A Mascote do Tirano - Capítulo 31
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- Capítulo 31 - 31 Uma aliança 31 Uma aliança Aries permaneceu em silêncio
31: Uma aliança 31: Uma aliança Aries permaneceu em silêncio enquanto ouvia cada palavra de Conan. Ela sabia que tudo o que ele dizia era verdade, somente a verdade. Não tentar alarmá-la? Que irônico, mas ela não podia discordar. Conan estava fazendo-lhe um favor ao dizer tudo isso sem filtros.
“Minha senhora, tirando isso, você é livre.” Conan pigarreou, sabendo que estava contradizendo o que afirmara anteriormente. “Seja você mesma e ao mesmo tempo não seja. O que quero dizer com isso é que Sua Majestade gosta de pessoas submissas e ao mesmo tempo não gosta. Ele não tolera desafios, mas às vezes os acha interessantes. Em resumo, se você for submissa demais, ele vai ficar entediado. Mas se for desafiadora demais, vai acelerar sua morte.”
Ao ouvir suas próprias palavras, Conan mostrou um olhar complicado. “Minha senhora, você agora entende minhas lutas também? Porque até agora eu não me entendo. É um milagre como sobrevivi tanto tempo sem perder um membro.”
‘Eu sinto pena dele, de certa forma,’ ela pensou, vendo que ele estava à beira das lágrimas. ‘Então é isso que ele quer dizer com estilo livre. Ele o importuna quando necessário e segue suas ordens sem questionar quando sua mente sabe que precisa ser submisso. Um hábito que ele já dominou.’
“Acho que estou começando a entender.” Aries assentiu muito lentamente. “Posso ser eu mesma e ao mesmo tempo não ser. Basta ficar no meio-termo. Eu te saúdo por não perder a cabeça, Sir Conan.”
“Minha senhora… finalmente… alguém me entende.”
“Acho que isso é porque estamos no mesmo barco.”
Conan balançou a cabeça. “Exatamente. Já que você e eu nos entendemos, deveríamos fazer equipe! O que você acha, minha senhora?”
“Fazer equipe…?” ela piscou inúmeras vezes, estudando a determinação em seus olhos.
“Eu vou te contar tudo o que você precisa saber para sobreviver e até mesmo informar sobre o humor de Sua Majestade. Em troca, faça o que fez ontem e me salve!” Os olhos dele brilhavam com o que aconteceu ontem lhe dando uma centelha de esperança. “O que você acha, minha senhora?”
Aries permaneceu em silêncio enquanto refletia sobre as palavras dele. A proposta dele era boa — na verdade, era a melhor. Ela precisava de alguém para monitorar Abel e seu humor, assim sabia como lidar com ele com antecedência. Era difícil e exaustivo ser colocada em uma situação complicada de surpresa. Ela teve sorte ontem, mas não sabia quando sua sorte acabaria.
“Feito.” Ela assentiu em concordância, observando Conan estender seu braço sobre a mesa.
“Vamos apertar as mãos para selar nosso acordo, minha senhora.”
Ela ergueu as sobrancelhas, um pouco confusa, mas de qualquer forma apertou sua mão. Conan sorriu enquanto sacudia a mão dela, acenando afirmativamente. Vendo sua expressão determinada como se um espinho tivesse sido retirado de sua garganta, o fogo embaixo de seus olhos também ardeu.
Quando soltaram a mão um do outro, o canto de seus lábios se esticou em um sorriso malévolo. Ambos emocionados por ganharem um aliado — um confiável — para resolver seu próprio problema chamado Abel.
Quando soltaram as mãos, Conan prosseguiu para informar Aries sobre a lição deles. Não a história do império e as poderosas famílias nobres, mas sim a outra lição dele.
[Como apaziguar Sua Majestade]
Aries estava dez vezes mais investida nessa lição. Antes que percebessem, o tempo juntos chegou ao fim. Mesmo assim, ela aprendeu uma coisa ou duas com Conan. Como esperado, ele era a melhor pessoa para atuar como sua fonte de informações.
“Minha senhora, desejo que esta aliança dure para sempre.” Conan levantou um punho enquanto se levantava, segurando um livro em seu braço. “Se você não tem nada para fazer depois disso, fique à vontade para perambular pelo castelo. Apenas não se aproxime do palácio do rei, já que é perigoso se estiver sozinha.”
“Muito obrigada, Sir Conan.” Aries também se levantou ao lado de sua cadeira para se despedir dele. Eles sorriram um para o outro, acenando encorajadoramente antes dele deixá-la no estudo.
Assim que a porta se fechou atrás dele, Aries soltou um suspiro profundo. Ela voltou ao seu assento, inclinando-se para trás enquanto olhava para cima.
“Em conclusão, ele é louco, sem dúvida,” ela murmurou e fechou os olhos, braços nos apoios de braço. “E para lidar com alguém como ele… ser passiva é a última das minhas opções. Posso ser eu mesma e ao mesmo tempo não, hein? Que pessoa complicada.”
Aries ficou sentada por um tempo até abrir os olhos. Assim que o fez, um brilho cintilou em seus olhos. Isso era mais difícil do que aprender um idioma diferente pela primeira vez. Mas ela não desistiria. Não agora que ela tinha um aliado.
“Eu consigo.” Ela assentiu em determinação, desviando o olhar do teto. “Vamos dar a ele o melhor espetáculo que ele já viu.”
*****
Enquanto isso, no escritório do imperador, Abel observava o chá envenenado em sua mão. Ele já havia consumido a maior parte, mas deixou uma quantidade considerável. Ele girava a xícara, inclinando-se para trás em sua cadeira.
“Que potente,” ele comentou, erguendo a xícara levemente inclinada para ver as últimas gotas de chá. “Senão uma droga para me fazer alucinar, um veneno que queimará minhas entranhas. Incrível.”
Para alguém que acabou de ingerir veneno, Abel riu divertido. “Embora este seja um pouco amargo. Nossa senhora. Eles nem mesmo tentaram esconder que estava envenenado.” Outra risada seca escapou de seus lábios enquanto ele levava a xícara aos lábios.
Mas antes de consumi-la, ele parou. Sua sobrancelha lentamente se arqueou enquanto uma ideia lhe passava pela cabeça. Abel cuidadosamente retirou a mão, olhando para a pequena quantidade no copo.
O lado de seus lábios se curvou em um sorriso malicioso. “Devo compartilhar uma xícara com ela?” Ele se perguntou, e uma risada soturna escapou de sua boca. Seus olhos se voltaram para os documentos que ele já havia terminado de trabalhar enquanto saboreava uma xícara de chá envenenado.
“Fazer isso por muito tempo, atuar como um imperador, está ficando chato a cada dia que passa. Eles não podem me dar um problema que me mantenha ocupado? Nesse ritmo, minha Aries vai sofrer!” ele entoou, mas então riu como um maníaco e levantou-se da cadeira.
Com a xícara na mão e alguns documentos, Abel saiu pela porta para ver Aries. A desatenta Aries não tinha ideia do novo jeito que ele pensou para matá-la.