A Noiva Acidental do Rei Vampiro Mascarado - Capítulo 623
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623: Um acordo com um Clã Sacrifical 623: Um acordo com um Clã Sacrifical Eliana foi enviada de volta ao Palácio Caveira Negra sob a supervisão do Rei Eros enquanto o Rei se voluntariou para ficar com sua filha e garantir sua segurança até que Sebastião estivesse livre de todo o trabalho que precisava cuidar.
“Minha esposa me disse que você queria discutir algo,” Sebastião entrou no quarto do hospital e não perdeu um segundo sequer para falar.
Brilho, que estava sentada ao lado de Marcelo, imediatamente olhou para cima, para seu irmão, com uma expressão de desagrado no rosto.
“Espere lá fora, Irmã Ella,” Sebastião disse, seu olhar significando que não estava para brincadeiras.
Ele já estava irritado que sua esposa tivesse que assumir tanto fardo por causa de toda a merda acontecendo ao redor deles, e agora ficar longe dela enquanto a mantinha aos cuidados de outra pessoa não era algo que o agradasse.
“Brilho,” Marcelo acenou com a cabeça para sua esposa, que se levantou e assentiu de volta para ele.
“Vou pegar algumas bebidas,” Brilho sinalizou para Marcelo, que também havia aprendido um pouco de língua dos sinais por ela.
“Ok,” Marcelo disse antes de voltar seu olhar para o Rei Sebastião.
“Rei Sebastião,” Marcelo tentou se sentar mais ereto, mostrando uma leve expressão de dor.
“Não estou aqui para ficar muito tempo. Apenas diga o que você quer discutir. Pode continuar deitado,” Sebastião caminhou em direção à varanda do quarto para ver se alguém estava observando o quarto do lado de fora.
Era melhor estar preparado desta vez, já que eles poderiam usar essas pessoas contra sua esposa e ele novamente.
“Quando aquelas bruxas estavam me batendo e o Príncipe Ângelo estava levando Brilho à força, eu ouvi algo,” Marcelo disse, não querendo enrolar também, já que foi direto ao ponto.
Quando notou que o homem perto da varanda não se mexeu, ele continuou falando.
“É verdade que você está fazendo um acordo com as bruxas de outro clã às escondidas de Eliana?” Marcelo perguntou.
As palavras dele não surpreenderam Sebastião. Não era algo que ele pretendia esconder de ninguém, exceto de sua esposa. Por quê? Porque ele sabia que Eliana nunca concordaria com isso.
“E daí?” Sebastião finalmente perguntou, voltando-se para olhar para o homem.
“Tenho certeza de que você não contou nada sobre o assunto para Eliana. Você faz ideia de como ela ficaria de coração partido quando soubesse que você está tentando se sacrificar por ela? Você acha que ela apreciaria isso? Você consegue pensar naquela garota de coração mole que é forçada a crescer imprudentemente por causa de todo o planejamento ao seu redor antes de tomar uma decisão tão grande e imprudente?” Marcelo perguntou, tossindo um pouco quando seus abdominais doeram, fazendo-o ofegar por ar.
Sebastião não disse nada por alguns segundos.
Em circunstâncias normais, ele teria arrancado a língua de qualquer um que falasse com ele nesse tom. Mas já que sabia que Marcelo só estava cuidando de sua esposa, ele não disse nada.
Ele virou-se para olhar a floresta, um sorriso suave nos lábios.
Será que ele não sabia do que Marcelo estava falando? Claro que sabia.
Mas havia alguma outra escolha? Havia algum modo de ele salvar sua esposa?
“Me diga, Marcelo. Você está começando uma família também. Se fosse você no meu lugar, e soubesse que podia negociar com algo que você possui, apenas para proteger Brilho, você teria feito isso ou não?” Sebastião perguntou a Marcelo.
O homem na cama do hospital não disse nada.
Seu silêncio foi sua resposta, e um escárnio saiu da boca de Sebastião.
“Honestamente, esse acordo deveria ser um segredo daquelas bruxas malignas. Era algo que eu estava planejando com as bruxas do Clã Sacrificial que são como especialistas no campo de sacrifícios. Eu não sabia que as notícias chegariam até as bruxas com Azrael tão cedo,” Sebastião disse, massageando a testa.
