A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas - Capítulo 543
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Capítulo 543: O Preço a Ser Pago
— O que vocês dois estão fazendo? Temos que ir! — gritou José em pânico ao olhar para os dois, que ainda estavam atordoados.
Gastone e Lúcia se sobressaltaram quando seu momento foi interrompido.
— Precisamos ir agora! — declarou Gastone apressadamente enquanto pegava o pingente com ele. Ele estava prestes a lambê-lo para teleportá-los para o reino dos lobisomens quando José agarrou o ombro de Gastone.
— Não me deixem aqui — exclamou José ao ouvir que os dois estavam prestes a escapar sem ele.
Gastone hesitou por um segundo, já que estava levando um humano para um reino que deveria ser um segredo.
— O quê? Vocês vão apenas me deixar aqui e ser preso? Nem pensar! — resmungou José com raiva, sentindo-se traído.
Gastone lançou um olhar afiado para José, seu maxilar se apertando com urgência. — Então fique perto — rosnou ele, o pingente já brilhando levemente em sua mão.
Lúcia instintivamente segurou o braço de Gastone, seu coração martelando contra o peito.
O som de botas pesadas e gritos furiosos ecoou pelo corredor — eles não tinham muito tempo.
Sem dizer mais uma palavra, Gastone lambeu o pingente encantado.
Uma luz vermelha ofuscante irrompeu, girando ao redor dos três. Fumaça irrompeu como uma neblina espessa, engolindo suas formas por completo.
O ar pulsava com energia crua, e o chão abaixo deles tremia como se o próprio tecido do reino protestasse por sua partida.
Então, eles desapareceram.
A fumaça se dispersou em segundos, se enrolando como névoa desaparecendo sob o sol da manhã.
O espaço onde tinham estado agora estava vazio, exceto pelo aroma persistente de magia e frascos quebrados.
De volta ao altar…
Daniel estava no meio do caos, seu olhar fixo na fumaça se esvanecendo. Suas mãos tremiam ao seu lado, punhos cerrados tão fortemente que sangue escorria de suas palmas onde suas unhas se cravavam. Sua respiração era pesada, aguda, rasa e irregular.
Se foi. Lúcia se foi.
— Lúcia… — murmurou Daniel, sua voz rachada e tensa.
Daniel deu um passo à frente, ignorando os guardas gritando atrás dele e o padre tentando entender a interrupção.
A sala sagrada, momentos atrás cheia de flores e testemunhas nobres, agora parecia uma prisão.
Os olhos de Daniel percorriam freneticamente o ambiente. — Encontrem-nos! — ele latiu, sua voz ressoando pela câmara. — Selar os portões – procurem em cada corredor, em cada centímetro desta cidade!
— Sim, senhor! — afirmaram os guardas enquanto se apressavam para fazer seu trabalho.
Os outros convidados que permaneceram dentro foram entretidos pela Senhora Belo, sentiram-se envergonhados com o que havia acabado de acontecer.
— Eu esperava alguma intervenção, mas não de Gastone! Aquele traidor. Ele tinha olhos para Lúcia desde o começo! — exclamou Daniel com raiva. Ele não conseguiu conter sua raiva, então começou a jogar coisas ao redor.
“Filho!” Senhora Belo gritou ao ver Daniel se descontrolar.
“Mãe, isso é tudo culpa sua! Se você não tivesse me apresentado a Lúcia, eu não estaria atraído por ela!” Daniel zombou de sua mãe, culpando-a pela dor que sentia.
Senhora Belo abriu a boca para se defender, mas hesitou ao concordar com o que Daniel havia dito. Afinal, era ela quem o estava pressionando para casar.
“Peço desculpas, Daniel,” Senhora Belo disse, olhando para baixo em tristeza enquanto se afastava. Ela estava ferida e envergonhada ao mesmo tempo, e seu coração não aguentava mais.
Enquanto Senhora Belo se afastava, ela sentiu um aperto no peito. Ela agarrou suas roupas enquanto a dor continuava a aumentar.
“Ah… Da-Daniel,” Senhora Belo chamou enquanto olhava para trás, tentando pedir ajuda, mas Daniel apenas lançou um olhar de desprezo para ela.
“Pare de fingir, velha! Você só está aumentando meus problemas!” Daniel gritou antes de sair, deixando Senhora Belo na dor.
Vários amigos de Senhora Belo correram em sua direção, enquanto Daniel completamente ignorava sua mãe.
“Achei que fosse conseguir transar com ela!” Daniel exclamou ao chegar à porta dos fundos. Ele pensou que estava sozinho enquanto soltava seus pensamentos. Sua mente voltou ao tempo em que ele e Lúcia quase tiveram relações. “Eu deveria tê-la tomado naquela vez,” acrescentou com arrependimento.
“Você sempre pode fazer isso,” uma voz brincalhona declarou por trás.
Daniel estremeceu e olhou para trás surpreso. “Ah, Madame Giselle,” ele afirmou, balançando a cabeça.
Giselle estava elegantemente nas sombras do corredor, seus lábios curvados em um sorriso conhecedor. Seus olhos brilhavam na luz fraca, e sua longa capa se arrastava atrás dela como uma serpente deslizando pela escuridão.
Daniel endireitou sua postura, embora seu peito ainda arfasse de frustração. “O que você quer dizer com ainda posso fazer isso? Lúcia se foi… Ela fugiu com aquele bastardo sarnento.”
Giselle se aproximou, o clique de seus saltos ecoando de forma ominosa. “Fugiu, sim… mas não é inalcançável.”
Daniel franziu a testa, desconfiado. “O que você está dizendo?”
“Eu sei para onde eles foram,” Giselle disse calmamente, seu olhar fixando-se em Daniel como um caçador encarando a presa. “Um certo reino. Um lugar envolto em segredo, inacessível para a maioria. Mas eu tenho meus meios.”
Os olhos de Daniel se estreitaram enquanto ele ria. “Um reino? Você está falando sério, ou está perdendo a cabeça também?”
“Você quer recuperar Lúcia ou não? Ou vai deixar Gastone ser o vencedor entre vocês dois?” Giselle sussurrou, circulando-o lentamente.
Aquela frase enfureceu Daniel. Atingiu seu orgulho como homem de conquistar a mulher que desejava. “Vou trazê-la de volta e garantir que Gastone chore por isso!”
“Hmm, isso é bom. No entanto, você deve entender… isso tem um preço. Poder como esse não vem de graça,” Giselle sibilou, um sorriso malicioso em seus lábios.
“Eu não me importo com o custo,” Daniel rosnou. “Se isso me levar até Lúcia— se me permitir destroçar Gastone com minhas próprias mãos, então pagarei qualquer preço.”
Giselle sorriu maliciosamente, suas pontas dos dedos tocando o ombro dele. “Bom. Isso é o que gosto de ouvir. Raiva… devoção… obsessão. Tudo isso vai guiá-lo.”
“O que eu preciso fazer?” Daniel perguntou, desespero misturando-se agora com desejo.
Giselle inclinou-se. “Quero que você confie em mim.”