A Mordida do Alfa Entre Minhas Pernas - Capítulo 45

45: A Lâmpada na Árvore 45: A Lâmpada na Árvore A noite chegou; Rosina se vestiu com um traje simples que não chamaria muita atenção e colocou sua usual capa preta. Eles se encontraram por volta das 19h com a desculpa de jantar na cidade.

Rosina desceu até o lobby e viu Draco esperando por ela. Ele, por sua vez, estava vestindo roupas elegantes em preto e prata.

“Você está aqui,” Draco declarou e se levantou, entregando a Ferro sua taça de vinho. “Vamos, querida Rosina?”

“Sim, querido,” Rosina respondeu e aceitou a mão de Draco enquanto saíam da residência. Ela notou a expressão carrancuda de Ferro enquanto os observava ir embora.

“O Senhor Ferro sabe o que você tem feito todo esse tempo?” Rosina sussurrou quando entraram na carruagem.

“Eu acho que todos sabem que sou um conquistador,” Draco respondeu e ajustou sua capa.

“O acordo, ele sabe?” Rosina insistiu, pois estava curiosa. Especialmente porque Ferro estava na cabana quando o acordo do contrato foi feito.

“Sim, mas não se preocupe. Ele não vai dar com a língua nos dentes,” Draco riu e se recostou na cadeira.

“Entendi,” Rosina suspirou. Ela não se importava muito se alguém soubesse ou não, mas queria saber quem eram essas pessoas.

“Aliás, toma isso,” Draco tirou algo da bolsa no chão. Era uma peruca na cor preta.

“Esperto,” Rosina balançou a cabeça e pegou a peruca de sua mão. “Eu não sabia que você poderia pensar em algo assim.”

“Querida Rosa, eu sou brilhante em esconder minha identidade enquanto aproveito a noite com várias garotas. Eu não quero um problema futuro onde uma camponesa bata à minha porta e diga que o filho é meu,” Draco debochou e se sentiu orgulhoso de si mesmo por pensar em uma solução para fugir da responsabilidade.

“E se você tivesse um filho com as mulheres com quem transa?” Rosina perguntou enquanto pensava que havia uma grande possibilidade disso acontecer.

“Isso não vai acontecer. Eu sempre garanto que minhas sementes não entrem na cavidade da mulher,” Draco sorriu de canto e tirou algo do bolso. “Sabe o que é isso?”

Rosina olhou para o pacote na mão dele. Ela não precisava examinar, pois já sabia que tipo de item estava embrulhado dentro.

“Sim, isso é uma luva de amor,” Rosina respondeu e pegou o pacote da mão de Draco. “Seguro contra gravidez, mas ainda existe uma pequena possibilidade de romper.”

“Eu sei. É por isso que toda vez que estou prestes a gozar. Eu sempre saio e espalho minhas sementes nessa luva. Proteção dupla,” Draco declarou e arrancou o pacote de volta.

“Você até curte a noite usando isso? Eles não são tão bons,” Rosina resmungou com uma careta, mas percebeu o que havia deixado escapar.

O sorriso de Draco se ampliou enquanto ele se inclinava mais perto de Rosina. “Como é a sensação? Ter essas luvas de amor dentro de você, penetrando seu apertado—”
Draco não pôde continuar suas palavras quando Rosina pisou nos dedos do pé dele e pressionou mais forte para ele sentir dor.

“Você é um sádico,” Draco comentou, tirando o sapato agressivamente e limpando a sujeira com o lenço.

“E se eu for?” Rosina cruzou os braços sobre o peito e encarou Draco.

“Ha Ha!” Draco riu com um olhar divertido. “Tenho pena do seu verdadeiro companheiro por ter uma dama sádica como parceira na vida.”

Rosina debochou quando Draco copiou as palavras que ela sempre diz a ele. “Eu poderia dizer o mesmo sobre você. Um viciado em sexo como parceiro, que maravilha.”

Em vez de se ofender, aquela afirmação fez Draco se interessar ainda mais por Rosina. Embora, não de uma maneira romântica.

“Ter um amigo com essa atitude é realmente revigorante,” Draco afirmou e pegou uma pequena garrafa de licor da bolsa e deu a Rosina. “Para começarmos a nos sentir bem.”

“Aonde estamos indo, afinal?” Rosina perguntou enquanto dava um gole, sentindo sua garganta queimar com o líquido.

“Você verá quando chegarmos,” Draco declarou, colocando a longa peruca loira que fazia seus olhos azuis elétricos se destacarem ainda mais. Mudando suas feições de seu cabelo original.

“Você parece… completamente diferente,” Rosina comentou e continuou olhando para as feições de Draco.

“Essa é a ideia, e me chame pelo nome, Coco. Esse é o meu alias quando vou caçar garotas na cidade,” Draco afirmou enquanto penteava a peruca e trançava algumas mechas.

“Nossa, ah. Fascinante,” Rosina não pôde deixar de olhar o que Draco estava fazendo. Era como se ele tivesse se transformado em uma pessoa completamente diferente.

“E o seu? Você também precisa pensar em um nome,” Draco perguntou e levantou a cortina da porta da carruagem. “Estamos perto do local.”

“Bem, eu vou de Mita,” Rosina respondeu, pois era o nome que usava para caçar homens.

“Interessante,” Draco afirmou e fez um gesto para que Rosina colocasse a peruca.

Rosina também colocou a mesma pinta debaixo do olho esquerdo, pois era a marca de beleza de sua personagem como Mita.

Não demorou muito até a carruagem parar e o cocheiro abrir a porta. Draco saiu primeiro e ajudou Rosina a descer as escadas.

Rosina esperava que eles estivessem na cidade movimentada no meio do bando, onde vários lobisomens entravam e saíam em busca de um parceiro para passar a noite, mas o cenário era completamente diferente.

“Onde estamos?” Rosina perguntou e olhou em volta para as árvores gigantescas ao redor deles. Estava escuro, exceto por uma pequena lâmpada presa a uma única árvore, que dava uma pequena luz iluminando o local.

“Uma festa,” Draco sussurrou atrás de Rosina e colocou ambas as mãos sobre sua cabeça.

Rosina estremeceu e estava prestes a tirar Draco de cima dela quando viu uma máscara preta em sua mão, colocando-a de modo que cobria metade de seu rosto superior.

“Não se preocupe, eu não vou te machucar,” Draco riu quando notou sua postura defensiva.

Rosina tocou a máscara e olhou para Draco. Ela sentiu um déjà vu da primeira vez que se encontraram no baile de máscaras do Evento de Acasalamento.

“Rosina, eu quero que você aproveite essa festa e libere sua fera interior. Ninguém vai te julgar pelo que você fizer,” Draco sussurrou e guiou Rosina até a árvore onde a única lâmpada estava acesa.