A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas - Capítulo 481
- Home
- A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas
- Capítulo 481 - 481 As Armas e a Faca 481 As Armas e a Faca Lúcia acordou com
481: As Armas e a Faca 481: As Armas e a Faca Lúcia acordou com uma dor de cabeça terrível. “Ugh…” ela se sentou enquanto esfregava os olhos.
Sentindo-se desorientada, Lúcia olhou lentamente ao redor do quarto, tentando dissipar os restos de sono.
“Estou de volta na loja,” Lúcia murmurou, tocando a cabeça enquanto tentava se lembrar do que tinha acontecido com ela. No entanto, a dor lancinante na cabeça se recusava a diminuir, persistindo como uma batida incansável.
Lúcia balançou as pernas para fora da beirada do sofá, franzindo a testa à medida que a latejante dor aumentava com cada movimento. Sua mão instintivamente alcançou o copo de água no criado-mudo, esperando que a hidratação pudesse aliviar o desconforto.
Com um aperto trêmulo, Lúcia levou o copo fresco aos lábios, tomando pequenos goles enquanto tentava juntar os pedaços do que tinha lhe acontecido.
“Gastone…” Lúcia murmurou ao visualizar o rosto de Gastone. Em seguida, as memórias vieram, e as coisas que ela tinha feito com ele.
O rosto de Lúcia ficou vermelho de vergonha. “Kyah! Eu não acredito! Eu implorei pelo gozar dele!” ela gritou, cobrindo o rosto e se balançando agressivamente.
Lúcia acalmou o coração acelerado e respirou fundo algumas vezes. Ela olhou em direção ao balcão onde havia uma tigela colocada. Ela caminhou até lá e viu o bilhete de Gastone.
“Já lhe dei o que você deseja, Lúcia. Espero que recupere sua força e desejo que fique bem. Eu cozinhei uma refeição suave para você, coma isso. Sei que você vai gostar,” Lúcia leu a carta em voz alta. Ela ficou tocada pelo gesto de Gastone, mas sua última frase não lhe caiu bem.
“Pfft, como ele sabe que eu vou gostar do cozinhado dele?,” Lúcia revirou os olhos e imediatamente retirou a tampa. Ela se lembrou de Gastone cozinhando na maior parte do tempo, quando viviam juntos.
Lúcia não pôde deixar de rir. “Ah~ Eu deveria ser a chef, mas o Gastone acabou fazendo o trabalho,” ela murmurou, aliviando as memórias.
Um sorriso sutil apareceu nos cantos dos lábios de Lúcia enquanto olhava para a sopa de frango com ovos. Ela pegou uma colher e apanhou uma pequena porção.
Lúcia sentiu o aroma acolhedor e a sorveu. Ela esperava que o gosto fosse o mesmo de antes, mas para sua surpresa, estava doce demais.
“Ack!” Lúcia engasgou, e isso inclusive agravou sua dor de cabeça. “Por que está com esse gosto!?”
Lúcia queria cuspir, mas o pensamento do esforço de Gastone para cozinhar a motivou a engolir. Ela fez uma careta, suas papilas gustativas agredidas pela doçura inesperada que persistia na sopa.
“Isso tem exatamente o gosto do que o restaurante servia. Argh, será que ele desaprendeu a cozinhar?” Lúcia murmurou enquanto limpava a boca. Ela queria comer tudo, mas decidiu re-cozinhar ao seu gosto.
“E ele disse que eu iria gostar. Isso tem o gosto de um dos meus velhos pratos antes…” Lúcia murmurou mas parou ao perceber que o jeito que Gastone fez a comida combinava com seu gosto antes de conhecê-lo.
Lúcia suspirou com a realização enquanto lágrimas formavam em seus olhos. Ela também notou que Gastone mudou sua forma de apreciar o sabor pela sua comida excelente.
“Por que você está fazendo isso comigo?” Lúcia chorou, caindo no chão enquanto continuava a chorar.
No final, Lúcia não re-cozinhou a sopa e comeu como estava.
No dia seguinte, Lúcia se forçou a acordar e abrir sua loja, já que fechar demais prejudicava sua carteira.
Enquanto Lúcia preparava as flores, ela percebeu outro bilhete colado no vaso. Suas sobrancelhas se franziram ao pegá-lo, ao ver que era o número de Gastone.
Lúcia sentiu seu corpo tremer de maneira boa, pensando que tinha um jeito de entrar em contato com Gastone. Uma onda de emoções a invadiu—excitação, um vislumbre de apreensão e um fio de esperança.
“Talvez… a gente possa… AH! Não! Eu preciso focar no Daniel!” Lúcia agarrou seu cabelo, puxando suas mechas, frustrada. Seu corpo ansiava por Gastone, e ela pensou em chupar o membro dele.
Lúcia olhou para o número novamente, e um rubor profundo de vermelho apareceu em suas bochechas. “Isso é bom, eu acho.” O coração dela palpitou com a perspectiva de restabelecer contato com Gastone.
A simples presença do número de Gastone rabiscado no bilhete parecia uma salvação.
Por um momento, Lúcia se perdeu em contemplação, seus pensamentos oscilando entre vários cenários e perguntas.
Por que Gastone tinha deixado seu número?
“Ele quer que eu entre em contato com ele?” Lúcia sussurrou enquanto suas pálpebras tremiam furiosamente.
Enquanto Lúcia estava perdida em pensamentos. Ela não percebeu a chegada de um cliente.
“Uma moeda pelos seus pensamentos?” uma voz masculina disse.
Lúcia estremeceu e rapidamente escondeu o papel atrás das costas. Seus olhos se arregalaram ao ver quem era.
“José,” Lúcia disse com um sorriso forçado, mas não conseguiu esconder seu desconforto.
“Não vou fazer nada de ruim,” José afirmou, erguendo ambas as mãos para mostrar que era inofensivo.
“Precisa de alguma coisa?” Lúcia perguntou com uma expressão fechada. Ela aguentava ser civil com José, mas ele sempre a irritava.
“Ah,” José olhou para onde Lúcia colocou a mão onde escondia o papel. “Você tem flores para os mortos?” ele perguntou, se inclinando para frente.
Lúcia apertou os lábios. Ela estava acostumada com clientes entrando e comprando flores para funerais, mas eles não perguntavam qual deveria ser o tipo de flores a serem enviadas.
“Bem, você sempre pode escolher flores de cor branca,” Lúcia respondeu e apontou para a seção contendo-as, mas José sequer as olhou.
“Entendi. Obrigado,” José respondeu e partiu sem dizer uma palavra.
“Isso é estranho,” Lúcia sussurrou quando José estava fora da porta. Ela sentiu sua pele formigar, uma sensação de desconforto se instalou dentro dela, e ela ficou consciente de que José poderia lhe fazer algum mal.
Havia uma vibe perturbadora vindo de José que deixou Lúcia em alerta.
O instinto de Lúcia lhe dizia que algo estava errado, levando-a a tomar medidas de precaução que ela não considerava necessárias antes.
“É melhor do que nada,” Lúcia pegou uma faca e uma arma debaixo da sua mesa e colocou o suporte em suas coxas para segurança.