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A Noiva Contratada do Alfa Noturno - Capítulo 361

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Capítulo 361: Chapter 361: Ele Nunca Vai Me Perdoar

Ana não conseguia parar de pensar em tudo o que havia visto naqueles arquivos, e a inquietação a acompanhou pelo corredor. Era como se cada página tivesse se gravado em sua mente e o fato de que cada caminho que haviam seguido levava de volta a Bartolomeu a devastava.

Simplesmente não parecia certo para ela. Não apenas ele sempre fora como o avô idoso que acolheu tanto ela quanto Lexi sob sua proteção, mas também esteve ao lado delas quando trabalhavam para eliminar a corrupção do Enclave. Ele realmente estava agindo como um agente duplo o tempo todo? Ele nunca havia sido descuidado com suas responsabilidades antes, mas agora a imagem dizia o contrário.

Os guardas do lado de fora do lounge do conselho ficaram em posição de sentido quando ela passou por eles e, lá dentro, encontrou Bartolomeu sentado sozinho. O fogo havia diminuído e o chá na mesa parecia não ter sido tocado. Ele segurava um livro fechado em seu colo, embora parecesse que não havia sido aberto por horas.

Ele levantou o olhar quando ela fechou a porta, seus olhos suavizando.

“Ah, Minha Rainha. Você parece uma mulher que não dormiu.”

“Eu não dormi,” disse Ana, colocando suas anotações sobre a mesa entre eles.

Seu cenho se aprofundou, então se suavizou em algo quase paternal.

“São os filhotes? Múltiplos Alfa raramente deixam suas mães descansarem. Existem remédios e velhos rascunhos, ervas também, e padrões de respiração que as parteiras juravam ajudar. Posso trazer as parteiras do Enclave se você quiser.”

Ana piscou surpresa, desorientada pela súbita gentileza.

“Eu vou me virar,” disse ela enquanto puxava uma cadeira e se sentava em frente a ele. “Mas não é por isso que estou aqui.”

Bartolomeu inclinou-se para frente, as mãos se entrelaçando sobre o livro.

“Então como posso ser útil?” Ele perguntou, sorrindo gentilmente.

Os dedos de Ana tocaram a borda de suas anotações enquanto ela falava, lembrando-se do motivo de estar ali, apesar de Adam ter advertido para não ir.

“Quantas aprovações de apoio você assinou ao longo dos anos?”

Ele inclinou a cabeça. “Dezenas. Centenas, talvez. Por quê?”

“E projetos restritos?”

Bartolomeu franziu a testa.

“Ocasionalmente. Como um Ancião proeminente no Enclave, minhas responsabilidades exigem isso. Ana, o que você está insinuando?”

“Você já perguntou onde as pessoas envolvidas acabaram?”

Ele se endireitou, a testa se enrugando.

“Fui informado de que eram voluntários envolvidos em projetos que nos fortaleceriam. Pelo que eu sabia, a supervisão estava em vigor. Confiava que as políticas relevantes estavam sendo seguidas e minha parte estava concluída.”

“Então você acreditou no que lhe disseram… sem questionar…” Ana disse friamente.

A voz de Bartolomeu se tornou aguda.

“Eu confiei no processo do conselho como sempre fiz. Um homem não pode investigar cada solicitação de apoio que passa por sua mesa. Você sabe disso tão bem quanto eu.” Ele a estudava mais atentamente agora. “Por que todas essas perguntas de repente? O que exatamente você está insinuando?”

Ana não respondeu. Ela deixou o silêncio se impor entre eles.

A porta se abriu atrás dela. Adam entrou, sua presença instantaneamente preenchendo o espaço. Seu olhar passou do rosto de Ana para o de Bartolomeu, a tensão na sala clara o suficiente sem palavras.

“O que está acontecendo aqui?” Adam perguntou, “Achei que eu tinha dito que você não deveria ficar sozinha em lugar nenhum.”

Ana suspirou enquanto Maeve dava uma risadinha.

“Pega no flagra, Rainha.”

Bartolomeu exalou.

“Eu também gostaria de saber o que está acontecendo, na verdade.”

Ana deslizou as anotações pela mesa em direção a Bartolomeu, tentando ao máximo não deixar seu nojo transparecer em sua expressão facial.

“Seu nome está em toda parte aqui, Bartolomeu. Em aprovações, patrocínios, auditorias bloqueadas, o Projeto Alder e o Projeto Hemlock também. Não uma vez. Não duas vezes. Repetidamente.”

