63: Ela é uma bruxa 63: Ela é uma bruxa Eliana suspirou e contemplou as palavras da senhora novamente. 
A senhora disse que iria treiná-la. Mas como isso é possível agora? 
Anteriormente, quando G a treinou na meditação, só foi possível porque ela estava na prisão naquela época. 
Quando Eliana treinava sozinha na luta com espadas ou lutava casualmente, era tudo porque ninguém se importava com a saúde dela ou se ela estava viva ou não no reino humano até precisarem de algo dela.

No entanto, após se casar com o príncipe, as coisas se tornaram completamente diferentes. É como se alguém estivesse constantemente vigiando ela. Ela não pode ficar sozinha em lugar algum.

No tempo que ela está fora do palácio, ela vai para a universidade. Aqui ela não tem muito tempo para si mesma. E no palácio, não há como ela convidar essa senhora ou o príncipe poderia desconfiar dela.

“Eu entendo no que você está pensando, garotinha. Eu sei que você é casada e não tem tempo suficiente sozinha, já que está constantemente sob supervisão. Deixe isso comigo. Se você disser sim agora, será minha responsabilidade garantir que eu te treine diariamente quando ninguém estiver por perto e de uma forma que ninguém jamais descubra,” disse a senhora.

No entanto, quando ela percebeu que Eliana não parecia convencida, ela suspirou.

É mais difícil do que ela esperava. 
“Tudo bem! Vou te contar a verdade. Eu sou uma bruxa, okay? Eu posso ir e vir em lugares sem ser notada. Caramba, você é mais desconfiada do que o meu líder,” as palavras da senhora fizeram Eliana arquear as sobrancelhas e ela olhou para a boca da senhora aberta de surpresa. 
“Você é uma bruxa?” Ela se sentiu animada.

“Eu já ouvi falar delas, mas nunca vi uma na vida real. Vocês usam vassouras para viajar?” Os olhos de Eliana estavam arregalados enquanto ela olhava a senhora com expectativa.

“Isso é um mito exagerado,” a senhora suspirou quando percebeu que a garotinha parecia decepcionada. 
“Garota, não é -”
“Uhh… tudo bem. Então, você pode transformar essa árvore em uma montanha? Pode fazer chover? Pode me dar muito dinheiro? Pode estalar os dedos assim e fazer pizza e -”
“Pare. De fato, eu posso fazer tudo isso. Você quer alguma prova, certo? Aqui,” A senhora estalou os dedos, e uma caixa de pizza apareceu no chão.

O nariz de Eliana se mexeu com a fragrância, e ela se sentou no chão antes de abri-la.

Era de fato uma pizza especial do país. Ela piscou feliz e olhou para a bruxa antes de estender as mãos.

“Hehe,” 
A senhora olhou para a garota confusa, sem saber o que ela queria que ela fizesse.

“Limpe minhas mãos com seus poderes. Eu quero comer. Seria um desperdício de comida,” Eliana disse inocentemente como se fosse a coisa mais normal do mundo pedir isso a uma bruxa
A senhora – “…” ela não sabia mais o que dizer. 
Nunca em cem anos ela tinha sido levada a usar sua magna e poderes para fazer uma pizza do nada e limpar a mão de uma garota. 
Isso a enfurecia e irritava ao mesmo tempo. Mas ela sabia que não podia ficar zangada com essa garotinha. 
A senhora olhou para Eliana e jurou que essa garotinha era mais perigosa para a sua saúde mental do que toda a meditação difícil que ela fazia. 
“Aqui,” A senhora tirou seu lenço e limpou a mão de Eliana, que imediatamente começou a comer.

“Já que você é uma bruxa e pode fazer qualquer coisa… Eu não preciso me preocupar com as coisas. Vamos treinar,” Eliana assentiu com a boca cheia, e a senhora olhou para ela com um sorriso forçado.

A senhora – (=⁠_⁠=)
Então toda a explicação que ela fez até agora sobre como seus poderes eram perigosos e trariam o caos e essas coisas todas eram besteira diante desta caixa de pizza? Ela apertou e soltou os dedos antes de olhar para a garota que estava ocupada comendo.

Ao vê-la comer com tanta inocência e concentração, a senhora finalmente suspirou antes de um sorriso genuíno aparecer no rosto dela. Essa garota realmente não tem noção de segurança, não é? Ela nem se importou se essa comida estava envenenada. Essa garota acredita com muita facilidade. 
A senhora beliscou o nariz antes de respirar fundo. 
Por que ela estava ficando zangada com uma garota que não sabe nada sobre o mundo? A única coisa a que ela estava acostumada era dor. Como ela pode esperar que essa garotinha entenda tudo de uma vez? Já não era ótimo que ela estava disposta a confiar nela? 
A senhora esperou por Eliana terminar sua refeição, e assim que ela terminou, ela deu o lenço para ela limpar as mãos novamente.

Eliana se levantou e assim que fez isso, a caixa de pizza desapareceu. 
“Já que você concordou com o treinamento, há algumas regras que eu quero que você conheça. Além disso, essas regras devem ser seguidas na vida cotidiana se você não quiser ser pega,” Disse a senhora, e Eliana assentiu.

