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- Capítulo 737 - 737 Vou casar com ela 737 Vou casar com ela Rowan soltou uma
737: Vou casar com ela 737: Vou casar com ela Rowan soltou uma risada sem humor. “Então não há motivo para discutir isso. De qualquer forma, você a teria rejeitado.”
“Eu não teria rejeitado ela,” Lucian contra-argumentou, sua voz calma mas resoluta. “Eu teria pedido a Sua Majestade algum tempo, então eu teria falado com Erin pessoalmente para ouvir o que ela pensava. Ela uma vez me disse que não queria ir para o nordeste. A opinião dela teria importado para mim.”
O olhar de Rowan permaneceu frio. “E se ela tivesse dito que não queria partir da capital, você teria ficado aqui?”
“Não.” A expressão de Lucian suavizou, mas sua determinação não vacilou. “Eu a teria cortejado até que ela quisesse ir para o nordeste comigo.”
Um lampejo de surpresa passou pelos olhos de Rowan enquanto Lucian continuava.
“Ninguém, nem mesmo o rei, a teria forçado em um casamento indesejado. Ela se casaria comigo porque quisesse — voluntariamente. Eu nunca a teria rejeitado. Ela não é alguém que eu poderia rejeitar.”
Mais uma vez, o silêncio caiu sobre o quarto.
Rowan se afastou, afundou em sua cadeira e pegou seu copo de vinho. Sua voz era amarga. “Então, minha irmã foi machucada sem motivo.”
“Você quer dizer que Erin também gostava de Lucian?” Nathaniel perguntou.
“Se não, por que ela se incomodaria com ele?” Rowan franzia a testa.
Rafal permaneceu sem fala por um momento antes de perguntar finalmente, “Ontem, você disse que havia uma mulher de quem você gostava. Quem é ela?”
“É a Erin,” Lucian respondeu sem hesitar e declarou. “E ela é aquela com quem eu vou me casar.”
“Você não pode tomar essa decisão sozinho,” Rowan interrompeu, seu tom áspero. “Você só pode se casar com ela se ela concordar.”
“Ela vai,” Lucian disse confiante.
Rafal adicionou. “Você poderia explicar tudo a ela — contar o que nos disse. Uma vez que ela souber que você nunca a rejeitou —”
“Não é necessário,” Lucian interrompeu, sua voz calma e resoluta. “De qualquer forma, ela dirá sim para mim.”
“Tão seguro de si, hein?” Rowan zombou. “Você subestima minha irmã. E ela já concordou em se casar com Aaron. Ela é o tipo de mulher que valoriza suas palavras.”
Lucian encontrou o olhar de Rowan sem recuar. “Não se preocupe com isso.” Ele virou sua atenção para Aaron, que já havia retornado ao seu assento, copo de vinho na mão, parecendo desafetado pela conversa. “Aaron, eu gosto da Erin, e ela não vai se casar com mais ninguém a não ser comigo.”
A expressão de Aaron permaneceu neutra. “Desde que ela concorde em se casar com você.”
“Ela vai,” Lucian respondeu com certeza inabalável.
Aaron deu um pequeno aceno e fez um gesto em direção ao vinho. “Senta. Bebe um pouco de vinho. Você deve ter ficado com frio andando lá fora por tanto tempo.”
Lucian sentou-se na cadeira ao lado de Aaron, que lhe entregou um copo de vinho. Lucian aceitou sem dizer uma palavra.
Não houve conflito entre dois irmãos por uma mulher, como se ambos estivessem tendo uma conversa casual sobre o que um quer.
Arthur riu, observando a troca. “Agora eu entendi. Isso explica por que você tem estado de tão mau humor ultimamente, Lucian — e por que Rowan tem estado no seu pé o tempo todo.”
Rowan atirou a Lucian um olhar de advertência. “Ninguém tem permissão para machucar minha irmã. Eu não serei misericordioso.”
Lucian encontrou seu olhar calmamente. “Eu não vou machucar ela.”
Rowan mudou seu foco para Aaron. “Obrigado por vir aqui. Se você não tivesse vindo, as coisas teriam continuado uma confusão por quem sabe quanto tempo. Seu primo é tão cabeça-dura quanto você.”
A expressão de Aaron permaneceu impassível. “Eu faria qualquer coisa por ele — desde que ele esteja feliz.”
“Espera!” Nathaniel, que havia estado fervendo em silêncio, enfim falou. “Então isso tudo foi plano do Rowan?”
Rowan sorriu maliciosamente, girando o vinho em seu copo. “Eu contei tudo a Aaron quando ele chegou, e ele concordou em ajudar — pelo bem de seu irmão.”
Então, Rowan lançou um olhar a Lucian, seu sorriso se alargando. “Deve ter doído ver Erin andando e segurando a mão do seu irmão, hein?”