Bartolomeu olhou para as páginas enquanto seu rosto perdia a cor. Ele olhou para ela, horror genuíno marcado profundamente nas linhas de seu rosto.

“Deusa acima… você realmente acha que eu fazia parte disso?”

A voz de Ana estava firme.

“Os arquivos não mentem, Bartolomeu.”

Bartolomeu levantou-se tão rapidamente que a cadeira arranhou para trás. Sua mão tremia contra a mesa.

“Minha Rainha, não. Eu assinei o que colocaram diante de mim porque me disseram que era para defesa. Pesquisa médica e de cura que contribuiria para a estabilidade. Eu acreditava nas salvaguardas já estabelecidas dentro do Enclave. Se um projeto estava… errado, ele nunca deveria ter passado da fase de planejamento e aprovação. Eu nunca…” Sua voz falhou. “Eu nunca teria permitido o que você está descrevendo…o que esses arquivos mostram.”

Os olhos de Adam brilharam levemente, sua fúria crescendo.

“Isso parece uma negação conveniente.”

A voz de Bartolomeu se quebrou de angústia.

“Conveniente? Você acha que eu alimentaria os nossos próprios com esses horrores? Que eu deixaria crianças serem despedaçadas em nome do progresso? Que eu poderia viver com isso?” Seu peito arfou. “Carreguei fardos pesados, mas nunca esse. Nunca esse.”

O coração de Ana falhou uma batida. A devastação em sua voz não era uma atuação. Ele parecia um homem esvaziado, traído por ela sequer imaginar isso.

“Então, qual fardo você está carregando?” ela perguntou suavemente.

Bartolomeu pressionou as mãos contra as costas da cadeira, como se para se firmar. Quando falou novamente, sua voz estava mais baixa, áspera.

“Por cinquenta anos… escondemos famílias. Linhagens de Lycans que o Rei Lycan havia marcado para a morte. Linhagens inteiras teriam sido apagadas. O Enclave jurou segredo para protegê-los. Essa é a verdade que você quase encontrou comigo…mas não Alder…não Hemlock…”

A respiração de Ana prendeu no peito.

“Então, mais famílias escondidas. Não apenas a mãe de Greyson então.”

“Pelo menos eles estão vivos,” Bartolomeu disse. “Eles nunca foram roubados ou coagidos, vieram de boa vontade e foram salvos. Se tivéssemos ficado parados e não feito nada, eles seriam cadáveres apodrecendo no chão sob os pés do rei.”

Adam bateu com o punho na mesa, o som foi seco.

“Você manteve este segredo?! Se o Rei Lycan tivesse descoberto, todos os lobos deste Reino teriam sido arrastados para a guerra há décadas.”

“Esse era o risco,” disse Bartolomeu, enfrentando sua fúria de frente. “A alternativa era a extinção das linhagens.”

“Não era sua escolha a fazer,” Adam rosnou, andando de um lado para o outro, “Não sozinho e sem discussão!”

Seus dedos se flexionaram como se ele estivesse se contendo para não destruir a sala.

Os olhos de Bartolomeu se endureceram ao focar em Adam.

“Foi meu fardo carregar e eu o carreguei com os outros. Juramos silêncio para que a própria coroa não fosse implicada tentando mitigar o risco de qualquer retaliação se o Rei Lycan algum dia descobrisse. Em troca, aquelas famílias prometeram um Lycan por geração nascida para os exércitos estacionados no Enclave e pelo país. Seu serviço pagou sua dívida. Esse foi o acordo.”

Ana pressionou uma mão contra a têmpora. Gerações de serviço, vinculadas por juramento, e escondidas sob camadas de segredo. Se qualquer parte da população soubesse a extensão disso, poderia dar terrivelmente errado.

Greyson tinha sido uma raridade que foi aceita, mas se soubessem que Lycans haviam vivido entre eles por anos, secretamente, e decidissem que isso por si só era culpado pela atual campanha do Rei Lycan contra seu reino, a maior parte da população dos lobisomens provavelmente atribuiria a culpa diretamente a eles.

Após uma pausa, Bartolomeu continuou com um suspiro pesado.

“Não foram apenas os Lycans. Certas famílias mágicas foram protegidas da mesma forma, especialmente após a guerra com os reinos dos Demônios. Todos os temiam e estavam felizes em caçá-los e aplicar o que chamávamos de ‘Justiça Vigilante’ contra pessoas que não tinham nada a ver com a marca vil de magia que os Demônios usavam naquela época. O Enclave lhes dava segurança e, em troca, eles também prometiam uma criança a cada geração. O mesmo acordo.”

Adam praguejou, andando ainda mais rápido.

