A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas - Capítulo 489
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489: A Paz ao Invés da Vingança 489: A Paz ao Invés da Vingança Lúcia sorriu feliz enquanto observava Gastone cozinhando na cozinha, preparando o café da manhã para ambos. Ela se sentia tímida depois do ocorrido, mas estava grata por Gastone não ter reagido negativamente.
“Hmm,” Lúcia murmurou enquanto lambia os lábios. Ela se lembrou do gosto e do calor que isso lhe proporcionou na garganta. No entanto, o tamanho de Gastone era grande demais para sua estrutura pequena, o que a fez sentir dor na garganta e na mandíbula.
“Você deveria tomar um remédio depois de comer,” Gastone disse, colocando os pratos na mesa. Ele notou o leve desconforto de Lúcia cada vez que ela tentava falar.
“O-okay,” Lúcia concordou, desajeitada. Ela baixou a cabeça enquanto Gastone colocava um ovo, bacon e pão de queijo no prato dela.
Gastone sorriu suavemente. “Que bom. Vamos comer antes que eu te leve para casa,” ele disse, bebendo seu chá.
Lúcia congelou. Seu sorriso lentamente se transformou em uma linha fina enquanto ela era lançada de volta para o mundo real, onde seus problemas a aguardavam.
“É, você tem razão,” Lúcia respondeu desajeitadamente. Ela colocou um sorriso falso, mas Gastone conseguia ver através dela.
“Se você precisar de qualquer ajuda mesmo. Eu estarei aqui,” Gastone respondeu enquanto comia. Ele podia sentir o desconforto de Lúcia e, apesar de querer questionar, sabia que era melhor não pressioná-la. Ele continuou comendo seu café da manhã, lançando olhares ocasionais para ela, esperando que ela se abrisse quando estivesse pronta.
“O-obrigada,” Lúcia sorriu assim que pegou o garfo e comeu. Seu dia foi arruinado logo após um bom prazer.
Assim que terminaram de comer, Gastone limpou a mesa e começou a lavar a louça. Lúcia sentou no sofá, perdida em seus pensamentos. Ela apreciava a oferta de ajuda de Gastone, mas não tinha certeza se poderia sobrecarregá-lo com seus problemas.
“Gastone…” Lúcia murmurou baixinho. Ela olhou para as costas dele enquanto ele colocava os pratos no escorredor.
“Hmm?” Gastone murmurou, reconhecendo a presença dela.
Lúcia se remexeu no lugar. “Você acredita em vingança?” ela perguntou, querendo saber o ponto de vista de Gastone.
“Vingança, haha. Essa palavra é perigosa,” Gastone riu. Antes, ele havia sentido esse sentimento mas escolheu viver a vida fazendo o que queria em vez de gastar sua energia quando sabia que não poderia tirar a coroa da cabeça de Draco.
“O que você quer dizer?” Lúcia perguntou, curiosa.
Gastone fechou a torneira e secou as mãos antes de se virar para Lúcia. Ele se apoiou no balcão da cozinha, contemplando sua resposta.
“Vingança é uma emoção poderosa,” Gastone começou, com um tom sério. “É natural sentir raiva ou ressentimento contra aqueles que nos prejudicaram. Mas buscar vingança muitas vezes leva a mais dor e sofrimento, não apenas para quem buscamos vingança, mas para nós mesmos também.”
Lúcia escutava atentamente, absorvendo as palavras de Gastone. “Então você não acredita em se vingar daqueles que te machucaram?” ela perguntou, procurando qualquer sinal de incerteza em seu rosto.
Gastone balançou a cabeça. “Eu acredito em justiça, mas não em vingança. A justiça busca corrigir erros e restaurar o equilíbrio, enquanto a vingança é alimentada pela raiva e o desejo de retribuição. É um ciclo sem fim que só gera mais ódio e miséria.”
Lúcia concordou lentamente, entendendo a perspectiva dele. “Mas e se buscar vingança for a única forma de encontrar fechamento?” ela insistiu, sua voz mal acima de um sussurro.
Gastone suspirou, ciente da complexidade do coração humano. “Fechamento é importante, Lúcia, mas vingança não é o único caminho para ele. Às vezes, o perdão e o desapego podem trazer mais paz do que a vingança jamais poderia.”
Lúcia abaixou a cabeça, cerrando os dentes. “Perdão… isso não pode ser feito facilmente se a outra parte ainda está causando destruição no caminho por onde andam, colocando mais vidas em risco.”
Gastone podia ver a dor nos olhos de Lúcia, o tumulto com o qual ela estava lutando. Ele caminhou até ela e colocou uma mão reconfortante em seu ombro.
“Eu entendo, Lúcia,” ele disse suavemente. “Não é fácil perdoar alguém que continua a machucar os outros. Mas se apegar à raiva e buscar vingança só vai consumir você. Às vezes, o ato de perdão mais poderoso é para si mesmo, para se libertar do fardo do ódio e do ressentimento.”
Lúcia cerrava as mãos. Ela tentava o seu melhor para se libertar do passado, mas não conseguia fazer isso tão facilmente. Ela queria terminar tudo de uma vez, mas entendia o ponto de vista de Gastone.
“Entendi,” Lúcia respondeu. Ela segurou a boca para não revelar o que sabia sobre a conexão entre a Fazenda Turizer, o orfanato Cassa e a Empresa Bisco. Ela não queria que Gastone a visse como uma louca que guardava rancor por anos.
Gastone sentiu o conflito interno de Lúcia, o peso de suas palavras não ditas pesadas no ar. Ele podia ver que havia mais que ela queria dizer, mais que ela precisava compartilhar. Mas ele também entendeu que ela não estava pronta ainda e precisava de tempo para processar seus pensamentos e sentimentos.
“Está tudo bem, Lúcia,” Gastone disse gentilmente, dando um aperto reconfortante em seu ombro. “No entanto, às vezes paz e perdão não nos trarão um bom resultado que satisfaça nossa alma chorosa.”
“Huh? Como assim?” Lúcia perguntou surpresa com a mudança na voz de Gastone, de suave para áspera.
“Haha! Se você acha que é demais para perdoar e esquecer, significa que eles causaram tanto dano, e deixá-los soltos apenas colocará outras vidas em perigo…” Gastone se inclinou mais para perto; seus olhos brilhavam com maldade. “… Eu diria que a morte é a única resposta para isso.”
Lúcia ficou chocada. Ela virou a cabeça para Gastone com os olhos arregalados em choque. “M-morte,” ela sussurrou.
“Sim, morte. Às vezes, eliminar uma praga pode beneficiar o ambiente, então por que hesitar se isso leva a resultados positivos, certo?” O sorriso inocente de Gastone permaneceu enquanto ele recuava e fixava o olhar em Lúcia.
“Nossa, você é assustador,” Lúcia murmurou, incrédula. Seu coração batia forte no peito enquanto ela olhava para Gastone, sentindo um calafrio descer pela espinha. As palavras dele enviavam arrepios por ela, e ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo.