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- Capítulo 532 - 532 O Homem Por Trás das Sombras 532 O Homem Por Trás das
532: O Homem Por Trás das Sombras 532: O Homem Por Trás das Sombras Gastone retornou ao escritório de seu restaurante e abriu o armário, que estava cheio de vinho. Abriu uma garrafa e bebeu direto dela enquanto se acomodava no sofá, observando seu restaurante morto.
“Eu me empenhei tanto nisso…” Gastone sussurrou em derrota, enquanto balançava a cabeça. Ele se inclinou para trás e sentiu que tinha terminado com seu trabalho. “Giselle só precisa de tempo… O que devo fazer enquanto isso?”
Gastone pensou em resgatar as crianças sob os cuidados de Giselle, mas temia que isso pudesse fazer com que ela rejeitasse voltar ao reino dos Lobisomens. Então, isso estava fora de suas opções.
“Não tenho nada a fazer a não ser esperar… quanto tempo estou preso aqui?” Gastone murmurou para si mesmo. Sua mente se lembrou do rosto de Lúcia e da vontade de vê-la, mas ele sabia que isso também estava fora de suas opções.
Gastone passou a mão pelos cabelos ao terminar sua primeira garrafa de vinho, mas ele não estava satisfeito. Pegou outra garrafa, abriu-a e bebeu de um gole.
“Acho que por enquanto serei um bêbado,” Gastone sussurrou para si mesmo. Ele riu alto antes de jogar a garrafa vazia ao seu lado na parede, estilhaçando-a em pedaços.
Por uma semana, Gastone viveu como uma sombra de si mesmo, afogando sua tristeza no vinho que forrava o armário de seu restaurante abandonado.
Cada manhã começava com uma garrafa e cada noite terminava com vidros quebrados espalhados pelo chão. O escritório do Gastone exalava um cheiro de uvas fermentadas e desespero, o ar pesado com remorsos não expressos.
“Ugh, eu me sinto como um lixo!” Gastone gemeu enquanto esfregava os olhos de sono. O sorriso de Lúcia o assombrava como um fantasma. Toda vez que ele fechava os olhos, ele via o rosto dela – seus lábios curvados suavemente, seus olhos enrugados com calor.
A memória acalmava e atormentava Gastone, um bálsamo e uma ferida na mesma medida.
No sétimo dia, Gastone se viu falando com a sala vazia.
“Por que você teve que sorrir para mim daquela maneira, Lúcia?” Gastone murmurou, segurando uma garrafa meio vazia. Sua voz rachou, embora ele rapidamente a afogasse com outro gole. “Você não faz ideia de quanto você me arruinou. Ou salvou. Eu já nem sei mais.”
Gastone encarou a bagunça com olhos injetados de sangue, sua mente oscilando entre a raiva do mundo e de si mesmo. Ele segurava firmemente uma garrafa quase vazia e sentou-se junto à janela.
“Por que estou até pensando nela? Ela é casada! Haha!” Gastone riu alto, arremessando a garrafa na parede.
Gastone agarrou seu cabelo enquanto tentava o melhor para esquecer Lúcia, mas quanto mais ele o fazia, mais ele podia sentir o vínculo de companheiros quebrado.
“Oh, deusa. Eu finalmente aceitei que nosso vínculo de companheiros está quebrado, mas por que a dor ainda está aqui? Já deveria ter desaparecido!” Gastone gritou, afastando seu cabelo oleoso enquanto olhava para o teto. “Não me diga que ela…”
Um pensamento veio à mente de Gastone de que talvez Lúcia ainda pensasse nele, e por isso o vínculo ainda estava ativo, mesmo estando quebrado.
Afinal, Gastone era o único que reconhecia o vínculo, e Lúcia não tinha ideia sobre isso.
“Talvez eu devesse… ir verificar como ela está,” Gastone sussurrou, pensando profundamente sobre a ideia de ver Lúcia novamente. Uma parte dele tinha medo de que ele pudesse experimentar uma dor imensa, mas ele estava disposto a arriscar para ter um vislumbre do rosto dela.
Sem hesitar, Gastone se levantou e foi para o chuveiro se limpar. Já que ele não tomava banho por toda a semana, ele cheirava mal. Ele pegou roupas limpas na gaveta e as vestiu depois de terminar.
Gastone foi para o seu carro e dirigiu até a floricultura da Lúcia. Ele estacionou um pouco mais longe, mas perto o suficiente para ver o lugar inteiro. Ele agarrou fortemente o volante, e seu coração começou a bater mais rápido.
“Ela está aqui em primeiro lugar?” Gastone questionou enquanto se tornava ansioso. A floricultura parecia estar fechada, mas nenhum sinal indicava que estava de fato fechada.
O olhar de Gastone fixou-se na floricultura. Era começo de noite, e o brilho âmbar vindo de dentro derramava-se sobre a calçada, pintando a cena com uma luz serena.
Depois de quinze minutos de espera, Gastone suspirou profundamente. “Talvez ela esteja ficando na residência do Daniel agora,” ele afirmou dedicadamente. Ele estava prestes a ir embora quando as luzes dentro da floricultura se acenderam.
Gastone avistou Lúcia movendo-se graciosamente entre os buquês, arrumando hastes com um cuidado que fazia seu peito doer. Ela estava cantarolando uma melodia que ele não podia ouvir, mas imaginava que era tão suave quanto ela.
“Lúcia,” Gastone sussurrou, seus olhos amoleceram. Ele ficou lá, congelado entre o desejo e a autoreprovação. Seu lobo agitou-se dentro dele e o instigou a sair do carro. “Devo ir?” ele questionou.
No entanto, antes que Gastone pudesse agir, seus olhos perspicazes captaram movimento do outro lado da rua.
Um homem em um casaco simples estava parcialmente escondido atrás de um poste, espiando atentamente a floricultura. O foco do homem não estava nas flores – estava em Lúcia.
“Quem diabos é esse cara?” Gastone sibilou. Seu instinto inflamou-se enquanto sua mão esquerda dirigia o volante, tensionando-se enquanto continuava a observar.
Gastone não conhecia o homem, mas ele teve um pressentimento no fundo do estômago de que ele era perigoso.
Parado como um sentinela nas sombras, o homem não se moveu por vários minutos. Então, de repente, ele mudou, ajustando sua postura como se preparando para se aproximar da loja, mas hesitou.
Então, a paciência de Gastone estalou. “Não vou deixar esse assustador chegar perto dela,” Gastone murmurou, saindo do seu carro. Ele se certificou de que Lúcia não o visse enquanto se aproximava do homem.
As botas de Gastone estalaram contra o cascalho enquanto ele atravessava a rua. Cada passo era calculado, e seus sentidos estavam em alta alerta.
O homem notou Gastone se aproximando e endureceu, olhando em volta como um animal encurralado.
“Ei!” Gastone chamou, sua voz firme e exigente. “O que você está fazendo aqui?”