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Capítulo 670: [Capítulo bônus] Ela havia feito tantas coisas emocionantes e isso era apenas o começo
Enquanto isso…
“Ahh…”
Abel balançou a pá para apoiá-la sobre seu ombro, parado sobre o caixão fechado que ele havia arado sozinho. Ele olhou impacientemente para a superfície do caixão, questionando se deveria dividi-lo ao meio com Marsella dentro, ou acordá-la de maneira muito mais gentil.
“Pelo amor de Deus, Abel. O que você não entendeu em ‘me deixe em paz’?” Uma voz abafada de dentro do caixão acariciou seus ouvidos.
“Eu estava apenas pensando em como te acordar, irmã.” Abel riu, batendo com o pé na superfície em que estava de pé. “É bom saber que você estava bem acordada.”
“Qualquer um acordaria com todo o barulho que você fez arando a terra. Isso só mostra que você precisa urgentemente se exercitar.”
Clack!
Marsella se sobressaltou quando a ponta da pá repentinamente perfurou o caixão e parou a um centímetro de seu rosto. Um pouco de terra caiu em seu belo rosto, que lentamente transformou sua tez pálida em um tom mais avermelhado.
“Esse desgraçado…” ela rangia os dentes enquanto a pá era puxada para trás. “Você está louco?! Escavou-me apenas para me matar?”
“Bem, na verdade não.” Abel usou a pá para levantar a tampa do caixão, sorrindo presunçosamente no momento em que ficou cara a cara com sua irmã. “Eu só estava verificando se você realmente estava acordada ou falando durante o sono.”
“Eu vou te matar.” Sua voz diminuiu enquanto sua expressão murchava.
Abel soltou uma onda de risadas, agachando-se com o braço em sua perna. “É bom ver você novamente, Vera. Mas eu não te desenterrei para conversar com você.”
“Eu não me importo com seu motivo, Abel. A única vez que sairei deste caixão é quando sua esposa conseguir controlar seus poderes.”
“Sobre isso, minha querida imperatriz teve que reaprender bruxaria porque, aparentemente, você estava lentamente a matando.”
Marsella riu de escárnio. “Disse quem? Aquele necromante chamado Isaiah?”
“Oh, Abel. Você não entende, não é?” continuou ela, junto com suas ondas de riso zombeteiro. “Ram não é apenas uma simples bruxa. Ela é Malévola. Ela não precisa aprender o básico. Ela só precisa aprender a controlar a si mesma!”
“De fato, eu não entendo.” O sorriso de Abel se estendia até seus olhos se apertarem. “É por isso que eu vim aqui, porque você também não entende.”
Abel de repente agarrou seu pescoço, pressionando-o para baixo, o que a fez estremecer de dor.
“Como eu disse, eu não vim aqui para bater papo com você. Vim aqui para falar com minha irmã,” divagou Abel, apertando o aperto em seu pescoço até o ponto de que poderia quebrá-lo se adicionasse um pouco mais de força.
“Ah — tossindo — droga —” Marsella tossiu entre, incapaz de se mover enquanto seu corpo inteiro estava sendo restrito pelo feitiço ativo de Isaiah, Abel e Sunny. Ela cerrava os dentes, lançando olhares fatais para ele. “Ela não quer falar com você. Quando ouviu você arando a terra, ela se escondeu.”
“Bem, ela melhor aparecer agora antes que eu faça ela assistir como vou despedaçar a existência suja daquele homem com quem ela estava tão obcecada e esculpir sua carne.” Os olhos de Abel se arregalaram, seus olhos brilhando em vermelho vivo enquanto seus dentes se alongavam. “Império Cez… é esse o lugar, não é?”
As pupilas de Marsella lentamente se alargaram antes de se contraírem. Em um estalar de dedos, o olhar em seus olhos mudou enquanto sua expressão se tornava feroz.
“Você faz isso com o meu Eddy e eu vou garantir que você lamentará meu nome, irmão.” Ela sorriu, enfatizando cada sílaba de seu comentário. O rosto de Marsella não mudou, mas o ar ao redor dela, o olhar em seus olhos e seu tom, todos gritavam loucura, falta de racionalidade e medo, e confiança. Uma pessoa que poderia fazer a pele de qualquer um arrepiar.
“Bom te ver, Marsella. Já faz um tempo.” Abel sorriu satisfeito, conseguindo o que queria. “Vou direto ao ponto. O que você sabe?”
“Eu não sei de nada, pois estive ocupada expulsando essa bruxa do meu belo corpo.”
“Não seja tão confiante, Marsella. Essa bruxa me contou tudo o que estava acontecendo. Você acha que se morresse aqui, no meu território, voltaria para onde sua história começou?” O aperto de Abel se intensificou, mas a expressão dela não mudou. Ele sorriu, soltando risadas fracas e sombrias. “Não. Vai acabar, minha irmã querida.”
Dessa vez, a expressão de Marsella se firmou. “Você quer saber sobre Malévola?” ela perguntou, e então sorriu.
“Ahh… você já sabe o que vai acontecer se ela abraçar Malévola completamente, hein?” ela deixou escapar um escárnio zombeteiro, mantendo seus olhos fixos nos dele. “Isso é sobre o continente? Oh, irmão. Eu parti depois de você. Como eu saberia?”
“Eu vejo… então é isso que você quer.” As pálpebras de Abel se abaixaram enquanto as veias nas costas de sua mão protruíam. “Adeus, irmã.”
Marsella manteve sua expressão impassível até vê-lo levantar a outra mão. Suas unhas lentamente cresciam mais longas e afiadas, mirando diretamente em seu peito. Quando ele avançou, ela entrou em pânico.
“O Bathory!” Marsella prendeu a respiração enquanto as pontas dos dedos dele perfuravam seu peito, mas apenas superficialmente.
Abel arqueou as sobrancelhas enquanto se lembrava de um nome de clã muito familiar no continente.
“Durante minha vulnerabilidade, eles me ofereceram uma proposta para estender minha vida,” explicou Marsella enquanto uma fina camada de gelo cobria seus olhos. “Foi assim que consegui essa bruxa se alimentando de mim para me sustentar até que eu me recuperasse o suficiente.”
“Você… estava vulnerável?”
Marsella sorriu. “Eu fiz tantas coisas emocionantes, irmão. Na verdade, você deveria me agradecer por roubar um pouco de Malévola. Se não, ela teria morrido, consumida aquela noite no concílio.”
“E o que você deu a eles em troca?”
“Tempo. Uma bênção, ou o que outros chamam de segunda chance, mas uma maldição para alguns.” Seus olhos brilhavam com orgulho. “Teria sido minha maior obra-prima de todos os tempos, se não fosse por você, que está em todo lugar e não é afetado por isso.”
“Então, foi feito de propósito…”
“Tudo tem seu propósito, Abel.” O sorriso de Marsella. “Até a visita de Máximo tem seu propósito. Acho que você já sabe o que ele quer.”
Os dois se olharam em silêncio. Não surpreendeu Abel que Marsella soubesse sobre Máximo, pois parecia que isso já estava planejado anos antes.
Dominação.
“Oh, Marsella…” Abel balançou a cabeça suavemente enquanto soltava ondas rasas de risadas. “… Mathilda vai arrancar a vida de você.”