Lucian simplesmente o encarou.
Rowan riu, “Sua ausência pelo dia inteiro explica tudo. Devo dizer que foi uma linda visão te ver tão irritado e frustrado.”
Lucian não comentou enquanto Arthur ria, “Você é astuto, Rowan.”
“Eu tinha que ser ao lidar com um belo idiota,” Rowan comentou, “Se não fosse pela felicidade da minha irmã, não me teria incomodado com ele.”
“O que aconteceu também não foi culpa dele,” Aaron adicionou, “Ele é a vítima de um mal-entendido também.”
“Ah, Lord Wynter ao resgate de seu docinho de irmão,” Rowan zombou. “Espero que minha irmã faça ele sofrer por muito tempo e não concorde em se casar com ele facilmente. Quero vê-lo lutar — tanto quanto ela sofreu.” Rowan virou seu olhar afiado em direção a Lucian. “Quando você disse que tinha uma mulher de quem gostava e estava pronto para se casar com ela, Erin tinha lágrimas nos olhos. Eu juro, eu queria te estrangular ali mesmo — mas eu me contive. Pelo bem da Erin.”
Lucian permaneceu em silêncio, já que a paciência sempre foi sua força. Ele colocou seu copo de vinho vazio na mesa e levantou-se. “Boa noite.”
“Nem pense em ir ao quarto da minha irmã a essa hora,” Rowan advertiu em voz alta.
“Eu já estive na câmara dela antes de vir para cá, e ela não se importou. Ele deu a Rowan um último olhar, como que o desafiando. “E você não pode me impedir se eu quiser voltar para ela. Mas não se preocupe — estou seguindo para a minha própria câmara agora. Deixarei ela dormir esta noite.”
Lucian saiu e Rowan franziu a testa, “O que ele come para ter tanta confiança? Espero que minha irmã o expulse se ele tentar ir até ela.”
“Você fez tudo isso para a sua irmã conseguir o que quer, e agora quer que eles briguem?” Aaron perguntou, “Não dê trabalho ao meu irmão.”
Rowan sorriu maliciosamente, terminando seu vinho. “Ah, o Senhor do Norte falou. O que mais posso dizer?” Ele se esticou e se levantou. “Também vou para a cama.”
Um a um, os outros se retiraram, deixando apenas Nathaniel e Aaron na sala de estar. Uma vez que o espaço finalmente ficou silencioso, Nathaniel quebrou o silêncio.
“Erin era a mulher perfeita para você, Aaron.”
“Ela é mais perfeita para o meu irmão.”
“Você é um idiota. Você perdeu a chance de uma vida melhor com uma mulher tão fina, que tinha a capacidade de tornar sua vida melhor como no passado.”
“Mas a vida dela não teria sido agradável comigo,” Aaron respondeu tranquilamente. “Sua prima é uma mulher maravilhosa — ela merece alguém que possa dar a ela tudo o que deseja e precisa. E esse homem não sou eu. Estou quebrado, incapaz de retribuir os sentimentos dela da maneira que ela merece. Comigo, ela sempre se sentiria vazia. Não sou o homem certo para uma mulher perfeita como ela.”
“Você poderia ter tentado,” Nathaniel disse com um suspiro. “Agora eu sei que você vai ficar sozinho pelo resto da sua vida.”
“Isso não é uma coisa boa?” Aaron perguntou, um traço de humor em sua voz. “Você também não está planejando se casar. Posso ser sua companhia até o dia da nossa morte.”
“E se eu acabar me casando com alguém?” Nathaniel perguntou.
“Então eu seria a pessoa mais feliz por você,” Aaron respondeu com um sorriso suave.
“Mas eu não seria,” Nathaniel murmurou, terminando o vinho em seu copo. As palavras do pai ecoavam em sua mente, e ele sabia, lá no fundo, que mais cedo ou mais tarde, ele teria que ceder. Quanto mais olhava para Aaron, mais determinado ficava a ouvir o seu pai — pelo bem do Aaron.
“Como estão as coisas com o seu pai?” Aaron perguntou, mudando o tópico.
“Tão ruins quanto sempre. Mas eu consegui trazer o memorial da minha mãe e as cinzas comigo,” Nathaniel respondeu, sua voz baixa.
Aaron murmurou pensativo. “Seu pai realmente deixou você ir sem causar problemas?”
Nathaniel não contou a verdade. “O que ele pode fazer contra a ordem do Rei? Ele teve que me deixar ir.”
“Isso é um alívio,” Aaron disse com um aceno. “Arlan planejou tudo bem para você.”
“Ele fez,” Nathaniel murmurou, seus pensamentos à deriva. “Mas meu pai sempre tem um jeito de me pegar pelo pescoço.”