A Noiva Acidental do Rei Vampiro Mascarado - Capítulo 598

598: Uma bruxa entre eles 598: Uma bruxa entre eles “Está pronto?” Sebastião perguntou assim que desceu as escadas e olhou diretamente para a Senhorita Zoya.

A governanta assentiu, seu olhar desviando para a menina que foi pega olhando abertamente para a princesa. E naturalmente, como esperado de seu rei, isso também não passou despercebido por ele.

A Senhorita Zoya cutucou rapidamente a menina, que assentiu e se adiantou antes de se ajoelhar.

“Por favor, me perdoe, alteza. Não tive a intenção de olhar para a Princesa. Eu estava apenas intrigada pela sua beleza encantadora e celestial, pois esta foi a primeira vez que vi alguém tão bela. Por favor, perdoe meu erro desta vez,” a menina se apressou e agarrou o pé de Sebastião para implorar, fazendo a Senhorita Zoya arregalar os olhos.

“Sofia! O que diabos -” A Senhorita Zoya engoliu em seco, seu olhar se desviando para o corredor quando ela sentiu uma presença dominadora subitamente ofuscando a de todos.

“O que está acontecendo aqui?” Era a voz de Eliana.

Entretanto, definitivamente não era a voz de sua princesa inocente e fofa. Era a voz da próxima rainha das bruxas sombrias que definitivamente não estava nada satisfeita com o que estava vendo.

Sebastião também congelou no lugar.

Depois de ter momentos tão adoráveis com sua esposa, irritá-la ou estragar o humor dela era a última coisa em sua mente.

“Princesa, por que você já acordou? Eu disse para você descansar -” Sebastião parou de falar quando olhou em seus olhos violeta, o olhar dela desviando brevemente para o rosto dele antes de ir para a menina que ainda segurava seu pé sem vergonha.

“Princesa Eliana, é toda a minha culpa. Por favor, me puna pelo pecado. Na verdade, quando Sua Alteza a tirou do banheiro e a colocou na cama, você parecia muito encantadora e eu não consegui desviar meu olhar de você. Ofendi o Rei sem querer. Por favor, me perdoe e -” A menina começou, fazendo Eliana inclinar a cabeça.

“Ainda falho em entender qual parte disso faz você se agarrar ao meu marido desse jeito,” Eliana disse, sua voz profunda e cheia de poder.

Originalmente, Sebastião queria chutar a menina para longe e removê-la dos seus deveres no palácio caveira negra assim que ele a viu babando por sua esposa e agora segurando seu pé, mas agora, vendo sua esposa se tornar tão possessiva, ele estava meio que esperando para ver o que mais ela ia fazer.

“Eu… Eu queria implorar por perdão,” disse Sofia e Eliana murmurou.

“Nesse caso, continue. Não se importe comigo,” Ela passou por Sebastião, sem olhar para ele, fazendo o homem fazer beicinho.

“Você não vai dizer nada?” Ele a olhou, sua expressão desapontada
Eliana riu.

“Você está gostando?” Eliana perguntou.

“Claro que não,” Sebastião falou, quase exclamando, e Eliana sorriu.

“Nesse caso, ninguém está autorizado a fazê-lo se sentir desconfortável,” Eliana olhou para a menina, esperando que ela entendesse o sinal.

Quando a Senhorita Zoya percebeu que a menina não tinha intenção de largar o pé do rei tão cedo, e isso provavelmente estava enfurecendo a princesa agora, o que era indiretamente prejudicial para todo o reino, ela avançou rapidamente, mas antes que pudesse segurar sua mão, Eliana olhou para a senhora, impedindo-a onde estava.

Ela não se atreveu a se mover sob o olhar severo da princesa.

“Você pode desistir da sua farsa,” Eliana disse para ninguém em particular, e assim que ela disse isso Sebastião se inclinou, agarrou o cabelo de Sofia e a jogou contra a parede.

Todos na sala se sobressaltaram, mantendo suas cabeças baixas, sem ousar fazer um som.

Eles não sabiam o que estava acontecendo, e por isso, imediatamente pensaram que tudo era porque a criada se atreveu a olhar para a princesa por mais de cinco segundos.

Entretanto, o que eles não sabiam era que a questão era pior do que isso.

“Rei Sebastião, por favor, me solte. Eu farei meu trabalho diligentemente. Por favor, me dê essa chance. Eu sou a única provedora da minha casa. Por favor, imploro-lhe,” os olhos de Sofia estavam cheios de lágrimas.

Senhorita Zoya cerrava as mãos ao lado do corpo.

Ela sabia que isso não era novidade para o Rei, mas pela primeira vez, ela achava que era injusto para com eles.

A menininha estava apenas olhando para a princesa porque ela parecia bonita para ela, e nada mais. Por que eles estavam criando tanto alvoroço por causa disso? Isso era verdadeiramente humilhante, especialmente quando ela foi quem recrutou essa menina ontem.

