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- Capítulo 523 - 523 A Assinatura do Retrato 523 A Assinatura do Retrato Os
523: A Assinatura do Retrato 523: A Assinatura do Retrato Os olhos de Gastone saltaram depois de ouvir o que Draco havia dito. “O quê? S-sua mãe?” ele gaguejou, incrédulo.
Rocco, o Rei anterior, manteve a identidade da mãe de Draco em segredo, e aqueles que a conheciam eram mantidos em silêncio.
“Sim…” Draco respondeu suavemente; tristeza era vista em seus olhos.
As sobrancelhas de Gastone se juntaram em confusão. “Como você pode ter certeza de que esses são feitos por sua mãe?” ele perguntou. Em sua mente, muitos pintores no Palácio poderiam ter criado aquelas pinturas.
“Olha só,” Draco disse, apontando para o nome esboçado na borda dos retratos.
“G…e?” Gastone tentou ler o nome, mas a maior parte estava ilegível por conta da idade. Seus olhos vasculharam os outros retratos, que continham as mesmas letras. “Você ao menos sabe o nome de sua mãe?”
“Haha, eu não sabia no começo, mas agora sei. Venha comigo,” Draco falou empolgado. Ele caminhou rapidamente para o outro lado, indo para outro corredor. Ele parou diante de uma pintura massiva de uma jovem mulher vestida com um simples, mas elegante vestido.
Gastone seguiu atrás e viu a pintura. A mulher tinha longos cabelos negros e olhos azul-bebê. Ele franziu o cenho porque ela lhe parecia familiar, mas ele não conseguia lembrar onde havia a visto.
“Essa é sua mãe?” Gastone perguntou, olhando para Draco, que estava fitando o retrato.
“Sim, eu sabia que era ela depois de ver a carta atrás deste retrato, mas você não precisa vê-la. No entanto, ela contém palavras tão doces de Rocco e o quanto ele a adorava,” Draco explicou com um sorriso, mas seus olhos mostravam o quanto ele estava ferido naquele momento.
Gastone permaneceu em silêncio por alguns segundos. Ele conseguia entender Draco uma vez que ele também não sabia quem era seu verdadeiro pai ainda, mas ele não estava interessado em conhecê-lo de forma alguma.
“Basicamente, essa pintura foi feita por Rocco como memória dela,” Draco continuou e suspirou profundamente.
Gastone notou como Draco se referia a Rocco pelo nome, não como “pai.” Ele queria perguntar o motivo, mas decidiu que não era mais de seu interesse.
“Entendo. Ele deve ter sentido muito a falta dela,” Gastone respondeu. Observando a assinatura na lateral, ele viu o nome de Rocco, um sinal de que tinha sido ele quem a fizera.
“Sim, talvez. Eu não sei, e ainda não entendo a história deles,” Draco balançou a cabeça. Ele ainda estava desapontado com seu pai por abandonar completamente sua verdadeira companheira por causa do status e da coroa do trono.
“Você tem alguma informação sobre sua mãe? Talvez você possa começar a procurá-la,” Gastone disse, esperando poder ajudar de alguma forma.
“Haha, eu queria que fosse tão fácil, mas não. Não há informação ou mesmo uma pista de onde ela esteja agora ou se ainda está viva. É frustrante!” A voz de Draco se elevou conforme a frustração o atingia. Ele havia pesquisado sobre sua mãe, mas tudo levava a um beco sem saída.
“Mas você ao menos sabe o nome dela?” Gastone pressionou mais.
“Ah… sim. Isso é tudo que eu tenho, graças às assinaturas dos retratos,” Draco deu uma risada olhando para outro quadro feito por sua mãe.
“Isso já é bom. Qual é o nome dela?” Gastone perguntou, curioso para saber qual era.
Draco fez uma pausa por um momento, fitando o vazio enquanto se lembrava do tempo que soubera o nome de sua mãe. Era doce e amargo ao mesmo tempo. “Giselle…” ele sussurrou.
O corpo todo de Gastone congelou enquanto arrepios percorriam sua pele. “O que você disse?” ele perguntou, esperando ter ouvido errado.
“O nome da minha mãe é Giselle,” Draco repetiu suavemente.
A respiração de Gastone falhou. Ele encarou Draco como se ele tivesse pronunciado uma palavra proibida. “Giselle? Você tem absoluta certeza?” Sua voz tremia levemente, seu costumeiro autocontrole se desfazendo.
Draco inclinou a cabeça, franzindo a testa com a reação de Gastone. “Sim, por quê? Você a conhece?”
Gastone rapidamente mascarou seu desconforto, apesar das pontas de sua boca tremerem involuntariamente. “Não, não… É apenas… uma coincidência. O nome soou familiar. Só isso.” Ele forçou uma risada nervosa, virando-se do olhar penetrante de Draco.
Draco estreitou os olhos. “Gastone, você é um péssimo mentiroso. Se você sabe de algo, me diga.”
“Eu não sei!” Gastone estalou, com a voz mais firme do que pretendia. Ele esfregou a nuca e exalou. Sua mente voltou para a velha mulher que ele havia encontrado no reino humano, Giselle, proprietária do Orfanato de onde Lúcia era.
Draco cruzou os braços, observando o comportamento nervoso de Gastone. Ele conhecia o homem o suficiente para saber quando algo estava fora do lugar.
“Você está escondendo algo, Gastone. Se você sabe algo sobre minha mãe, eu preciso saber. Por favor,” a voz de Draco rachou um pouco, traindo sua vulnerabilidade.
Gastone suspirou pesadamente. “Draco… mesmo que eu soubesse de algo, a verdade pode não trazer a paz que você está procurando. Algumas histórias são melhores deixadas não contadas.”
Os punhos de Draco se fecharam. “Essa não é sua decisão a tomar. Você não entende como é crescer cercado por sussurros e sombras, nunca sabendo quem é sua própria mãe. Eu preciso saber— bom ou ruim.”
Gastone hesitou. Ele queria contar a Draco sobre Giselle no reino humano, que também acabou sendo uma loba. No entanto, ele estava incerto se era uma boa ideia contar a Draco sobre isso.
“Gastone…” a voz de Draco soava suplicante, instigando Gastone a contar.
Gastone suspirou. Seus olhos encaravam o retrato de Giselle, mãe de Draco. Quanto mais ele olhava, mais familiar lhe parecia.
“Agora que eu olho com atenção. Elas se parecem, mas ela estava mais velha agora,” Gastone sussurrou, finalmente vendo a semelhança, especialmente nos olhos.
“Gastone… por favor, me diga o que quer que você saiba. Eu lhe recompensarei,” Draco disse, se aproximando e segurando a mão de Gastone. “Por favor.”
A cabeça de Gastone girou em direção a Draco. Ele sabia que Draco estava desesperado para saber qualquer coisa sobre sua mãe, mas sua ação fez Gastone se encolher.
“Tudo bem, mas eu não preciso de qualquer recompensa. No entanto, você tem que me prometer uma coisa— você não agirá imprudentemente. Entendeu?” Gastone afirmou, retirando rapidamente sua mão do aperto de Draco.
Draco assentiu, seu coração palpitando. “Eu prometo.”