A Mascote do Tirano - Capítulo 62
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- Capítulo 62 - 62 Melhores amigos 62 Melhores amigos Amor... é o que eu faço
62: Melhores amigos 62: Melhores amigos “Amor… é o que eu faço sozinho.”
Por algum motivo, as palavras de Abel e o olhar para as costas dele trouxeram essa pontada inexplicável no coração dela. O tom dele ainda era leve, mas ela se sentiu amargurada por isso. Por quê? Por que as costas dele pareciam tão tristes depois de dizer tais observações?
Por quê… aquela única frase soou tão desoladora? Quem… partiu o coração dele?
Os olhos dela se suavizaram, observando-o parar no meio do caminho. Abel se virou lentamente e inclinou a cabeça para o lado.
“Querida?” ele chamou, piscando sem entender. “Vem?”
Abel franziu a testa quando ela simplesmente o olhou, com emoções incompreensíveis nos olhos. Ele ergueu uma mão, oferecendo-a a ela.
“Me dê a honra de sua companhia,” ele pediu, esperando que ela corresse até ele e pegasse sua mão. Mas quando ela não se mexeu, um suspiro raso escapou de seus lábios. Abel andou de volta e parou quando estavam frente a frente.
“Esse olhar nos seus olhos me deixa desconfortável,” ele brincou, passando o braço sobre o ombro dela e bloqueando a cabeça dela com o braço. “Você é um homem, certo? Agora você é meu melhor amigo.”
“Ahh…!” Aries franziu a testa, andando com a parte superior do corpo à frente enquanto ele mantinha a cabeça dela presa com o braço. Com certeza, Abel era a única pessoa que levava a sério a experimentação dela. Nenhum homem colocaria uma dama em uma chave de cabeça enquanto a arrasta para o fundo do jardim.
“Vou sufocar desse jeito!” ela gritou, rangendo os dentes enquanto o encarava. Ela estava prestes a se sentimentalizar, mas ele obviamente sabotou isso. Aries suspirou, olhando para os lábios esticados dele enquanto dizia besteiras.
Ela baixou os olhos, clicando a língua. ‘Lá está ele novamente.’, ela pensou, percebendo esse padrão que quase não havia notado antes.
Toda vez que as coisas ficavam sérias, Abel desviava a atenção deles. Ela franziu a testa com esse pensamento, ignorando-o ou a maneira como tinha que andar. Se fosse um dia qualquer, ela teria se perdido, como ele planejava. Mas hoje era uma exceção.
Havia simplesmente muitas coisas acontecendo em sua cabeça. Uma distração como esta não era suficiente.
Abel sorriu ao lançar um olhar para ela. “Não fique tão deprimida. Eu vim aqui para te irritar até a morte.” Ele bagunçou o cabelo dela, observando-a levantar os olhos para ele.
Uma carranca dominou o rosto dela, imperturbável pela mão bagunçando seu cabelo. “Você deveria me deixar em paz. Tenho muitas coisas para pensar.”
“Querida, não use o cérebro. Quanto mais inteligente você é, mais triste se tornará!”
“Você está dizendo que é a pessoa mais triste?”
“Estou dizendo que sou o mais inteligente!” ele deu de ombros, destacando os benefícios em vez dos aspectos negativos da discussão deles.
Ela suspirou. “Tudo bem… para onde estamos indo?”
“Eu não sei?” ele sorriu ao passarem pelo arco, entrando na parte mais profunda do jardim. “Este é o seu jardim. Você não sabe o que há neste jardim e por que eu te dei o Palácio Rose?”
“Hã?” A reação dela foi a revelação de que ela não sabia. Bom, não era culpa dela! Só recentemente ela começou a passear pelo palácio imperial, mas um dia nem era suficiente para conhecer o lugar inteiro.
“Hah…” Abel riu e balançou a cabeça levemente. “Você é tão simplória.”
