria conhecido o rosto da princesa Aveliana se ao menos ela não a tivesse visto uma vez enquanto entregava cerveja para alguns servos do palácio. Ela se lembrou vividamente de ver a princesa sendo levada de volta ao palácio principal após ter fugido pelos quartos dos servos.
Ela nunca esquece um rosto. Foi por isso que eles puderam ajudar Barak em primeiro lugar, porque ela se lembrava dele como um de seus clientes, um muito rico.
Ela nunca esquece um rosto e ainda assim, ela se disse que não poderia ter sido a princesa que ela viu.
“E se eu estiver errada? Eu acho que estou errada.” Ela concordou com a cabeça. “Sim, eu devo ter visto errado. Não poderia ter sido ela. Quer dizer, o que ela estaria fazendo aqui? De todos os lugares onde ela poderia estar, por que ela estaria aqui em Bampo, a terra dos ladrões?”
“Só quem tu viste pode responder isso.” Rug deu de ombros.
“Você acha que é coincidência? Uma coincidência que ela veio direto para a aldeia onde ele está? Eu não acho. Tais coincidências são raras. Não poderia ter sido ela. Eu só me enganei.”
“Mas você disse que ela usou seus poderes em você.”
“Qualquer um poderia ter usado seus poderes quando um estranho como eu estava perseguindo eles. Eu não acho que foi ela.” Mileka repetiu as palavras novamente.
“Ela ou não, temos que manter isso em silêncio. Se ele descobrir, ele vai querer ir atrás dela mesmo que ele não esteja muito apto para se movimentar.”
“Sim, eu também acho. Botch já deveria ter chegado à capital agora. Sua Alteza precisa descansar até que venham e o encontrem. Tu viste como ele estava da última vez. Ele estava pronto para explodir daqui e estrangulá-la. Eu temo pelo que ele fará se ele tiver a dica de que eu posso ou não ter visto ela.”
“Então, de jeito nenhum Sua Alteza deve saber.”
“O que eu não devo saber?” Eles se encolheram em choque quando a porta da cabana se abriu abruptamente e Barak estava parado com o ombro apoiado na moldura da porta e olhos dourados suspeitos olhando para baixo, para os dois.
“V_Vossa Alteza! Você não deveria estar de pé.” Mileka rapidamente tentou desviar a atenção dele do que estavam discutindo. “Suas feridas finalmente estão fechando devagar, se movimentar só vai atrapalhar sua recuperação.” Ela disse enquanto tentava puxar o braço dele para ajudá-lo a voltar para dentro.
“Diga-me, sobre o que vocês dois estavam sussurrando?” Sua voz estava calma, mas seu olhar sério que se moveu de Mileka para Rug deixou claro que aquela não era uma pergunta comum. Era uma ordem.
Mileka e Rug trocaram olhares preocupados, pensando entre si como compartilhariam a notícia incerta e não confirmada com ele.
…
“É por isso que não queríamos te dizer!” Mileka quase gritou enquanto Barak vestia um casaco preto sobre a túnica e calça pretas que estava usando.
“Eu nem tinha certeza de que era ela. Eu não cheguei a vê-la claramente. Eu juro, acredite em mim. Ela pode não ser a pessoa. E mesmo que seja, o que tu vais fazer neste estado? Ser esfaqueado de novo?!” O olhar gélido de Barak foi o suficiente para fazer a mulher entender que suas palavras estavam indo além do que ele podia tolerar.
“P_perdoe minha insolência, mas eu só estou dizendo isso pelo teu bem.” Ela se afastou alguns passos dele enquanto ele pegava a espada do marido dela, desembainhava e então a enfiava de volta na bainha.
“Rug, tu não vais tentar impedí-lo? Ele mal pode se mover.” Mileka apontou para ele.
E embora ele estivesse mancando, ela não podia negar o fato de que ele estava se movendo com mais agilidade do que ela esperaria. De onde ele tirou essa força?
Foi da raiva dele? Ou foi de sua vontade de cortar a cabeça de sua esposa. Mileka não sabia qual era, mas sentia muita pena da mulher que ele fosse encontrar neste estado.
“Pega o Blacky, ele é um corcel fiel e bom, ótimo para fugir do perigo.” Rug diz e Barak acena calmamente enquanto apanha uma das capas de Botch e coloca sobre a sua cabeça.
“Rug!” Mileka gritou incrédula.
“Certifica-te que Blacky volte em segurança.” Rug fala de novo e Mileka não podia acreditar que ele estava incentivando um homem ferido a ir em uma missão tola.
Conforme o homem enrolou mais um pano em volta do rosto, Rug se aproximou dele e entregou um pequeno saquinho, “Aqui, talvez tu não tenhas notado, já que tu estiveste dentro o tempo todo, mas estamos na floresta dos condenados. Isso vai repelir as almas condenadas e garantir tua passagem segura. Mantém isso contigo o tempo todo.”
Sem mais palavras para compartilhar entre eles e claramente sem nenhuma maneira de convencer Barak a desistir de sua missão, eles o observaram jogar o capuz sobre a cabeça e sair batendo os pés do quarto. No minuto seguinte, eles ouviram o som do cavalo trotando para longe.
“Tu deverias ter tentado impedi-lo.” Mileka diz enquanto eles observam ele desaparecendo lentamente de vista.
“Tu viu os olhos dele? Não tinha como convencê-lo a desistir.” Rug deu de ombros. “Tudo o que podemos esperar agora é que tu estejas errada e ela não era a pessoa que tu viu. Se ela foi… que os deuses a salvem da ira dele.”