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A Noiva Contratada do Alfa Noturno - Capítulo 349

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Capítulo 349: Chapter 349: Essa Não Foi a Pergunta

A noite pressionava o palácio, pesada com a fumaça das fogueiras dos cozinheiros e o som de muitos nervos à flor da pele.

O novo código de conduta havia sido divulgado ao pôr do sol… o documento limpo e cruel de Eva… e os arredores haviam se acalmado à força, se não por escolha. Guardas faziam patrulhas duplas e os lobos da Lua Negra mantinham o anel interno, imóveis como estátuas. Refugiados murmuravam em suas tendas, suas vozes mantidas baixas pela lembrança do rugido anterior de Adam.

E Ana não dormia.

Ela caminhava de um lado para o outro na pequena sala, depois na varanda, e voltava novamente, as mãos entrelaçadas atrás para não esfregar o local dolorido entre os olhos. A carta de Brad estava em uma gaveta que ela se recusava a abrir. As cópias do édito estavam assinadas sobre a mesa. A fundação do portal estava na cabeça dela como um projeto que ela não conseguia parar de refazer.

Sabe o que ajudaria? perguntou Maeve docemente. Uma briga. Desentope os seios nasais.

“Cale a boca,” Ana sussurrou, mas seu peito concordou. Ela estava tensa o suficiente para cantar.

Passos pesados acertaram o corredor. Pesados. Familiares. Irados.

A trava abriu sem bater e Adam entrou como se tivesse sido lançado, a porta se fechando com força atrás dele. Poeira manchava suas botas, a estrada ainda grudando em suas roupas e seu lobo ondulando perigosamente sob sua pele.

Ele não se preocupou com a cortesia; nunca precisava dela quando estava assim.

Eles se encararam do outro lado da sala, o espaço de repente parecendo mais apertado.

“Você está de volta,” Ana disse.

Eram palavras inúteis e ela sabia disso, mas lhe deram alguns segundos para se recompor.

“Eu nunca saí,” ele disse, a voz baixa. “Eu estava a um pátio de distância durante a noite toda apagando todos os fogos que você acendeu quando convidou os licanos para entrar.”

Seu maxilar se apertou. “Se você entrou aqui para me acusar…”

“Eu vim aqui porque toda vez que viro uma esquina ouço o nome da minha companheira acorrentado a um homem que deveria ter sido expulso destas terras assim que pisei neste lugar,” ele estalou. “E porque as pessoas que você decidiu abrigar cospem nos meus lobos e você ainda diz ‘tenha paciência.'”

“Porque a paciência impediu que um garoto fosse partido ao meio esta tarde,” Ana retrucou. “Porque os Licanos que aceitamos não retaliaram e eu me recuso a ensinar-lhes que a raiva é a única linguagem que falamos.”

As mãos de Adam se contraíram enquanto ele lutava contra seu lobo.

“Raiva é a única linguagem que essas feras entendem.”

“E é a única linguagem que nos mata quando a usamos em nossos próprios passos,” ela sibilou. “Não podemos ganhar uma guerra se estamos ocupados encenando demonstrações contra civis para nos sentirmos grandes.”

Ele deu dois passos mais perto, sua aura aquecendo o ar.

“Não coloque isso em mim.”

“Então pare de fazer disso seu orgulho.”

Algo passou pelo rosto dele… mágoa, quente e perigosa.

“Não é orgulho, Ana. É proteção, para você e os filhotes que você carrega.”

“É ambos,” ela disse, mais quieta. “E às vezes sua proteção parece uma maldita prisão.”

O silêncio após essa sentença parecia preencher até os cantos da sala.

Maeve assobiou, baixo.

E aí está. Você abriu a veia.

A mandíbula de Adam se mexeu e seu olho se contraiu enquanto ele se inclinava, com as palmas apoiadas no encosto de uma cadeira como se precisasse segurar algo que não fosse uma garganta.

“Diga por que o bilhete de Brad estava na sua mesa.”

O estômago de Ana esfriou.

“Porque ele mandou um. Porque ele tem uma fronteira e ela toca a minha. Por questões logísticas.”

“Por questões logísticas,” ele repetiu, amargamente. “Porque ele acha que ainda pode enviar instruções sobre como meus guardas devem olhar para os escoteiros dele.”

“Ele pediu para que não rosnem para o seu representante como uma doença,” Ana disse, com a voz cortante. “Então eu pedi para Coral alimentar o representante e lembrei à Segurança que quando eu digo representante, isso significa não um alvo. Isso não é romance, Adam. Isso é comando civil.”

Seu lobo avançou e os olhos de Adam pareciam brilhar por dentro enquanto sua respiração vinha em surtos mais ásperos.

“Comando seria dizer a ele para manter o nome dele fora deste maldito palácio até que eu diga o contrário.”

“Comando está dizendo para você manter suas garras longe da minha equipe,” Ana retrucou. “Você quase jogou um homem contra as pedras hoje porque ele gritou. Você quer impressionar os nobres? Porque foi exatamente isso que aconteceu. Muito bem feito. Eles ficaram encantados.”

Ele estremeceu como se ela tivesse o esbofeteado.

“E enquanto estamos contando as coisas que estão erradas, ” ele rosnou, sua voz caindo, “você o deixou ficar de pé onde eu fico.”

As palavras atingiram mais forte do que a porta tinha.

Ana sustentou o olhar dele.

“Eu o deixei ocupar um quadrado do chão por vários dias porque ele se plantou ali e porque isso fez os assassinos hesitarem. Só isso.”

Ele se aproximou ainda mais; a cadeira rangeu entre eles.

“Você sabe o que cada boca além desta porta diz? Eles dizem que ele pertencia ali. Eles dizem que parecia certo.”

“E você vai deixar que eles digam a você o que é verdade?” ela perguntou, incrédula. “Você, de todas as pessoas?”

Ele não respondeu. Não precisava. A resposta estava escrita na linha tensa de sua boca, na maneira como suas mãos tremiam. A dúvida… o veneno que os nobres haviam derramado nas rachaduras… havia encontrado espaço e enraizado.

Aí está, Rainha. Não é lógica. Orgulho ferido e a ameaça à reivindicação dele sobre você. Vá com cuidado ou rasgue e acabe logo.

Ana não escolheu nenhum dos dois. “Você confia em mim,” ela perguntou, bem baixinho. “Sim ou não.”

A garganta dele se moveu. “Eu não confio nele.”

“Essa não foi a pergunta.”

Ele a encarou um segundo a mais do que devia. O segundo em que o amor deveria ter atropelado todo o resto e quando não aconteceu, algo dentro dela mudou e não voltou ao lugar.

“Eu confio em você,” ele disse finalmente, mas as palavras saíram estranguladas, e o mas pairou na sala como fumaça.

“E ainda assim,” Ana disse com um sorriso amargo. “Aqui estamos.”

Ele passou a mão pelo cabelo e se afastou como se estivesse tentando encontrar uma parede para argumentar em vez disso.

“Passei o dia inteiro ouvindo seu nome e o dele juntos como um canto. Passei o dia inteiro arrastando meus lobos por uma multidão que teria derramado sangue se achassem que poderiam escapar impunes. E você quer calma. Calma para eles. Calma para ele. Mas quando exatamente é calmo para mim?”

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