“Você sequer entende o que arriscou? Se alguém tivesse descoberto isso, lobos, bruxas, todos os aliados ligados a essas linhas, teríamos sido obliterados antes mesmo de você terminar de esconder a primeira família. E as pessoas, Bartolomeu… você poderia ter causado uma rebelião em larga escala!”

A voz de Bartolomeu se estabilizou novamente, quieta mas firme.

“E ainda assim nós não causamos. Eles viveram e gerações sobreviveram. Isso valeu o risco na minha opinião.”

Os pensamentos de Ana correram. Lycans escondidos. Linhagens mágicas ocultas. Serviço prometido para sobrevivência. Se o segredo fosse revelado agora, aquelas famílias talvez não permanecessem vinculadas ao Enclave. Elas poderiam escolher de forma diferente.

“Eles podem escolher você,” Maeve sussurrou, secretamente satisfeita. “A Rainha Alfa com garras e covens às suas costas. Não parece glorioso ter um exército inteiro da Casa da Lexi?”

Ana engoliu em seco. “E quanto aos órfãos que estão listados em alguns desses programas?”

Bartolomeu congelou.

“Você sabe de algo,” Ana insistiu.

Ele abaixou a cabeça com outro suspiro profundo.

“A maioria deles eram crianças de sangue misto. As que demonstravam força incomum e talentos únicos nos orfanatos, elas foram… oferecida uma proposta. Um emprego garantido, uma vida confortável, um lugar para deitar e pertencer. Narcissa supervisionou isso na época, assim como a instrução privada para os mais jovens. Até eu fui mantido à distância.”

O olhar de Adam se intensificou e ela respondeu com desdém.

“Instrução ou doutrinação? Acho que todos nós sabemos onde aquelas crianças pobres acabaram.”

O silêncio de Bartolomeu se prolongou demais e o estômago de Ana revirou. Um programa privado com as impressões digitais de Narcissa e se ela estava envolvida, então a verdade seria mais feia do que poderiam imaginar.”

“Nós vamos investigar isso,” Ana disse, sua voz inexpressiva.

Bartolomeu assentiu uma vez, cansaço gravado em cada linha de seu rosto. “Então, espero que você veja o que eu não pude.”

Adam voltou-se para ele, sua fúria mal contida.

“Você arriscou tudo. Você apostou com todas as nossas vidas. E nos deixou ignorantes enquanto você era o guardião dos segredos.”

O olhar de Bartolomeu se levantou, dolorido, mas inabalável.

“Eu preservei vidas. Eu vivo com o peso dessas escolhas todos os dias. Você acha que dormi facilmente? Toda noite eu temia ser descoberto. Mas não chamarei isso de erro quando crianças cresceram e se tornaram adultos em vez de cadáveres.”

Ana interveio, sua voz cortante.

“Chega. Não podemos desfazer o que foi feito. O que importa agora é como evitamos que isso nos destrua antes mesmo que a guerra comece.”

Adam virou-se para ela, a fúria queimando.

“Você o manteria nesta mesa?”

“Por enquanto,” Ana disse. “Se abrirmos isso sem controle, isso nos destruirá mais rápido do que o rei jamais poderia.”

A voz de Bartolomeu estava rouca.

“Então você entende.”

Os olhos de Ana eram frios.

“Eu entendo ambos os lados em relação a você. Não confunda isso com confiança. Quanto ao resto dos Anciãos…” ela deixou a frase em suspenso porque não conseguia encontrar as palavras para descrever satisfatoriamente o que esperava que acontecesse com eles quando todas as suas mentiras e segredos fossem expostos.

“Aproveite seu assento enquanto o tem.” Adam rosnou furiosamente, “O dia chegará quando nem mesmo Ana poderá salvá-lo de mim. Por mais que confiássemos em você uma vez, esta é a segunda traição que descobrimos que você não nos contou desde o início. Se tivéssemos sabido, poderíamos ter nos preparado.”

Ele se virou e saiu furioso sem dizer outra palavra, a porta batendo atrás dele.

Bartolomeu desabou, aparentando cada um de seus anos.

“Ele nunca me perdoará.”

Ana reuniu suas notas. Sua voz estava firme, mas baixa.

“Você nunca agiu como se precisasse de perdão.”

Ele olhou para ela, sua expressão de pesar mexendo com ela enquanto ela tentava ignorá-la.

“Eu preciso que você entenda.”

Mas ela não respondeu. Ela se virou e o deixou na sala, sozinho, com as rachaduras entre o Ancião e os mais jovens mais amplas do que nunca foram.

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