- Home
- A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas
- Capítulo 536 - 536 O Fundo da Escada 536 O Fundo da Escada Após algumas
536: O Fundo da Escada 536: O Fundo da Escada Após algumas horas, Lúcia acordou cedo, já que não conseguia dormir direito e sentia desconforto a noite inteira. Isso a deixou extremamente fatigada pela manhã.
“Ah, que droga,” Lúcia sussurrou enquanto gemia olhando para o teto. Ela sentia como se seu corpo tivesse sido jogado no oceano e arrastado contra as rochas.
Lúcia se sentou e se forçou a caminhar em direção ao espelho colado na parede. Ela podia ver as olheiras debaixo dos olhos e como sua pele murchava nas bochechas.
“Meu Deus!” Lúcia exclamou enquanto tocava seu rosto. “Será que estou tão desidratada?”
Lúcia olhou ao redor em busca de uma fonte de água, mas não encontrou nada no seu quarto. Ela suspirou enquanto vestia uma capa que viu no armário e saiu.
O sol mal tinha aparecido, mas Lúcia estava indo na ponta dos pés em direção à cozinha. No entanto, uma memória do passado continuava a assombrá-la.
Foi o dia em que Lúcia viu os corpos humanos mortos sendo cortados em pedaços como animais.
“Ah!” Lúcia colocou a mão sobre a boca quando sentiu vontade de vomitar. “Eu odeio isso.”
Lúcia fechou os olhos e engoliu o vômito que subia. Ela respirou fundo para se recompor e continuou em direção à cozinha, com passos hesitantes e o coração acelerado.
O corredor estava assustadoramente silencioso. A fraca luz da alvorada se infiltrava pelas frestas das persianas, projetando sombras longas nas paredes de pedra.
“Tsk, ele é tão rico, mas a mansão parece uma casa mal-assombrada,” Lúcia murmurou, referindo-se ao gosto brega de Daniel.
Quando Lúcia chegou à cozinha, a encontrou vazia. O fogo no fogão já havia apagado há tempos, e o cheiro persistente de ervas e carne assada agora era fraco, quase inexistente.
‘Nem um servo está acordado a esta hora,’ pensou Lúcia enquanto olhava ao redor. Ela foi servir um copo de água enquanto se apoiava na bancada.
Havia luzes acesas no canto, mas ainda assim era uma atmosfera sinistra.
‘Devo voltar rápido para o quarto,’ pensou Lúcia, mas quando estava prestes a sair, uma ideia surgiu em sua cabeça.
Lúcia olhou ao redor e se concentrou no ambiente para garantir que estava sozinha.
‘Talvez eu devesse usar esse tempo para investigar,’ pensou Lúcia enquanto voltava à cozinha e decidiu explorar a área mais a fundo.
“Deveria ter uma porta aqui,” Lúcia murmurou, lembrando-se dos eventos do passado. Ela não queria acender mais luzes, o que poderia chamar atenção, então usou a mão para tocar o que estava a sua volta.
Foi quando Lúcia tocou uma maçaneta. Uma porta pequena nos fundos da cozinha.
‘Pode ser isso?’ Lúcia pensou enquanto a segurava sem medo. A porta rangeu ao ser empurrada, revelando uma estreita escadaria que descia para a escuridão. Uma corrente de ar frio atingiu seu rosto, carregando um cheiro metálico fraco que fez seu estômago revirar.
“Que lugar é esse?” Lúcia sussurrou para si mesma enquanto descia as escadas, segurando o corrimão com força. Quanto mais descia, mais forte ficava o cheiro.
No pé da escada, Lúcia se encontrou em um porão mal iluminado. Barris e caixotes estavam empilhados contra as paredes, mas o que chamou sua atenção foi um rastro fraco de algo escuro e pegajoso no chão.
O fôlego de Lúcia ficou preso. Sua mente voltou à horrível memória dos corpos desmembrados. “Meu Deus!” ela sussurrou enquanto cobria o nariz.
Ela se forçou a seguir o rastro, que levava a um grande caixote de madeira no canto. Lúcia levantou a tampa com mãos trêmulas, apenas para encontrá-la vazia. Mas o interior estava manchado—uma mancha escura e sinistra que a fez retroceder alarmada.
“Não… não,” Lúcia murmurou em pânico, não estando mentalmente preparada para sua descoberta. Ela correu de volta para cima e fechou a porta enquanto ia buscar outro copo de água.
Lúcia respirava pesadamente enquanto suor frio se formava na sua testa.
“O que você está fazendo aqui?” uma voz de repente soou atrás de Lúcia.
Lúcia se virou, com o coração pulando para a garganta. Era Daniel, de pijama. Seu rosto era uma máscara de confusão com preocupação.
“Eu… Eu estava procurando água,” Lúcia gaguejou, com a voz quase num sussurro. Ela podia sentir sua pulsação batendo em seus ouvidos. Ela levantou seu copo para mostrar a Daniel.
“Oh, você deveria ter acendido mais luzes por aqui,” Daniel disse, acendendo uma vela próxima.
“Está bem. Consigo ver decentemente,” Lúcia deu uma risada desajeitada enquanto terminava seu copo. “O que você está fazendo a esta hora?” ela perguntou.
O corpo de Daniel pausou por um rápido segundo antes de ele dar a Lúcia um sorriso. “Ah, só preciso resolver uma coisa. Assuntos do Negócio,” ele respondeu.
“Não está um pouco cedo para isso?” Lúcia perguntou, franzindo a testa.
Daniel se aproximou e agarrou o braço de Lúcia, não muito bruscamente, mas com força suficiente. “Sou um homem ocupado,” ele respondeu, olhando nos olhos dela. “Você não deve andar por aí por um tempo. Há algumas áreas… que precisam de reparos. Não quero que se machuque.”
“Reparos?” Lúcia perguntou cautelosamente. Ela não tinha visto nada que estivesse em restauro contínuo.
“Sim, então volte para o seu quarto. Eu me encontrarei com você mais tarde para o almoço,” Daniel deu um tapinha na cabeça de Lúcia e acariciou sua bochecha por um segundo antes de recuar. “Preciso ir a algum lugar.”
“Onde?” Lúcia perguntou. Ela queria usar a oportunidade para conseguir algo de Daniel.
“Assuntos do Negócio,” Daniel manteve sua resposta simples. Ele deu um beijo de despedida no ar para Lúcia antes de sair da cozinha.
Até então, Lúcia soltou um suspiro pesado que ela mantinha. “Foi por pouco,” murmurou, se apoiando na bancada.
Lúcia pensou que se não tivesse voltado para a cozinha, Daniel teria a pegado no ato.
Enquanto seguia de volta ao seu quarto, Lúcia não conseguia se livrar da sensação que tinha se deparado com algo muito maior do que jamais poderia ter imaginado.
“Preciso descer lá de novo,” Lúcia afirmou com determinação e se certificou de se preparar para o pior.