Ela estava no mercado para comprar legumes junto com o chef quando a viu quase sendo espancada pelos agiotas.

Naquela época, ela se encheu de pena e temeu que os agiotas realmente matassem a menina, ou pior, a vendessem se ela não conseguisse pagar. Foi por isso que ela decidiu trazê-la para o palácio caveira negra na esperança de que o rei entendesse.

Mas ver o Rei agindo assim era verdadeiramente –
“Verdadeiramente?” Lucas perguntou ao entrar no palácio, fazendo os olhos de Eliana brilharem imediatamente.

“Respeito à Princesa,” Lucas se curvou brevemente para ela antes de olhar para a Senhorita Zoya.

“Por que você não completa seus pensamentos, Senhorita Zoya? Como isso parece ruim aos seus olhos? Quantos anos você trabalha no palácio real? Tudo aqui acontece por um motivo. Vamos esquecer sobre o nosso Rei que está loucamente apaixonado pela nossa princesa, mas você realmente acha que nossa princesa seria tão insensível?” Lucas perguntou, fazendo a Senhorita Zoya perceber que sua barreira mental estava baixa e provavelmente todos ouviram seus pensamentos.

A velha governanta imediatamente olhou para os pés, envergonhada por seus próprios pensamentos e palavras.

“Eu… Eu não pretendia -” Ela começou, mas parou quando Lucas levantou a mão, um sinal claro de que ela deveria parar de falar.

Eliana, que estava quieta desde antes, finalmente olhou de volta para Sofia, que ainda implorava para manter esse emprego.

Ela estava perdendo a paciência já.

“Foi no Arizona ou Azura?” Eliana finalmente perguntou, não querendo manter mais sua farsa.

As pupilas de Sofia se dilataram, mas em vez de desistir, ela continuou.

“Princesa Eliana, eu não tenho ideia do que você está falando. Quem são Arizona e Azura? Eu não conheço tais bruxas,” disse Sofia e Eliana riu.

“É mesmo? Como é possível que você tenha sido introduzida no reino apenas ontem, mas saiba que Azura e Arizona são as bruxas de que falo? Quero dizer, essa notícia não está aberta ao público e tenho certeza de que nenhum dos servos, empregadas ou soldados compartilhou tanta informação assim. Então, a menos que você esteja com Lucas e Ambrose -” Eliana olhou para a expressão de pânico de Sofia.

Lucas e Ambrose – “…” Não fizemos nada.

“Bem, talvez isso tenha se tornado de conhecimento público. Estou precisando de um pouco de Magna esses dias. Então eu acho, você não terá problemas se eu roubar um pouco da sua aura, certo? Já que você é apenas um vampiro normal, isso não vai afetá-lo e voltará em alguns dias,” disse Eliana.

Sofia apertou os lábios em uma linha fina enquanto balançava a cabeça repetidamente.

“Não. Eu não tenho ideia do que você está falando, mas eu não posso perder nenhuma aura ou energia. Eu sou a única provedora da minha família -”
“Cala a boca, tá bom?” Eliana perguntou.

Honestamente, ela sentiu a presença dela na sala no momento em que o Senhor Marino a tirou do quarto e ela estava lá presente.

A bruxa provavelmente estava chocada porque não esperava encontrá-la tão rapidamente e, por isso, acabou liberando um pouco da sua Magna para esconder ainda mais sua identidade.

Naturalmente, nem Eliana nem Sebastião a reconheceriam, mas foi tudo por causa do uso extra de Magna que a atenção deles foi deslocada para ela.

“Vou perguntar mais uma vez. Foi Azura ou Arizona?” Eliana perguntou.

Vendo como a menina ainda estava irredutível, ela suspirou e andou até a menina.

Ela segurou a mão dela e fechou os olhos.

Vendo sua Magna ser roubada assim, bem diante dos seus olhos, a farsa de Sofia finalmente começou a desfazer-se.

“Tá bom. Não faça isso. Eu vou te contar a verdade. Só solte minha maldita mão!” Sofia elevou a voz, sua fachada tímida há muito desaparecida, e Eliana sorriu.

“Nada pode ser feito. Agora que comecei a absorver a Magna, meus poderes começaram a gostar disso e eu não acho que vão parar antes de sugar tudo,” disse Eliana.

“Eu disse para parar, sua vadia!” Sofia imediatamente usou sua Magna para empurrar Eliana para longe. Embora seu golpe não fosse ameaçador à vida de Eliana, que era muito mais poderosa que ela, ainda empurrou Eliana para trás com um tranco.

Eliana poderia ter caído de bunda se não fosse por Sebastião que a segurou a tempo.

Os olhos da Senhorita Zoya se arregalaram ao ver a verdadeira natureza da menina que ela pensava precisar de ajuda urgente.

Ela não conseguia acreditar no que via e seu olhar imediatamente passou de raiva para preocupação antes de ser tomado pela culpa.