A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas - Capítulo 72
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72: O Capacete Vermelho 72: O Capacete Vermelho No dia seguinte, as notícias sobre o caso se espalharam como fogo no reino dos Lobisomens. Todos tinham sua própria opinião, mas como não houve punição entre os dois. O tópico esfriou mais rápido do que se esperava.
As pessoas só amam fofocar quando o resultado é intrigante e vale o interesse, mas se houver paz, é considerado um tópico monótono e sem graça.
No momento, Rosina assistia Felissa arrumando suas malas. “Você vai mesmo agora? Nem se passaram três dias.”
“S-sim, não posso ignorar as cartas dos meus pais,” Felissa suspirou fundo e olhou para as cartas que chegaram de manhã. Eram de sua mãe, Renata Nucci, Luna do Midnight pack. Ela disse para Felissa voltar para casa depois de ficarem sabendo das notícias recentes sobre o caso de Luigi e Dona.
“Tudo bem, mas não esqueça da minha oferta. Ainda quero que você se torne minha Dama de companhia,” Rosina afirmou e acariciou as bochechas de Felissa. “É uma pena que eu não vá poder aproveitar sua presença aqui por causa de todas essas comoções, mas fico feliz que você esteja bem.”
“Hã?” Felissa inclinou a cabeça, pois não sabia ao certo o que Rosina estava falando, mas ela pensava que era sobre sua amizade florescente. “Eu também. Não conseguimos nos divertir e fazer compras juntas, mas, acima de tudo. Eu queria estar no seu casamento.”
“Casamento?” Rosina inclinou a cabeça pois havia esquecido sua própria data de casamento. Ela suava frio e se forçou a sorrir. “Ah, eu quero você lá também, mas vamos ter um casamento privado.”
“Ah, seria bom se o casamento fosse grande e público, mas não vou julgar sua escolha de privacidade. Realeza é complicada, afinal,” Felissa declarou com uma risada.
“Sim, obrigada, Felissa,” Rosina puxou Felissa para um abraço apertado e beijou-lhe as bochechas.
Felissa soltou um gritinho com o contato e seu rosto ficou vermelho. Ela estava agitada e chocada com as ações de Rosina. “R-rosina.”
Rosina segurou o rosto de Felissa e a puxou para mais perto. Seus lábios estavam a centímetros de distância, e elas podiam sentir o cheiro uma da outra. Ela podia ver os olhos de Felissa girando, o que achava adorável.
“Eu te acompanharei até lá fora,” Rosina gargalhou antes de dar um passo para trás e dar a Felissa algum espaço para respirar.
Os joelhos de Felissa se sentiram como geleia enquanto ela caía no chão. “R-rosina… Você cheira bem. É i-intoxicante.”
“Obrigada,” Rosina sorriu e levantou Felissa, ajudando-a a recuperar o equilíbrio antes de terminarem de arrumar suas coisas.
Os servos chegaram, pegaram os pertences de Felissa e os colocaram na carruagem.
“Mandarei uma carta assim que chegar em casa,” Felissa disse e estava prestes a partir quando se assustou. “Ah, esqueci de algo!”
“O que é?” Rosina perguntou e observou Felissa procurando em sua bolsa.
“Aqui, este é meu presente de casamento para você. Espero que goste,” Felissa disse timidamente, estendendo a mão. Ela estava segurando uma caixa rosa com uma fita branca.
“Obrigada, Felissa. Eu agradeço,” Rosina declarou e pegou a caixa dela. Ao abrir, revelou um colar em forma de lua crescente. “É lindo.”
Felissa riu e mostrou a Rosina o colar que estava usando. Era um pequeno pingente de lua. Ela pegou o colar de Rosina e o colocou ao lado do dela. O charm grudou um no outro e criou um novo pingente. “Este é um colar da amizade.”
O coração gelado de Rosina foi invadido por borboletas ao olhar para o colar. Era a primeira vez que ela via algo assim, já que não se importava com joias ou prestava atenção nelas.
“Aqui,” Felissa devolveu a outra parte do colar para Rosina com um cantarolar. “Não se esqueça de mim.”
“Não irei. Eu vou tesourar isso,” Rosina afirmou e observou Felissa entrar em sua carruagem. Ela acenou para Felissa em despedida e suspirou profundamente quando a carruagem saiu de vista. “Vou sentir falta dela.”
Rosina estava um pouco decepcionada com o resultado do tempo passado com Felissa. Ela sempre quis provar os lábios de Felissa novamente e o calor de seu corpo contra o dela.
Quanto a Draco, ele havia saído cedo pela manhã para fazer suas tarefas que Rosina desconhecia, mas também não queria perguntar.
“Ferro,” Rosina chamou o mordomo da residência.
“Sim, Senhora Rosina?” Ferro respondeu com uma reverência.
“Quando está marcado o meu casamento?” Rosina perguntou e observou a expressão confusa de Ferro antes dele pegar e abrir suas anotações.
