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- Capítulo 305 - 305 Reunião de família 305 Reunião de família Deixa pra lá
305: Reunião de família 305: Reunião de família “Deixa pra lá,” Beatrix sussurrou, com a mão repousando suavemente no ombro de Remo. “Tudo bem, irmãozão.” Ela lançou a ele um olhar derrotado, retirando a mão do ombro dele enquanto avançava. Relutantemente, Remo deu um passo para trás, permitindo que ela se aproximasse de Bolívar.
“O que você quer agora?” Beatrix sibilou, recusando encontrar seus olhos.
“Perdoe-me, minha princesa,” ele começou, com um tom carregado de sinceridade.
“Não me chame assim!” A réplica de Beatrix foi acalorada, com um sentimento de orgulho ferido.
“Você está certa,” ele admitiu solenemente, pegando-a de surpresa. Seus olhos se encontraram, e ela vasculhava seu olhar, perplexa. “Eu perdi o privilégio de me dirigir a você tão pessoalmente. Minha escolha destruiu esse laço. Eu achei que só a minha decisão poderia trazer-lhe felicidade.”
As palavras dele pareceram puxar o peito de Beatrix desconfortavelmente. Ela instintivamente pressionou a mão ao coração, como se fisicamente tentando aliviar a dor. Contra sua vontade, lágrimas frescas brotaram em seus olhos.
“Não chore, minha princesa. Eu não ficarei muito tempo se isso—”
“Não,” ela interrompeu, sua voz firme mas sua frase ficou inacabada. Bolívar a encarou, com uma expressão de expectativa no rosto. No entanto, ela não ofereceu mais nada. Ele pigarreou, prestes a falar novamente.
“Vejo que está grávida,” ele interveio, com um tom mudado, mais suave.
Beatrix encontrou seu olhar com desafio, seu rosto marcado pela determinação, como se pronta para rebater cada palavra dele.
“Sim, eu estou. E eu tenho Damien e Rhys ao meu lado.”
Um sorriso derrotado encurvou os lábios de Bolívar enquanto ele limpava uma lágrima de seu olho com o polegar e o indicador, sua voz falhando levemente.
“Eles estão te tratando bem?”
Beatrix foi pega de surpresa pela pergunta dele, um súbito turbilhão de emoções conflitantes brotando dentro dela. Ela sentiu uma vontade de se jogar em seus braços, de esquecer o passado e suas feridas.
“Eu pensei que você fosse contra. O que fez você mudar de ideia?” ela perguntou, sua voz uma mistura de curiosidade e ceticismo.
“O que mais importa é a sua felicidade, minha princesa. Esse tem sido o meu único desejo, e você a encontrou neles dois. Acredite, amor, eu não teria dito isso se soubesse que seria a melhor opção para você.” Ele confessou gentilmente.
“Não jogue esse jogo,” ela protestou, enxugando as lágrimas implacáveis que escorriam por suas bochechas. Bolívar se aproximou, suas mãos pairando como se quisesse enxugar suas lágrimas. Seus olhos transbordavam de desespero, um pedido para não vê-la sofrer.
“Estou te machucando? Eu posso ir embora, meu amor. Eu nunca quis—” ele começou a dizer.
“Não volte aqui fingindo que está tudo bem. Nada está bem. Tudo o que eu queria era que você ficasse contente com a escolha que eu fiz—” A voz de Beatrix tremia.
“Mas eu estou feliz, meu amor. Estou feliz porque você está plena, como o peru de ação de graças da nona,” a referência nostálgica de Bolívar provocou uma risadinha nela. Ela desviou o olhar, um breve momento de calor iluminando seus olhos. “Isso é melhor. Deixe seu sorriso brilhar, minha pequena.”
Recuperando a compostura, Beatrix se virou para ele novamente, os olhos levemente inchados de chorar. Bolívar pressionou a mão ao peito. “Você ainda é a mesma garotinha que eu vi pela primeira vez.”
Beatrix permaneceu em silêncio, seu olhar fixo no dele, um sorriso brotando em seus lábios, aos poucos se transformando em uma expressão mais pronunciada.
“Posso pelo menos ter um abraço do meu neto antes de ir?” o apelo de Bolívar pairou no ar, sua voz suave e vulnerável.
“Eu sei que não mereço seu perdão—” as palavras de Bolívar foram cortadas quando Beatrix entrou em seu abraço, envolvendo-o num aperto forte e enterrando seu rosto em seu pescoço.
“Eu senti sua falta, Papai. Você não dirá o mesmo? Podemos voltar a ser como éramos antes?” seu apelo foi cheio de um misto de saudade e vulnerabilidade. Bolívar a segurou bem perto, seus braços a envolvendo com um sentido de proteção, seu rosto aninhado em seu cabelo.
“Minha princesa, estou aqui enquanto você precisar de mim. Senti tanto a sua falta, minha filha,” ele sussurrou, sua voz tingida de emoção.
O momento terno foi interrompido pela voz de Remo, injetando um toque de seu sarcasmo característico. “Bem, agora que tivemos essa comovente reunião, que tal irmos todos ao Guillero para comermos algumas asinhas de frango?” Seu sorriso irônico rendeu olhares surpresos do grupo.
Bolívar, no entanto, caminhou até Remo com uma mistura de diversão e um toque de dor. “Vem cá, cara durão,” disse ele, puxando Remo para um abraço apesar de seus esforços para se libertar.
“Me larga, velho. Você fugiu depois de uma briguinha boba com sua filhinha,” resmungou Remo, cruzando os braços e se virando de costas para o grupo. Risadas se espalharam pelos outros, e Matteo seguiu o exemplo, se aproximando de Bolívar e juntando-se ao abraço.
“Bem-vindo de volta, pai,” a voz dele tinha um toque de solenidade.
“Obrigado, Matteo,” Bolívar respondeu, seu sorriso revelando sua genuína felicidade. Matteo voltou para o lado de Stella.
“Ah, Stella, bom te ver de novo.”
Stella sorriu, um leve rubor assombrando suas bochechas enquanto se desvencilhava do abraço de Matteo, movendo-se graciosamente em direção a Bolívar.
“Bom dia, Sr. Quinn,” a voz dela transmitiu respeito enquanto ela começava a agachar. No entanto, a ação rápida de Bolívar interceptou seu gesto. Suas mãos gentilmente capturaram seus cotovelos, impedindo-a de descer.
“Por favor, minha querida, não há necessidade disso,” ele falou com um calor genuíno, seus olhos refletindo um apreço sincero. “Meramente ver a responsável pelo sorriso dele é mais do que eu poderia pedir.” Com um toque afetuoso, ele segurou suas mãos nas dele, estendendo um sorriso acolhedor. “Bem-vinda à família, Stella”
Stella sorriu, “Obrigada.”
“Teremos bastante tempo para nos conhecermos—salvo se o seu namorado decidir me desafiar para um duelo antes que isso aconteça,” ele adicionou com um tom brincalhão enquanto Matteo se juntava a eles, tomando rapidamente as mãos de Stella e a envolvendo em seus braços.
“Com a reunião de família chegando ao fim, quem está a fim de comer uns pappardelle?” a voz de Damien ressoou enquanto ele liderava o grupo em direção à saída do cemitério.