Seu plano era simples, mas bastante arriscado.
Foi há dois dias, quando assim como todas as outras, ele foi até o Clã Sacrificial implorar por ajuda para sua esposa e para que as bruxas oferecessem seu Magna para Eliana, para que ela pudesse lutar contra o décimo fechamento de seus poderes de sereia e não morresse.
Naquela época, o líder daquele clã fez-lhe uma pergunta simples. Se havia algo que ele tinha consigo que pudesse sacrificar pela segurança de sua esposa. Ele disse ‘tudo’ sem pensar duas vezes.
Porque essa era a verdade.
Ele estava pronto para sacrificar tudo por ela, tudo, exceto sua vida, porque ele precisava viver para garantir que ela estivesse segura e feliz por toda a vida.
Quando as bruxas ouviram sua resposta, disseram que estavam prontas para usar a magia mais fina para salvar sua esposa e ajudá-lo a lutar contra Azrael, aquela bruxa impiedosa, pela segurança de Eliana, se ele desse algo em troca.
Ele não sabia o que elas pediriam. Por um momento, ele até pensou que elas pediriam para governar o reino Vampiro, mas o que elas pediram ultrapassou seu processo de pensamento.
Elas pediram que ele sacrificasse sua besta, o demônio dentro dele. E para ele sacrificar essa besta, seria como a morte para ele, porque ele se tornaria um vampiro indefeso que até um soldado trabalhando sob seu comando poderia matar facilmente.
Contudo, uma vez que era algo que estava em suas mãos e não prejudicaria ninguém, ele concordou com o sacrifício. O ritual deveria ocorrer em sete dias e a cada dia ele teria que ir até lá para dar seu sangue ao Clã Sacrificial para que eles pudessem preparar os cânticos necessários e iniciar o ritual para o sacrifício.
Aquele clã era conhecido por uma de suas atividades renegadas, e estava bem espalhado no mundo das bruxas que era um dos clãs que não mantinha nenhuma conexão com nenhum dos reinos das bruxas.
Não havia dúvidas de que Eliana não iria gostar disso, mas uma vez que garantiram que a manteriam segura de Azrael e a ajudariam a viver uma vida mais longa, e ele havia ouvido falar delas também, ele estava pensando no sacrifício.
Naquele momento, era apenas um pensamento, mas vendo como Azrael estava solta novamente e que seu principal alvo era sua esposa, parecia uma boa oportunidade.
Era também a razão pela qual ele queria passar esses dias com ela, o máximo possível. Sua besta queria passar seu tempo com sua esposa porque ele estava se sacrificando por seu amor.
Sebastião não sabia como isso aconteceria, mas seria doloroso, de qualquer maneira.
Ele tinha até planejado todas as estratégias para que sua ausência parecesse apenas que ele estava ocupado com trabalho e nada mais.
Ele só precisava que Eliana ficasse fora disso e longe dele até que o ritual fosse concluído, uma vez feito, não importaria quando e como ela descobrisse sobre isso.
Sebastião suspirou e olhou para Marcelo, que estava olhando para o homem à sua frente com uma nova visão profunda.
Será que este era realmente o mesmo homem perigoso que todos diziam não ter coração? Seria ele o mesmo homem que era rumorejado ser tão patético e desprovido de emoção a ponto de matar sua própria família se tivesse oportunidade?
“Se não há mais nada, tenho outras questões a tratar,” Sebastião disse, fazendo o homem suspirar.
“Obrigado por me salvar e me dar essa nova vida para poder desfrutar meu tempo com minha família,” Marcelo sussurrou.
“E por favor, não sacrifique sua besta até que seja a máxima necessidade. Conheço Eliana há quase 2 anos e posso assegurar que ela não será capaz de ficar a mesma se descobrir sobre isso. Você não apenas sacrificará sua besta, sacrificará a felicidade e a vontade de viver dentro dela. Tenho certeza de que você não gostaria de ver uma boneca ambulante,” Marcelo disse.
Sebastião olhou para ele e assentiu em entendimento antes de deixar o quarto.