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Capítulo 728: O rescaldo

Enquanto isso…

As nuvens flutuavam no céu limpo e azul, preguiçosamente. Era aquela época do ano em que as flores desabrocham lindamente. A estação da colheita após a longa espera.

Era assim por volta dessa época até dois anos atrás.

O glorioso Império Haimirich não era nada parecido com sua antiga grandeza. Em vez de casas imponentes, ruas sempre tão movimentadas e terras prósperas, tudo era apenas pilhas de escombros. As casas foram destruídas e queimadas. Os toques despreocupados de risos que costumavam preencher a capital foram substituídos por silêncio. A fumaça espessa do fogo contínuo alcançava parte do céu, levando a mensagem aos céus.

Acima estava a gloriosa luz do mundo, mas abaixo era como um vislumbre do inferno.

As consequências daquela noite, há dois anos.

Desastre.

Abel manteve os olhos no belo céu enquanto flutuava em um lago imóvel. As águas tinham uma cor diluída de vermelho, e ao redor do lago estavam os restos daqueles que testaram sua paciência. A grama que foi afogada em sangue naquela noite no Império Haimirich nunca cresceu em verde exuberante, pois sempre tinha uma tonalidade de vermelho.

“Sua Majestade!” A voz de Conan ecoou do lado, mas Abel não reagiu como de costume. “Até quando você vai flutuar aí?! Não temos coisas melhores para fazer?”

“Coisas melhores…” Abel piscou suavemente. “Como o quê, Conan?”

“Como…” Conan parou, pensando no que mais fazer.

Atualmente, o Império Haimirich não existia mais após enfrentar a ira de Abel. O imperador destruiu tudo à vista e até desafiou o céu, tentando sair deste mundo, mas sem sucesso. Eles estavam presos neste lugar por quem sabe quanto tempo.

“Que se dane.” Conan franziu a testa, cambaleando até o chão sem sequer lançar um olhar para os esqueletos ao redor. “Não temos mais nada para fazer e estou morrendo por causa disso.”

Seus ombros abaixaram enquanto soltava um suspiro profundo.

“Naquela época, eu sempre o culpava por me dar tanto trabalho. Mas agora que não preciso mais trabalhar, já que não temos um império para manter, meio que sinto falta daqueles dias em que não tinha tempo para respirar.” Sua testa franziu mais ainda enquanto camadas de lágrimas cobriam seus olhos, escondendo sua boca dramaticamente. “Maldito Máximo e Marsella. Juro que vou matá-los da maneira mais dolorosa possível se algum dia eu tiver a chance de encontrá-los novamente.”

Abel ouviu as murmurações de Conan. Era sempre assim que seu dia se desdobrava desde o momento em que não havia mais nada para destruir neste império. Ele ficava à toa, deitava onde quer que sentisse vontade, e então Conan vinha apenas para reclamar sem parar.

Havia outras pessoas que sobreviveram à ira de Abel naquela noite, não apenas Conan, mas aqueles que sobreviveram estavam simplesmente tentando se segurar no último fio da sanidade. Ficar com Conan e Abel não ajudaria.

“Sua Majestade, por que você está tão calado?” Conan suspirou, voltando sua atenção para Abel depois de falar sem parar. “Você não está com raiva?”

“Haimirich está nesse estado por causa de mim.”

“Certo…” Conan coçou a cabeça. “Estou fazendo perguntas estúpidas, não estou?”

“Você está fazendo perguntas repetidas,” Abel corrigiu. “Essa é a centésima trigésima sexta vez que você me faz as mesmas perguntas.”

“Você está contando?” Conan franziu a testa. “Claro que está. Não temos mais nada para fazer.”

Conan lentamente colapsou de costas, com os olhos fixos no céu claro e azul. “Ah… este mundo é exatamente igual ao mundo real, não é, Sua Majestade?”

“Duzentos e quarenta e oito por essa.”

“Mesmo quando você se corta, ainda sente uma leve dor. É na verdade muito pior que o mundo original.” Conan soltou outro suspiro, ignorando os ‘registros’ de Abel, já que essa não era a primeira vez que Conan fazia as mesmas observações. “A experiência é real, mas apenas a morte… você está consciente mesmo debaixo d’água, sufocando. Não consigo imaginar viver neste mundo para sempre. Estou apenas segurando minha sanidade por um fio.”

“Até Roman passa dias e noites na casa de Violet como um louco. Da última vez que ouvi, ele perdeu a cabeça. Quero dizer, ele estava olhando fixamente para as flores que Violet cultivava e para a boutique que ela costumava gerenciar. A boutique provavelmente é o único estabelecimento que não foi destruído,” ele continuou, pensando nas outras pessoas que estavam presas neste mundo. “Como eu queria ser tão estúpido quanto Morro. Esse cara provavelmente é a única pessoa que pode aproveitar este mundo já que Deadmore não está aqui.”

Conan pausou, virando a cabeça na direção de Abel. “Sua Majestade, o que você faria se, de alguma forma, saíssemos daqui? Quero dizer em relação a Sua Majestade.”

Conan esperou pela resposta de Abel, e assim como nos últimos dois anos em que estavam neste mundo, Abel não respondeu. Abel sempre foi assim. Depois de causar destruição, ele simplesmente ficava em silêncio, como se não quisesse que os outros soubessem que existia.

Ainda havia dias em que Abel explodia do nada, fazendo todos neste mundo correrem até ele. No começo, era apenas um desastre, mas então os episódios de Abel gradualmente se tornaram mais raros e espaçados.

“Ela, hein?” Abel sussurrou, piscando suavemente. “Hmm… quem sabe?”

Abel lentamente fechou os olhos e reuniu todo o peso até que seu corpo afundou lentamente no lago. Conan apenas observou Abel afundar, vendo as bolhas se formarem na superfície da água.

“O que ele quis dizer com isso?” Conan murmurou, mantendo os olhos nas bolhas que surgiam na superfície da água onde Abel afundou. “Ele sempre evita qualquer tipo de conversa sobre Senhora Áries, tanto que não temos nem um plano concreto para sair deste mundo.”

Ele voltou os olhos para o céu e suspirou. “Senhora Áries, o que diabos estava pensando? Assim que eu sair daqui, vou colocar algum senso em você.”

Conan estalou a língua ao pensar em Áries e então olhou de volta para o lago onde Abel afundou. As bolhas na superfície já haviam desaparecido, fazendo suas sobrancelhas se erguerem.

“Sua Majestade?” chamou Conan, empurrando-se para sentar-se. “Sua Majestade?”

Conan chamou por Abel até que o medo inchou em seu peito. Em pânico, Conan pulou no lago para ‘salvar’ Abel, mas, para seu desgosto, mesmo ao alcançar o local onde Abel afundou, Abel não estava mais lá.

“O quê…?” Linhas profundas apareceram entre suas sobrancelhas antes que Conan procurasse por todo o lago como um louco, mas sem sucesso.

Abel simplesmente desapareceu sem deixar vestígios.

“Sua Majestade!!!”

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