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Capítulo 703: Quem é o mais louco de todos? II

[ FLASHBACK ]

Joaquim grunhiu, enrolando o corpo em uma bola enquanto jazia no chão frio de sua cela. Geralmente o acorrentavam, mas havia dias em que não o faziam. Esses dias eram normalmente os dias que Joaquim passava pelo inferno e, mesmo sem os grilhões, não havia como ele sair dali.

Abel era o inferno.

O imperador do Império Haimirich era louco. Uma pessoa altamente inteligente e insana que podia fingir ser normal. Ninguém tinha visto o verdadeiro Abel, porque aqueles que o viram estavam mortos ou presos em seus próprios calabouços. Havia alguns indivíduos selecionados que haviam visto Ira: Conan, Isaiah, Dexter e alguns outros, mas essas pessoas tinham uma opinião tendenciosa.

‘Vou matá-lo um dia.’ Não havia um dia em que Joaquim não prometia acertar as contas com Abel.

Joaquim perdeu tudo por causa de Abel. Ele perdeu Maganti; ele perdeu sua vida e sua mulher. Tudo era culpa de Abel; o fato que Joaquim não conseguia acreditar mais era que Abel era igual a ele. Na verdade, Abel era pior do que Joaquim. E, ainda assim, as pessoas o perdoavam.

Abel havia cometido crimes horrendos e indescritíveis, roubado os direitos de outras pessoas, e mesmo assim estava lá fora vivendo sua vida. Enquanto isso, Joaquim estava encarcerado e torturado todos os dias de sua vida, a ponto de até mesmo respirar ser uma tortura para ele.

“Aries…” sussurrou Joaquim, olhando para a parede de concreto. “… amor.”

Joaquim piscou fracamente e, ao fazê-lo, a imagem de Aries apareceu diante dele. Ela estava sentada no canto; seu corpo estava machucado e seus olhos estavam vazios. Ela abraçava os joelhos, e metade de sua face inferior bloqueada pelos próprios joelhos. Ambos pareciam miseráveis.

“Agora você entende,” ela disse, levantando a cabeça até que o queixo descansasse sobre os joelhos. “É difícil, certo? Estar preso aqui, ter sua liberdade roubada de você. Isso é apenas uma parte do meu inferno, Joaquim.”

“Não houve um único dia em que não desejei matá-lo. Na verdade, a cada segundo da minha vida, pensei em diferentes maneiras de matá-lo,” ela continuou, estreitando os olhos até que estivessem parcialmente fechados. “Você mereceu isso, Joaquim.”

Apesar de suas palavras cruéis, os olhos de Joaquim apenas refletiam tristeza e saudade. Ele provavelmente estava louco, pensou, porque em vez de raiva, tudo o que queria era abraçá-la.

“Você está feliz agora?” ele perguntou, seus lábios deformados e incapazes de mover um músculo após todos os espancamentos que sofreu.

“Hmm?”

“Enquanto sofro aqui, você está feliz lá fora, Aries?” ele repetiu, desta vez com mais clareza.

Aries pressionou os lábios enquanto mantinha seu olhar. A ligeira hesitação em seus olhos era confusa, mas já que era uma ilusão criada por ele, Joaquim acreditava no que queria acreditar com o silêncio dela.

“É melhor que esteja feliz,” ele disse em voz baixa, rastejando sua mão até onde ela estava com cada pedaço de sua energia. “É melhor que esteja feliz, Aries.”

Seus olhos pousaram friamente na mão dele, que se estendia em sua direção. Ela lentamente levantou os olhos para encontrar os olhos desesperados dele.

“Por quê?” ela perguntou suavemente. “Por que preciso estar feliz só porque você diz?”

Ele não sabia… ou talvez ele apenas precisasse de um motivo para o que tinha em seu coração. Se Aries estivesse feliz, havia uma razão para ele desejar destruí-la. Mas se ela estivesse tão miserável quanto ele, então… por que ele estava ali? Por que ele estava sofrendo? Para quê?

“Você está louco,” Aries falou novamente, estudando as emoções que giravam em seus olhos. “E patético. Você não sabe se me odeia o suficiente para me matar com suas próprias mãos ou apenas me ama tanto que seu ódio não faz muita diferença.”

“Você acha que eu sou melhor que eles?” ela perguntou, inclinando a cabeça para o lado. “Foi porque todos mudaram quando você caiu em desgraça, enquanto eu ainda sou a mesma para você?”

“Talvez,” ele soltou em um suspiro. “Talvez não.”

O canto dos lábios dela se curvou sutilmente. “Eu te odeio até os ossos. Eu realmente, realmente te odeio. Toda vez que penso em crianças, Bean sempre surge na minha mente. Você o tirou de mim. Você não pode trazê-lo de volta, então não há nada que pode me fazer te odiar menos.”

Bean.

Ah, certo…

Eles tiveram um filho juntos.

Um filho com ela.

“Você acha que nunca pensei nele?” Amargura encheu seus olhos enquanto sua mente se desviava para aqueles dias fugazes, mas pacíficos com ela. “Você já pensou que eu nunca senti pena dele?”

“Você não pode trazê-lo de volta. Seu arrependimento não mudará nada.”

“Eu sei disso.”

Aries piscou com extrema ternura. “Bean… aquele pobre menino sempre estará sozinho. Seu pai e sua mãe não se reunirão com ele. Você sabe por quê?”

“Porque nós não temos lugar no Paraíso.”

“Isso mesmo.” Aries sorriu amargamente. “Nunca tivemos um lugar lá, e é por isso que me sinto mal por ele. E é por isso que eu vou te odiar pelo resto da minha vida. Não só você o tirou de mim, mas também tirou todas as chances de eu me reunir com ele.”

Seus olhos suavizaram. “Meu pobre menino… consigo ouvir seus choros toda vez que fecho os olhos. Seus choros são tristes, e mesmo quando eu o procuro, não consigo encontrá-lo. Só então percebo que é porque estou presa profundamente neste inferno, enquanto ele está lá em cima, deixado nos portões de pérola do céu, esperando que alguém o acolha.”

Joaquim pressionou os lábios enquanto lágrimas se acumulavam em seus olhos. Sua visão lentamente ficou turva quando uma lágrima escorregou pela ponte de seu nariz. Quando piscou, a imagem de Aries desapareceu. No fundo de sua mente, ele sabia que tudo o que ela disse eram seus próprios pensamentos; era seu coração que falava. Mas ele conseguiu se iludir ao acreditar que esses também eram os sentimentos de Aries.

Isso era apenas uma das alucinações diárias que Joaquim passava — consciente ou não. Ele fechou os olhos lentamente, alcançando o lugar onde viu Aries, apenas para a escuridão engoli-lo. Joaquim passou pelo inferno repetidamente até que Javier veio à sua cela e o libertou dessas correntes.

Mal sabia Javier, Joaquim nunca estava livre. Joaquim já era um prisioneiro de sua mente e um escravo de sua obsessão por Aries. Um homem altamente inteligente e insano, que podia entender seu entorno, mas ao mesmo tempo, estava cego por seu próprio dilema pessoal.

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