A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas - Capítulo 494
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494: A Carne para Comer 494: A Carne para Comer O carro estacionou do lado de fora de um prédio grande e com aparência antiga. Por fora, parecia um armazém comum, mas o fedor era insuportável, especialmente para o nariz sensível de Gastone.
“Chegamos,” Daniel declarou enquanto desligava o carro. Ele abriu a porta e imediatamente correu para o lado de Gastone, que já tinha um pé no chão.
“Não precisa,” Gastone levantou os braços para impedir que Daniel o tratasse como uma Princesa.
“Haha, eu só faço o melhor pelos meus parças,” Daniel explicou com uma risada. No entanto, foi ele mesmo quem fechou a porta atrás de si.
Gastone olhou para o prédio com um suspiro profundo, preparando-se para o que ele testemunharia.
“Não tenha medo. Isso é negócios e como um bom amigo seu, não vou deixar você ver a parte macabra. Apenas os finos produtos,” Daniel explicou enquanto gesticulava para Gastone segui-lo.
A porta se abriu e um homem vestindo um traje plástico saiu. Suas roupas estavam salpicadas de sangue na parte inferior.
“Chefe, o senhor chegou!” o homem cumprimentou enquanto tirava sua máscara.
“Cartel, como está o processamento?” Daniel acenou com um sorriso e se aproximou do homem. “Você deveria se limpar. Temos um convidado valorizado,” ele adicionou e lançou um olhar para Gastone.
“Ah, desculpe chefe! Vou me limpar agora mesmo!” Cartel olhou envergonhado para a própria vestimenta e apressadamente voltou para dentro do prédio.
Daniel abriu a boca para parar Cartel, já que estava apenas zombando dele. “Ah, bem,” ele deu de ombros e abriu a porta, revelando pegadas de sangue.
Gastone foi atingido pelo forte cheiro metálico que feria suas narinas. Ele cobriu o nariz com uma mão e mostrou desgosto pela situação.
Daniel olhou para Gastone e ficou preocupado que isso afetasse sua decisão sobre a proposta. “Devemos ir para o meu escritório primeiro. Esta área é a estação de trabalho e pode ser demais para você… por enquanto,” ele disse com uma risada desajeitada.
Gastone assentiu e seguiu Daniel até o segundo andar, que era surpreendentemente limpo e arrumado.
“Você quer um chá?” Daniel perguntou enquanto preparava algumas canecas, mas Gastone balançou a cabeça.
“Não, não preciso de nada,” Gastone respondeu enquanto se sentava no sofá. Ele não sentia a necessidade de encher o estômago com nada vindo do armazém.
Daniel concordou com a cabeça e sentou-se ao lado de Gastone. O calor se infiltrava pela janela e refletia para dentro.
O suor de Gastone escorria pelo seu pescoço e ele olhou discretamente para Daniel, que o encarava nos últimos dois minutos. “Ahem, achei que você queria me mostrar os produtos,” ele disse, rompendo o silêncio entre eles.
“Haha, esqueci disso. Estou tão hipnotizado pelo seu cabelo, especialmente quando a luz do sol bate neles. Parecem fios de ouro puro,” Daniel sussurrou admirado. Seus olhos brilhavam e suas mãos inconscientemente se estenderam para tocar o cabelo de Gastone, mas foram interrompidas.
“O que você está fazendo?” Gastone perguntou. Sua voz ressoou em seu peito enquanto tentava suprimir o rosnado que queria sair de sua boca. Isso criou um tom de voz profundo e ameaçador.
“Ah!” Daniel estremeceu com medo nos olhos por último segundo antes de sorrir. “Foi mal, haha.”
Daniel levantou-se e ajeitou a gola, mas a preocupação era visível em seu rosto. “N-nós deveríamos ver os produtos,” ele continuou antes de se virar.
Gastone assentiu e silenciosamente seguiu atrás. Ele era mais alto que Daniel e podia ver o topo de sua cabeça, que tinha dois redemoinhos.
Eles caminharam pelo corredor em direção a outro cômodo no térreo. Havia escadas separadas do segundo andar para acessar exclusivamente aquela área.
O lugar estava escuro e úmido, mas o chão era frio. Havia uma porta enorme na frente com um pesado cadeado de metal.
“Tanta segurança para esses tais Produtos,” Gastone comentou após ver dois guardas do lado de fora.
Daniel deu uma risada. “Você ficará surpreso com o quão espertos eles são às vezes. Vários já fugiram daqui, mas ninguém foi bem-sucedido o suficiente para sobreviver,” ele declarou de forma ameaçadora.
Um sorriso sinistro apareceu nos lábios de Daniel enquanto ele abria os cadeados um por um. Era um novo lado dele que quase ninguém conseguia ver.
Gastone estava horrorizado, não porque se tornou medroso, mas pelo pensamento de Lúcia estar com um homem como Daniel, que mostrava nenhum remorso pela vida humana.
A porta se abriu e revelou fileiras e colunas de celas contendo crianças pequenas e adolescentes.
“Eis o nosso dinheiro!” Daniel gritou com orgulho. Seu sorriso quase alcançou suas orelhas enquanto mostrava seus ‘Produtos’ para Gastone.
Gastone deu um passo ao lado de Daniel e encarou o que estava diante dele. “São tantos,” ele murmurou. Ele esperava apenas algumas crianças, mas havia mais de vinte crianças dentro.
“É, o produtor tem mais crianças feias do que as de alto valor,” Daniel suspirou decepcionado. Ele andou pelo corredor e as crianças imediatamente se encolheram de medo por suas vidas.
Soluços e murmúrios silenciosos eram ouvidos do cômodo, ecoando nas paredes.
Gastone podia sentir a aura de frustração, medo e tristeza emanando das crianças. “Você não sente pena delas?” ele perguntou de forma direta.
Daniel suspirou. “Eu sentia… mas meu pai me disse que humanos são apenas animais inteligentes e devem ser tratados como tal. A partir daquele dia, minha perspectiva mudou. Por isso não sinto mais pena deles,” ele explicou e olhou para Gastone. “Você sente pena de galinhas quando você as come?”
Gastone levantou uma sobrancelha com a lógica de Daniel. Ele não se importava com as vidas que tirava e usava antes, desde que pudesse conseguir o que queria e ganhar algo. Assim, ele entendeu a perspectiva de Daniel, mas ele nunca comeu um Lobisomem companheiro em toda a sua vida.
O silêncio de Gastone instigou Daniel a continuar o papo. “Galinhas também têm família, sabia. Até porcos e vacas. Então não é nada diferente dos humanos.”
Gastone sorriu com uma risada. Ele caminhou até uma das celas contendo crianças de cerca de cinco a dez anos de idade. Eles recuaram contra a parede, na esperança de que isso os defendesse.
“Isso significa que é ok comer carne humana, basicamente é o que você está dizendo,” Gastone disse de forma direta. Seu olhar permaneceu nas crianças trêmulas.
Daniel concordou com a cabeça. “É o melhor gado que nunca vai se extinguir,” ele respondeu.
Gastone sorriu sarcasticamente e encarou Daniel. Seus olhos penetravam nele como se estivessem olhando para a alma de Daniel. Ele deu um passo à frente para fechar a distância sem quebrar o contato visual.
“O que você está fazendo?” Daniel franziu a testa com a súbita mudança no comportamento de Gastone.
Gastone segurou o queixo de Daniel e o inclinou para cima. “Então eu acho que, não importa se eu te comer também.”