A Noiva do Diabo - Capítulo 96

96: Como Você Desejar, Meu Pequeno Animal de Estimação 96: Como Você Desejar, Meu Pequeno Animal de Estimação Arlan saiu da cama e ajeitou seu cabelo bagunçado da cama.

“Você pode ir,” ele disse em um tom cortante.

“Meu Senhor?”

Vendo aqueles belos olhos se alargando de medo, seu pequeno atendente obviamente havia interpretado mal suas intenções.

“Já que fiz você dormir no chão duro e frio,” Arlan começou com grande ênfase, “então como seu mestre, estou recompensando você com uma merecida folga. Você não precisa me servir esta manhã. Vá descansar ou faça o que você faz no seu tempo livre.”

Oriana piscou algumas vezes, se perguntando se seus ouvidos tinham ouvido corretamente. Será que esse moleque estava realmente cuidando dela?

‘É o efeito do pesadelo? Talvez seu cérebro não esteja funcionando direito.’
Vendo ela não respondendo, aquele par de olhos azuis voltou para a sua forma tola. “Junto com suas pernas, seu cérebro adormeceu por dormir no chão?”

“Ah, não. Entendi.”

Arlan se aproximou da parede e puxou a corda perto da cama que chamaria outros servos para sua câmara. “Quanto tempo você pretende ficar no tapete?”

Imediatamente ela tentou se levantar e de alguma forma conseguiu ficar em pé. Ela fez uma reverência para ele. “Obrigada pela sua recompensa, meu Senhor.”

Oriana suspirou silenciosamente aliviada. Quando Arlan falou as palavras ‘você pode ir’, seu primeiro pensamento foi que ele estava a dispensando porque a achava desagradável. Ela temia que a gentileza que demonstrou na última noite fosse em vão.

Felizmente, Arlan apreciou seu esforço, até mesmo permitindo que ela descansasse.

‘O que eu fiz foi um pouco impressionante, certo? Eu deveria fazer mais coisas assim para ganhar seu favor… ‘ Animada por esses pensamentos, Oriana deu alguns passos à frente, mas um de seus sapatos agarrou a beirada do tapete, fazendo-a cair para a frente.,
“Oh—ufa, foi por pouco!”

Justo quando ela estava prestes a perder totalmente o equilíbrio, ela sentiu uma força estabilizando seu corpo de volta.

Virou a cabeça para olhar por cima do ombro, pretendendo agradecer a Arlan, mas o homem já não estava lá. Ela viu a cortina na porta balançando ligeiramente e percebeu que seu mestre provavelmente entrou na câmara lateral enquanto ela estava perdida em seus pensamentos mais cedo.

‘Ninguém me puxou para cima?’ ignorando sua confusão, ela voltou para o seu quarto. ‘Acho que me equilibrei por instinto? Ainda estou meio sonolenta?’ Ela deu um longo alongamento, até mesmo deixou escapar um bocejo. ‘Deve ser isso.’
É claro, Oriana estava errada.

Arlan, que desapareceu no banho, estava olhando para as escamas douradas aos poucos sumindo de sua mão direita. Ele respirou profundamente com os olhos fechados. Quando ele abriu os olhos, sua cor azul inicial ainda estava piscando entre o vermelho e o dourado.

‘Que idiota desajeitada. Eu também sou um idiota por salvá-la por instinto com meus poderes. Desde que a conheci, tenho usado mais do que gostaria. Se eu não tivesse desaparecido rapidamente, ela teria descoberto sobre mim.’
Olhos como sangue carmesim, escamas como a de um réptil em vez de pele humana…

Similar à da criatura feroz que assola seus pesadelos.

Arlan fechou suas mãos em punhos.

‘Embora seu perfume me ajude a controlar essa coisa que vive dentro de mim, não é necessária uma garota da vila que mal conheço para descobrir meu segredo mais profundo. A única coisa que importa é que eu a mantenha ao meu lado, e para isso, farei questão de pagar bem a ela e permitir que toda a sua família viva uma vida boa.

‘Desde que ela fique ao meu lado…’
Justo então, ele ouviu Oriana resmungar e suas orelhas se mexeram.

“… tão azarada. Ontem poderia ser considerado uma coincidência, mas tropeçar duas vezes seguidas… poderia ser que vir para a cidade me deixou desajeitada? Ai. Meus braços e pernas parecem ter perdido a vida. Ahh… bem, que sorte que eu posso descansar… não, espere! Este não é o momento de ser preguiçosa. Tenho que trabalhar mais para impressionar aquele moleque. Só me restam alguns dias, mas aqui estou eu, não fazendo nada além de perder meu tempo. Como posso fazer com que ele me leve com ele para o palácio…?”

Arlan ouviu isso claramente.

‘Palácio? Como você desejar, minha pequena.’
Com a ajuda dos outros servos, Arlan começou sua rotina matinal. Oriana, apesar de sua relutância, saiu da câmara de Arlan para jantar na área comum dos aposentos dos servos.

Quando ela voltou ao seu quarto, Arlan estava ocupado trabalhando em seu escritório temporário e ela passou a fazer suas tarefas habituais.

Enquanto ela estava levando suas roupas sujas para as empregadas da lavanderia, ela notou algo em sua camisa branca.

‘Sangue? Como ele conseguiu sujar a roupa de sangue? Ele está ferido? Não pareceu quando o vi de manhã. Se ele estivesse ferido, como sua criada pessoal, eu deveria ser informada.

‘Espera, até mesmo no dia anterior, eu achei que senti cheiro de sangue nele … então realmente era o sangue? Eu pensei que a capital é a cidade mais segura do reino. Ele foi atacado ou atacou alguém?’
Como a única curandeira em uma vila de caçadores, ela era bastante sensível a sangue e feridas.

‘Quando eu lavei seu corpo ontem, ele não estava ferido. Deve ser o sangue de outra pessoa. O que exatamente esse senhor faz todas as noites? Eu pensava que ele saía para se divertir nos bordéis, mas não parece ser o caso.’
Depois de entregar as roupas para as empregadas da lavanderia, ela então foi à cozinha buscar chá para Arlan. Assim que ela entrou no escritório, ouviu uma conversa que fez seu coração saltar.

“…Foi feito um acordo para sairmos do Ahrens e nos mudarmos para o palácio. Podemos partir conforme as suas ordens.”

‘Palácio?’ As orelhas de Oriana se mexiam, a palavra chamando sua atenção. ‘O Senhor já está voltando pro palácio?!’
“Depois de terminar este último trabalho, podemos partir hoje”, ouviu Arlan dizer.