“Olha quem fala.” Ela fez beicinho, franzindo o nariz quando as costas começaram a doer. “Minhas costas. Você pode me soltar agora?”
“Por quê? É divertido!” Abel apertou o braço ao redor do pescoço dela, mas apenas o suficiente para não sufocá-la. “Você não prefere dois homens se beijando? Você ouviu o rumor?”
“Você parece animado para alguém que é o assunto desse rumor.”
“Claro! Quem diria que minhas preferências são suficientes para afastar pestes irritantes?” Seus lábios se estenderam de orelha a orelha, abaixando sua cabeça até estarem no mesmo nível dos olhos. “Eles nem conseguem olhar para mim nos olhos, com medo de que eu os chame até meus aposentos. Deveria fazer isso por diversão.”
Aries tentou esconder seu desânimo, mas seu rosto inteiro se contorceu com o orgulho dele. Isso não era algo do qual ele deveria se orgulhar. Ela ouviu as vozes sussurrantes no palácio interno sobre o rumor, e até Dexter mencionou isso.
Isso só significava que o rumor já havia se espalhado como fogo selvagem. E lá estava ele, animado para compartilhar um boato desmoralizante a seu respeito! Com certeza, Abel era único.
‘Algumas pessoas tentam ao máximo não ter seus nomes em nenhum boato. Mas esse homem…’ um suspiro raso escapou de suas narinas. ‘… Estou sem palavras.’
“Abel, foi você quem espalhou os rumores?” ela perguntou, interferindo em seu absurdo exagero.
Ele a olhou, piscando várias vezes. “Por que eu faria isso comigo mesmo?”
“Você não vai descobrir quem começou esse boato?” Aries mordeu a língua ao ter um palpite súbito. “Ah, deixa pra lá. Para onde estamos indo?”
“Você está mudando de assunto?”
“Não.” Ela desviou o olhar enquanto paravam.
Dessa vez, Abel soltou o pescoço dela, apenas para colocar ambas as palmas em seus ombros. Ele se inclinou, estreitando os olhos desconfiadamente. Enquanto isso, Aries pigarreou e evitou o olhar investigativo dele.
“É por causa daquela jovem dama?” ele perguntou, procurando por seus olhos esquivos. “Você acha que ela será a principal suspeita de ter começado esse rumor? Hum? Bem, isso até faria sentido.”
“Espera, o quê?”
“Então é realmente por causa dela?” Abel franziu a testa até as sobrancelhas se unirem. “Devo incriminá-la?”
“Incriminar… ei, você está louco?” ela exclamou, mas não conseguiu reagir rapidamente quando ele respondeu.
“Bem, isso é uma pergunta estupidamente engraçada! Você virou homem?” ele se aproximou com o rosto, arregalando os olhos. “Você gosta de mulheres agora?”
“Hã?” Aries franziu o nariz enquanto esta conversa ficava ridícula a cada segundo que passava. Por que ele estava em pânico? Espera, ele acabou de dizer que enquadraria a delicada Dama Rosie!
A mente dela zunia por um segundo antes de ela balançar a cabeça. “Espera, espera. Vamos fazer isso com calma, tudo bem?”
“Querida, não fale como se estivéssemos no meio de uma transa.”
“Nem tudo é sobre sexo.”
“Tudo é sobre sexo.” Ele afirmou, deixando-a sem palavras.
Aries o olhou nos olhos. “Sobre o que estamos falando mesmo?”
“É sobre, uh… hah! Deixa pra lá.” Ele sorriu e riu, dando leves tapinhas em seus ombros. “Vamos nos esquecer disso e continuar nosso passeio adorável. Somos como idosos, passando o resto dos nossos dias em passeios.”
“…”
No fim, Aries se arrastou com os pés enquanto ele a segurava pela mão, guiando-a para um local no fundo do jardim. Ela continuava olhando para ele, suspirando a cada vez.
‘Sério… nunca tivemos uma conversa normal. Mas acho que isso salvou a Dama Rosie das bobagens deste homem?’