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Capítulo 754: Uma pergunta, uma resposta.

Toc… toc… toc…

O debate na sala de conferências parou, virando suas cabeças na direção da porta, apenas para ver o sangue se arrastando por baixo da porta vindo do lado de fora. Mas antes que alguém de dentro pudesse reagir à visão do espesso fluido vermelho, a porta rangeu extremamente alto em seus ouvidos.

À medida que a abertura aumentava lentamente, revelou uma figura imponente de um homem vestindo roupas ligeiramente sujas com manchas de sangue em sua camisa branca de linho. Seus cabelos espetados estavam por toda parte, bagunçando-os de irritação. Quando a porta estava completamente aberta para ele ver tudo lá dentro, suas sobrancelhas se ergueram quando ele arregalou os olhos.

“Ahh… tantas pessoas,” saiu um murmúrio, soltando a mão ao lado.

“Pare aí mesmo —” o marechal que estava presente deu um passo apenas para prender a respiração no momento em que Abel lançou-lhe um olhar.

“Mal descansei nos últimos três dias só para ver uma pessoa. Não estou com humor.” Abel avisou, fazendo o cavaleiro engolir em seco nervosamente.

Abel balançou a cabeça com satisfação, olhando ao redor para os cavaleiros que estavam congelados no lugar. Mesmo os participantes da conferência não sabiam como reagir, ficaram sem palavras diante de sua forte presença. Ele disse apenas duas frases, mas foram suficientes para intimidá-los.

Quem era ele?

Quando essa pergunta surgiu em suas cabeças, alguns deles tiveram suas pupilas dilatadas enquanto memórias que haviam esquecido ressurgiram em suas mentes. Outros permaneceram sem saber sua identidade. Havia alguns, como Aries, Máximo, Ismael e Veronika, que não tinham as mesmas perguntas ou experiência.

Abel não se importava nem um pouco, no entanto. Seus olhos varreram a sala de conferências e seus olhos pararam quando seu olhar pousou em Aries. Sua falta de expressão permaneceu, mantendo o olhar dela.

Enquanto isso, Aries podia ouvir seu coração batendo contra o peito. Ela prendeu a respiração involuntariamente, apertando o braço da cadeira o mais forte que pôde. O tempo parecia parar ao seu redor enquanto ele desfocava, mantendo seus olhos na figura dele enquanto ele marchava em sua direção.

“Com licença,” murmurou Abel, subindo em um dos apoios de braço do rei como um passo para a mesa. Ele não contornou a mesa redonda, caminhando em linha reta, deixando rastros de sangue na mesa. Ele então pulou da mesa para o espaço no centro, passando por outro rei que estava apresentando um assunto sério anteriormente.

“Bom trabalho.” Abel casualmente deu um tapinha no ombro do rei, fazendo este último congelar ao toque frio que penetrou pela roupa.

Seu olhar nunca deixou Aries até que ele estava parado à sua frente, colocando as mãos na outra borda da mesa. Ele deslizou as palmas das mãos pelo lado, espalhando os braços, inclinando-se até ficar ao nível dos olhos dela.

“Você… sentiu minha falta?” foi sua primeira pergunta para ela após dois anos.

Seus lábios tremeram ao se separarem, mas sua voz ficou presa na garganta. Ela queria desviar o olhar, gritando internamente para si mesma para permanecer sentada.

“O que…” ela respirou, conseguindo manter sua contagem impassível. “… você está fazendo aqui?”

“Eu perguntei primeiro, querida. A primeira vez que fiz antes de você.”

“O que vocês todos estão fazendo?” seus olhos se aguçaram, falando entre os dentes cerrados. “Prendam este intruso.”

Os cavaleiros olharam uns para os outros com conflito em seus olhos. Para esse homem chegar à sala de conferências, isso só poderia significar que todos aqueles cavaleiros do lado de fora foram derrotados. Eram mais de quinhentos deles. Quando eles acenaram uns para os outros e deram um passo à frente, Abel lançou um olhar que os fez parar.

