A Noiva Acidental do Rei Vampiro Mascarado - Capítulo 105

105: As Bruxas do Himalaia 105: As Bruxas do Himalaia Capítulo-105
Seu coração começou a bater mais rápido. Embora seus olhos estivessem fechados, Eliana podia sentir sua a respiração quente sobre seus seios e ela não sabia o que fazer ou dizer. 
Seus olhos ainda estavam vendados e suas mãos estavam moles ao seu lado, enquanto o príncipe as segurava. 
O peito de Eliana subia e descia. Essa era a primeira vez que o príncipe dormia profundamente. Provavelmente ele nem sabia onde tinha o rosto. Eliana mordeu o lábio inferior. 
Falando a verdade, ela não tinha medo da súbita proximidade dele. Pelo contrário, tinha medo de acordá-lo. Ela não queria fazer nada que pudesse acabar despertando-o. 
Não era todo dia que ele confiava nela o suficiente para dormir tão tranquilamente ao seu lado. Normalmente, ele está sempre em guarda porque, em seu coração, ela é provavelmente a filha do inimigo. O inimigo que foi um aliado na morte de sua mãe. 
Os dedos de Eliana se mexeram, enquanto a vontade de acariciar seus cabelos enquanto ele dormia começava a tomar conta dela. 
Ela manteve os olhos fechados. Era uma boa chance de ver como era o rosto dele. Sua respiração suave era um indício de que ele não estava usando uma máscara. No entanto, ela não queria quebrar a confiança dele. Além disso, ver o rosto dele faria alguma diferença em seu coração? 
Para ela, ele era o marido dela, por quem ela estava pronta para cuidar até que ele a traísse terrivelmente e ninguém poderia mudar nada sobre isso, nem mesmo suas feições faciais.

Como seria bom se o Sr. Marino também começasse a confiar nela, não é? Eliana pensou antes de fazer uma pausa.

Espere. Como eles acabaram nessa posição em primeiro lugar? A última coisa que ela se lembrava era dançando na festa e ganhando aquela coroa. Por que suas memórias estavam tão distorcidas? O que diabos aconteceu? Eliana franziu a testa, tentando ao máximo se lembrar dos eventos da noite passada. 
“Mesmo se você tentar esconder que está acordada, seu coração sempre te entrega, não é?” Sebastião perguntou, percebendo onde estava seu rosto quando seus lábios tocaram sua pele macia. 
Ele só estava pensando nisso ontem à noite. Ele não imaginava que acabaria com o rosto em seu peito de fato. Parece que seu corpo começou a se sentir confortável ao redor dela por conta própria. 
Ele pigarreou e se afastou, fingindo que nada aconteceu. Fingir que nada aconteceu é muito melhor do que lidar com o constrangimento de saber e falar sobre isso, não é?

Sebastião passou a mão pelos cabelos e olhou para a garota ao seu lado esquerdo, cujos batimentos cardíacos aceleraram ainda mais. Ela ainda estava de olhos vendados.

Que inocente. 
Por que você não usou essa oportunidade para ver que tipo de monstro o seu marido parece? Sebastião suspirou e pegou sua máscara no criado-mudo.

Ele estava prestes a colocar a máscara em seu rosto para que a princesa pudesse remover sua venda quando se virou para ela.

Ele percorreu o olhar por todo o rosto dela, parando nos lábios cheios que ele também assaltou na noite passada, embora não por muito tempo. Por mais gostoso que fosse beijá-la, o pensamento de fazer isso com ela sóbria sempre prevalecia. Esse também era o principal motivo de ele ter afastado as mãos das coxas dela também.

“Bom dia,” disse Sebastião após alguns segundos e Eliana sorriu.

“Bom dia, Sr. Marino,” Eliana se virou para ele de frente mesmo com a venda para deixá-lo saber que ele tinha toda a atenção dela, mas o que ela não sabia era que Sebastião também estava se virando em direção a ela para beijar sua testa. 
A virada súbita fez com que os lábios de Sebastião caíssem no nariz dela, e ela engoliu em seco, seu coração dando um pulo. 
O olhar de Sebastião imediatamente se desviou para a pequena maçã do rosto dela que subia e descia e ele se lembrou do que ela disse sobre deixá-lo marcá-la. 
A vontade de provocá-la surgiu novamente e ele sorriu, colocando sua máscara no peito enquanto esfregava as bochechas dela com seus nós dos dedos.

“Então, este é o momento certo para marcar você?” Sebastião perguntou, e Eliana, que não se lembrava de nada, ergueu as sobrancelhas. 
“Marcar eu? Para quê?” Eliana perguntou.

“Como minha. Você queria que eu te mordesse ontem para que você pudesse ser chamada de minha. Você até me marcou. Você não se lembra mesmo?” Sebastião colocou sua máscara e removeu a venda dela suavemente, deixando-a se ajustar à luz.

“Aqui,” Sebastião abaixou sua camiseta.