“Isso seria daqui a três dias,” Ferro respondeu. “Mas o plano ainda não está concluído, pois o terceiro Príncipe não me notificou com informações adicionais.”
“Entendi. Por favor, me informe quando estiver pronto,” Rosina declarou despreocupadamente e caminhou para o seu quarto. Depois de fechar a porta, ela deslizou para o chão. Sentiu seu peito apertar por razões desconhecidas.
“O que está acontecendo?” Rosina sussurrou e apertou o peito, mas sua cabeça começou a doer terrivelmente.
“Ah! pare!” Rosina gritou de dor e segurou a cabeça firmemente, arrancando agressivamente os enfeites de cabelo e jogando-os no chão.
Rosina começou a puxar os cabelos para parar a dor que sentia, mas estava piorando. “Pare com isso!”
Várias imagens bombardearam sua mente, e ela não conseguia parar. Essas lembranças que tentou suprimir e esquecer anos atrás voltaram como uma tempestade.
Rosina começou a chorar enquanto apertava os olhos com força. Ela não queria receber as lembranças que voltaram. Ela queria que elas estivessem enterradas na parte mais funda dela. A parte que ela tentava esquecer.
“Por favor…” Rosina sussurrou enquanto se encolhia em uma bola pequena para se confortar e continuou chorando.
Uma batida foi ouvida na porta que chamou a atenção de Rosina. Ela a ignorou, mas as batidas continuaram.
“Si-sim?” Rosina respondeu enquanto enxugava as lágrimas. A dor ainda estava lá, mas ela fez o melhor para ignorá-la, já que alguém estava chamando por ela.
“Senhora Rosina, alguém solicita sua presença,” Fina sussurrou suavemente e esperou pela resposta de Rosina.
***
Rosina respirou fundo enquanto olhava pela janela. Ainda sentia dor, mas fazia o seu melhor para acalmá-la. Sua loba estava tentando levar parte da dor para aliviar seu corpo humano.
Uma batida ecoou e a porta se abriu com Fina ao lado. Ela se curvou e fez um gesto para o visitante entrar.
Um homem vestido com uma camisa simples e calça entrou no quarto timidamente. Hesitou a princípio, pois estava no quarto de uma nobre. Normalmente, os visitantes ficavam na sala ou no jardim esperando o anfitrião chegar.
“Se-senhora,” o homem disse e se ajoelhou numa perna no chão. “Eu sou Silvio Locatello, o cavaleiro vermelho lá na pista de corrida.”
“Ah,” Rosina se virou e encarou o homem. Ela sorriu e andou com passos pequenos em sua direção, pois sentia o chão tremer. “Entendi. Você foi bem lá.”
“Senhora, não é do meu mérito vir aqui e falar com você, mas vim para lhe dar isto,” Silvio declarou e tirou o capacete vermelho que estava usando na corrida.
“Por que me daria esse capacete?” Rosina perguntou. Ela sabia que o capacete poderia ser um item valioso para Silvio e que ele o desse para ela não a agradava.
“Porque você foi a única que achou que eu poderia fazer isso,” Silvio declarou com um sorriso. Suas bochechas adquiriram um tom rosado depois que ele disse aquelas palavras. “Quando todos estavam me desvalorizando. Você foi a única que me alegrou. Eu estou feliz.”
Silvio lembrou do momento em que viu Rosina pela primeira vez no banco, aplaudindo por ele. Ele sentiu que ela era a luz do seu mundo escuro onde todos o estavam puxando para baixo.
“Que ótimo,” Rosina declarou e se sentou no chão para ficar na altura da cabeça de Silvio.
“Obrigado, Senhora— Ai!” Silvio se assustou. Quando ele olhou para cima e viu que o rosto de Rosina estava muito próximo do dele. Ele caiu no chão e olhou para Rosina com olhos trêmulos.
Rosina estava respirando com dificuldade, e suas roupas estavam encharcadas de suor. A dor que ela sentia estava ficando mais forte, e seu corpo sucumbiu à emoção que ela sentia.
“Se-senhora, você está bem?” Silvio exclamou preocupado e estava prestes a segurar o ombro de Rosina e ajudá-la a se levantar, mas tinha medo de tocar numa nobre.
“Dói…” Rosina sussurrou e agarrou o peito. Ela queria remover o espartilho que estava usando, impedindo seu padrão de respiração normal.
“Se-senhora! Vou chamar ajuda!” Silvio se levantou, abriu a porta agressivamente e chamou por qualquer servo que estivesse por perto.
Fina ouviu o chamado, correu em direção à fonte e viu a expressão assustada no rosto de Silvio.
“A Se-senhora!” Silvio exclamou e abriu a porta mais para que Fina entrasse no quarto.
“O que aconteceu?” Fina perguntou e tentou ajudar Rosina, mas foi ignorada.
“Eu não sei. Ela ficou mal depois de alguns minutos em pé,” Silvio explicou em pânico. Ele estava assustado de que poderia ser culpado pelo que aconteceu com Rosina.