“Você… e Haimirich não faziam mais parte da cúpula.” Aries levantou o queixo, todas as suas feições faciais estavam afiadas. “Saia agora enquanto estou pedindo gentilmente.”

Uma risada curta escapou de seus lábios. “Você ainda não respondeu, querida.”

A respiração de Aries parou, apertando ainda mais o braço da cadeira. Ela virou a cabeça para Máximo por instinto, apenas para ver o homem olhando fixamente para Abel.

‘Fanático inútil,’ ela cuspiu mentalmente antes de voltar seus olhos para Abel. Mas antes que ela pudesse inventar uma mentira, Abel repetiu sua pergunta.

“Você sentiu minha falta?” ele inclinou a cabeça para o lado, piscando ternamente. “Sim? Ou Sim?”

“Hah…” Aries rangeu os dentes enquanto o fogo em seus olhos crescia feroz. Por que ninguém estava fazendo nada?

“Abel Grimsbanne, o que diabos você pensa? Eu te tranquei naquele mundo porque não quero ver —”

“Tudo o que quero saber é se você sentiu minha falta.” Ele a cortou no meio da frase enquanto seus olhos amoleciam. “Porque eu senti. Toda vez que respiro, cada vez que este coração bate… eu senti sua falta mais do que um segundo atrás.”

Abel se inclinou e enfatizou suas próximas observações. “Uma pergunta e uma resposta. Seja o que for, considerarei pelo valor de face.”

“Você sentiu minha falta, Aries Heathcliffe–Grimbanne?” ele repetiu, desta vez demorando suas palavras. “Responda-me.”

Aries mordeu o lábio interior, mantendo o contato visual com ele. Sua respiração estava suspensa e não demorou muito para que uma fina camada de lágrimas cobrisse seus olhos. O frio que cobria sua expressão lentamente mostrava rachaduras quanto mais ele olhava para ela.

Não havia razão para agir forte e inquebrável diante dele. Ele não pararia até obter a resposta que queria. Por que mentir?

“Estou em um contrato de sangue,” foram as palavras que ela soltou em vez de uma resposta à sua pergunta.

“Essa não é minha pergunta.”

“Eu falhei.”

“Não é isso.”

Suas unhas arranharam o braço da cadeira antes de afrouxar o aperto. Aries respirou fundo e soltou pela boca.

“Dois anos atrás…” ela hesitou, percebendo que ele inclinava a cabeça para o lado enquanto levantava as sobrancelhas. “… sim.”

“Sim,” ela acrescentou em um sussurro. “Cada segundo da minha vida.”

Aries sonhou com o dia em que veria Abel novamente durante os últimos dois anos solitários. Ela criou cenários, conversas e até mesmo qual seria a reação deles. Qual seria a reação dele? Suas primeiras palavras? Que tipo de olhar ele teria em seus olhos? Seria ódio? Saudade? Indiferença?

Havia miríades de roteiros que ela havia pensado; alguns deles eram bons, outros eram terríveis. Mas ela não imaginou aquele olhar em seus olhos.

Alívio.

Ela nem considerou que ele ficaria aliviado em vê-la novamente. Talvez, por causa de tudo o que havia feito até agora, Aries baixou suas expectativas. Ela não queria se machucar com suas próprias expectativas.

Abel soltou um suspiro de alívio enquanto sorria sutilmente. Ele levantou cuidadosamente a mão, estendendo o braço para acariciar sua bochecha com o polegar.

“Você pode chorar agora,” ele disse. “Eu… estou em casa.”

Aquelas palavras foram como a chave para a barragem que Aries havia criado todos os dias nos últimos dois anos, permitindo que uma lágrima escorresse por sua bochecha. Antes que pudesse pensar em qualquer coisa, seu coração falou por ela.

“Não. Eu estou.”

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