Eliana piscou furiosamente para se ajustar à pouca luz. O Sr. Marino foi atencioso o suficiente para não puxar as persianas e Eliana arregalou os olhos quando seu olhar pousou na marca de mordida no pescoço de Sebastião. 
Normalmente, esse tipo de marca teria curado em alguns segundos, mas Sebastião deliberadamente interrompeu a cura dessa parte só para mostrar a ela o que ela fez. Era uma das vantagens de ser um vampiro de alto escalão. 
“Eu… Eu fiz isso?” Eliana estava chocada, levantando seu dedo muito suavemente e traçando-o.

“Tenho certeza de que ninguém tem esse tipo de dentes aqui,” o tom de Sebastião exalava diversão, e o rosto de Eliana ficou vermelho enquanto ela olhava para ele por baixo dos cílios.

Sebastião tinha certeza de que ela pediria desculpas para ele como sempre e coraria ainda mais. No entanto, ele não esperava a próxima pergunta dela.

“Então você gostou? Devo fazer outra vez?” Eliana perguntou, e Sebastião olhou nos olhos dela para ver se ela falava sério. Quando ela não mostrou sinais de que era uma piada, ele estava prestes a repreendê-la por ser tão casual sobre essas coisas quando o telefone dele tocou.

Ele olhou para o número do telefone fixo do palácio real e se desculpou.

“Sim?” Sebastião perguntou assim que saiu do quarto, não sem antes olhar para sua esposa corada.

Por alguma razão, desde que Sebastião a beijou nos lábios, ele teve a sensação de que sua inocente esposa é um pouco travessa demais para seu próprio bem. 
Ele tinha certeza de que uma vez que arruinasse completamente o processo de pensamento dela, ela se transformaria em uma pessoa completamente nova. Seu corpo também responde bastante a ele. 
Sebastião viu isso na noite passada. Mesmo quando ela estava em sono profundo, os gemidos suaves que ela soltava enquanto ele esfregava suas coxas para cima e para baixo eram muito mais atraentes do que ele imaginara. Se ele não soubesse que o coração dela estava tão calmo, ele teria pensado que ela estava fingindo estar dormindo. 
Ele balançou a cabeça e passou a mão pelo cabelo, enquanto seu avô começava a falar, fazendo-o suspirar enquanto caminhava em direção ao escritório, sabendo muito bem que essa conversa seria um pouco longa. 
Enquanto isso, nos Himalaias, seis bruxas fortes estavam sentadas em uma sala de reunião. Seus assentos semelhantes a tronos eram feitos de gelo, cada assento com um símbolo diferente atrás. 
Havia um total de seis assentos de símbolos. 
Um símbolo tinha chamas de fogo no topo. O segundo símbolo tinha grandes ondas de água como as do oceano. O terceiro símbolo tinha luz de lua à noite com trovoadas no céu. O quarto símbolo tinha florestas ventosas, retratando tempestades. O quinto símbolo tinha o solo e a Terra. O sexto símbolo tinha uma combinação de cada um deles com uma pequena Terra no meio. 
As bruxas sentadas nos assentos representavam o tipo de poderes que elas dominavam e governavam.

“Qual é a posição sobre aquela garota humana até agora?” Uma das bruxas perguntou enquanto a bruxa principal no assento do trono com todos os símbolos estava lá com os olhos fechados, ouvindo todo mundo falar e apresentar suas opiniões.

“E o que dizer dela? Eu ouvi que alguma pequena bruxa Yaretzi a acolheu sob suas asas para lhe ensinar o básico,” disse a bruxa com o símbolo da tempestade.

“Uma bruxa normal? Ela é capaz de lidar com o tipo de poderes que estão trancados dentro daquela garota? De quem foi a ideia de deixá-la interferir?” A bruxa com as chamas de fogo perguntou, seu símbolo ficando vermelho com sua raiva.

“Acho que você precisa se acalmar. Nath está mantendo ela sob constante observação. Ele não vai deixar nada sair do controle,” a bruxa com o símbolo das ondas de água disse.

“Mantê-la sob constante observação é diferente de ensiná-la. Eu disse que deixe-me ir e bater algum senso nessa garota. Ela não pode usar esses poderes e desperdiçá-los assim. Os poderes estão tentando superá-la. Você sabe o que acontecerá se eles se fundirem com sua alma?” disse a bruxa do fogo, e a bruxa das águas se levantou de seu lugar com um resmungo.

“Bater algum senso nela? Você está ouvindo a si mesma? Eu sei o que está acontecendo. Você precisa se acalmar. A garota lidou bem com esses poderes pelos últimos dezesseis anos e -”
“Os poderes não estavam na sua forma completa naquela época. A garota se casou antes do que esperávamos, pelo amor da Deusa Bruxa!! Você não vê o problema aqui?! Seus peões inúteis não fizeram nada quando ela estava se casando e agora você está me dizendo para me acalmar?! Eu juro -” A bruxa com as chamas de fogo levantou no ar em raiva, e todos olharam para ela com expressões cautelosas.

“Então agora as bruxas que não podem segurar nenhuma luz diante de mim de repente cresceram coragem suficiente para levantar suas vozes diante de mim?” A bruxa com todos os símbolos abriu os olhos, seus olhos completamente pretos.