A Mascote do Tirano - Capítulo 61
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61: Sua resposta foi algo que ela não esperava 61: Sua resposta foi algo que ela não esperava A conversa de Aries com Dexter permaneceu em sua mente o dia todo. Eles não se detiveram no assunto porque era hora de Dexter partir. Embora ele quisesse entretê-la, tinha algo importante a fazer. Portanto, ele teve que partir.
Uma vez que Aries teve um dia de folga para passar sem Abel ou Conan a incomodando, ela decidiu dar uma caminhada no jardim. O jardim principal foi destruído e agora se tornou um campo para as mais estimadas batatas de Abel. O jardim costumava ser de longe o maior e mais belo jardim do palácio imperial.
Mas isso não significava que não havia jardins no palácio imperial. Se ela se lembrava corretamente, havia um total de doze jardins. Então, Aries apenas foi para o jardim do oeste, situado no palácio Rosa onde ela estava hospedada.
Caminhando pelo caminho de cascalho, Aries segurava a mão atrás de si. “Será que eu gosto dele?” ela murmurou, relembrando as perguntas que Dexter mencionou.
“Obviamente, eu não gosto.” Ela parou para deixar escapar um suspiro. “Quem gostaria de um lunático como ele?”
Abel era um total lunático. Ela ainda não havia esquecido a vez que Abel torceu o pescoço de um soldado do Império Maganti. Sem mencionar seu louco trem de pensamentos e coração volúvel! O ponto principal aqui era, apenas uma pessoa louca gostaria dele.
Mesmo assim, não podia concordar completamente consigo mesma. Ela estava dividida.
‘Porque, apesar de todas as suas loucuras, ele não me machuca agora,’ ela pensou, relembrando a vez que ele levantou uma espada contra ela, pelo motivo óbvio de ter enlouquecido. Essa instância para ela era algo que nunca esqueceria, porque era seu lembrete de que Abel era capaz de tirar sua vida quando quisesse.
Essa era a real razão e a fonte primária de sua confusão. Se Abel era mau, ele deveria simplesmente ir para o lado escuro completamente. Ela não gostava da mudança gradual no relacionamento deles, onde ela não precisava conter suas palavras. Onde ela podia agir como ela mesma e falar o que pensava sem medo.
Um relacionamento com Abel onde ela podia brincar e falar besteira sem se sentir culpada. Esse desenvolvimento onde ela estava subconscientemente… se divertindo.
O humor de Aries atingiu o fundo do poço, arrastando os pés e olhando ao redor para as belas flores sob o tempo glorioso. Mas a beleza delas não pôde elevar seu humor.
“Será que eu deveria tentar praticar arco e flecha? Eu ganhei acesso para entrar nos campos de treinamento de Abel mesmo sem aviso prévio,” ela murmurou, esfregando o queixo. Ela precisava parar de pensar por um tempo. Um exercício parecia tão tentador e eficaz em seu ouvido.
Determinada, Aries virou-se para ir aos campos de treinamento. Mas justo quando fez isso, ela trombou com o nariz contra o peito de uma pessoa. Ela olhou para cima bem devagar, os olhos dilatados diante da visão de Abel.
Ela ofegou, cobrindo os lábios com ambas as mãos. ‘Desde quando ele estava aqui? E tão perto? Eu nem percebi!’ seus olhos gritaram horrorizados, fazendo-o rir brincalhão.
“Acabei de chegar, querida. Por quê? Estava resmungando seus pensamentos novamente?” ele inclinou a cabeça, exibindo um sorriso provocador. “Deixe-me ouvir sobre o que é. É sobre mim, certo?”
Aries franziu a testa enquanto ela cuidadosamente retirava as palmas das mãos da boca. “Será que o imperador tem tanto tempo livre? O jardim do oeste não é tão perto do palácio principal.”
“Oh, querida! Eu disse que sou imperador há muito tempo, que posso terminar o trabalho de um mês em uma semana e de olhos fechados.” Ele se gabou, fazendo ela estalar a língua levemente. “Você não quer minha companhia?”
“Eu não disse isso.” Aries mudou de ideia e continuou a passear pelo jardim. Conhecendo Abel, ele certamente a seguiria até o campo de treinamento. Era seguro mantê-lo longe das armas. Só por precaução, caso ele consideresse repentinamente que usar Aries como seu alvo era divertido para ambos.
Abel caminhou ao lado dela, corpo inclinado para frente, olhos nela. “Não seja tão cruel, querida. Não se sente lisonjeada que estou lhe dedicando meu tempo apesar da minha agenda agitada?”
“Realmente…” ela resfolegou e parou, lançando-lhe um olhar vazio. “… por que você está aqui, Sua Majestade?”
Ele sorriu até que seus olhos se apertassem. “Conan está procurando por você. Então eu fiz isso antes que ele pudesse.”
“Hã?”
“Ele está me desafiando, só isso,” ele resumiu, mantendo-se vago como de costume.
“Isso é ruim?” ela ponderou, retomando em suas passadas enquanto ele seguia. “Quero dizer, o fato de Sir Conan estar desafiando você. Ele vai ficar bem?”
“Querida, você é muito mole.” Ele riu enquanto ela lançava olhares furtivos para ele. “Conan já usou você várias vezes, mas ainda assim você se preocupa quando ele nem está incomodado com o que quer que seja sua preocupação?”
“Não é isso…” ela suspirou levemente com uma ligeira carranca. “Eu estou um pouco chateada com ele, mas não ao ponto de desejar que algo desafortunado lhe aconteça.”
Abel pressionou os lábios, mantendo sua estatura enquanto olhava à frente. “Ainda muito mole,” ele comentou, andando calmamente, cercado por uma variedade de belas flores.
Os dois simplesmente caminharam para o jardim, o silêncio desceu sobre eles. No meio do silêncio, Aries lançou um olhar de lado para ele. Ela pressionou os lábios formando uma linha fina enquanto as palavras de Dexter pairavam sobre sua cabeça mais uma vez.
Como ela se sente quando ele está por perto?
Nada. Essa foi a resposta dela. Ela não sentia nenhum sentimento especial sobre isso. Ou melhor, ela não sabia exatamente o que sentia. Ela não era repelida por sua presença mais, mas se ele não aparecesse, ela estaria bem também.
Seria porque Abel frequentemente agia superficialmente? Logo, não havia outro papel que ele desempenhava além de ser seu ‘dono’? Agora que ela pensava sobre isso, não podia deixar de se perguntar se isso era intencional.
Aries respirou fundo antes de reunir coragem para fazer uma pergunta. “Abel?” ela chamou enquanto ele murmurou, com os olhos fixados à frente.
“O que é amor?” ela perguntou, observando-o lançar-lhe um olhar de lado. “Marquês Vandran disse que o amor tem significados diferentes para cada indivíduo. Eu estava curiosa sobre seus pensamentos a respeito.”
“Hah…” Abel balançou a cabeça levemente enquanto mantinha seu olhar indiferente nela. “… você acha que eu tenho tempo para pensar nessa abominação?”
“Certo…” Aries riu de forma constrangida. O que ela estava pensando? Abel e amor simplesmente não pareciam combinar. Mas, apenas um momento depois, ela congelou no lugar. Ela levantou cuidadosamente os olhos, fitando suas costas largas nas suas próximas palavras.
“Amor… é o que eu faço sozinho.” Foi tudo o que ele disse, andando para frente sem esperar por ela.