“Esta caverna que você vê aqui é uma das zonas de chamada para mim. Temos tais cavernas em todo o mundo. Não é exatamente uma caverna, mas um caminho que só nós podemos usar,” explicou a senhora.

Essa é a razão pela qual Eliana achou esta caverna tão estranha. Era bonita demais e única para estar ali. Agora ela sabe por que está ali. É a passagem para essas bruxas. 
“Deixe-me avisar. Este treinamento não é alguma luta com espadas ou aprendizado de idiomas que você pode abandonar no meio e nada acontecerá. Se você aprender metade do conhecimento, é mais prejudicial aos outros do que não saber nada. Então você terá que completá-lo comigo até que eu diga que você está pronta, okay?” A senhora perguntou.

“Sim, senhora,” Eliana saudou como um soldado, e a senhora riu antes de balançar a cabeça. 
“Você pode simplesmente me chamar de Yaretzi,” a senhora sorriu antes de respirar fundo e ficar séria.

“A primeira regra é que você não tem permissão para tagarelar sobre seus poderes, controle de chakra, este treinamento ou eu para ninguém. No momento em que fizer isso, você será deixada sozinha para se cuidar,” comentou a senhora e virou as costas para Eliana.

Eliana murmurou verbalmente enquanto traçava os desenhos da caverna e olhava para um círculo semelhante a um dragão.

“O que é isso?” Ela se perguntou em sua mente.

“Regra número dois. Não importa o que aconteça, uma vez que você feche os punhos e sinta um fluxo de poder em suas palmas, não abra suas palmas voltadas para alguém ou para alguma coisa. Seus poderes atacarão em um modo defensivo,” as palavras da senhora fizeram Eliana arquear as sobrancelhas em espanto.

Era muito para absorver. Como ela deveria saber quando seus poderes estão na palma de suas mãos? E se ela os liberar acidentalmente? As coisas vão ficar fora de controle? Qual tipo de dano seus poderes realmente podem causar? 
Muitas perguntas giravam em sua mente, e ela esperou que a senhora explicasse tudo com o tempo. 
“Se você sentir os poderes em sua mão e quiser acalmá-los, abra suas palmas voltadas para si mesma. Seus poderes nunca vão te machucar. Existem outros métodos, mas você vai aprender com o tempo,” a senhora suspirou e se virou para Eliana, que estava traçando a caverna.

“Regra número três. Posso estar trazendo você para muitos lugares para treiná-la de acordo com as circunstâncias e o que seu corpo e poderes precisam, mas você não tem permissão para tocar em nada em lugar nenhum sem a minha permissão. Tudo ao seu redor terá consequências e reações, e é melhor não brincar com elas, sim?” A senhora perguntou, e Eliana murmurou. 
“Você vê aquele círculo semelhante a um dragão?” Eliana olhou para trás, em direção ao círculo semelhante a um dragão, e murmurou.

“É uma coisa parecida com um botão que te leva a outra dimensão e lugares, e você -“ 
A senhora nem conseguiu terminar sua frase quando Eliana, acidentalmente, para tocar nos entalhes, pressionou o botão.

A senhora fechou os olhos, irritada, pois assim que Eliana pressionou o botão, elas foram levadas para um lugar escuro com um céu vermelho.

” -não é permitido tocar,” A senhora terminou e suspirou. 
Eliana olhou ao redor horrorizada. Este lugar era quente. E não era apenas um desconforto de verão. Era quente como o inferno. 
Sua pele parecia que estava sendo torturada em algum tipo de forno. Seu couro cabeludo se sentia coçar e seco, e seus cabelos pareciam que iriam queimar a qualquer segundo.

Eliana percebeu que estava de pé em um penhasco. O vento estava soprando muito rápido. Era tão rápido que parecia que queria levar Eliana junto consigo, como um tornado que quer engoli-la. 
Não havia árvores na área. Não, vamos reformular, não havia árvores verdes na área. Tudo parecia tão morto. Ela olhou para o céu, que estava com sons de trovões, e percebeu as nuvens negras se formando. 
Não havia como esse ser um mundo real. Esse lugar ou o que quer que seja, não pode pertencer à Terra. Não pode ser. Este lugar parecia exatamente como ela sempre pensou que o inferno seria.

Ao olhar ao redor, Eliana ouviu um som estranho de borbulhamento.

Ela estreitou os olhos e olhou ao redor. Quando não conseguiu encontrar nada, ela se virou para trás e se aproximou do penhasco para ver o que era.

Dizer que seus olhos se arregalaram e seu coração bateu de medo seria um eufemismo. Ali, a algumas centenas de metros abaixo dela, a lava vermelho-quente estava brilhando, e Eliana engoliu. 
Ela recuou apressadamente, mas devido ao medo, suas sandálias escorregaram e seu calcanhar colidiu com uma das rachaduras. O canto do penhasco em que ela estava em pé rachou, fazendo com que ela arregalasse os olhos, enquanto seu pé escorregou junto com a rocha e caiu. 
“Yaretzi!” Eliana gritou de horror.