A Mais Doce Tentação - Capítulo 276
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276: Discussão de Irmão 276: Discussão de Irmão “Tudo bem, eu me sinto em casa,” Remo respondeu de maneira displicente, levantando-se e caminhando em direção à mesa do bar, onde a garrafa de rum e o copo vazio o esperavam. “Nunca pensei que você estivesse tão bravo a ponto de não servir nem um drinque para o seu irmãozinho,” continuou, levando o copo aos lábios e dando um gole deliberado. Durante todo o tempo, seu olhar permanecia fixo em Matteo, que parecia absorvido em seu trabalho na escrivaninha.
“Sei que você não está realmente trabalhando. É difícil para você se concentrar com o seu arqui-inimigo tão perto,” Remo provocou, dando passos intencionais em direção a Matteo. “Nunca pensei que veria o dia em que você ficaria tão agitado,” acrescentou, se aproximando cada vez mais. A cada passo deliberado, ele sentia a intensidade da raiva de Matteo crescer. Ele riu baixinho, fechando a distância final entre si e a mesa de Matteo, colocando o copo cuidadosamente sobre ela.
“Quão profundamente ela entrou debaixo da sua pele?” Indagou, inclinando-se para frente com um sorriso zombeteiro desenhado no rosto. No instante seguinte, Matteo levantou-se de um salto, seu punho aterrissando com força ao lado do rosto de Remo, fazendo-o cambalear alguns passos para longe da mesa. Remo virou-se para encarar Matteo, um sorriso malicioso adornando seus traços, enquanto movia o maxilar para os lados, testando sua amplitude com os dedos.
“Você aprimorou seus socos. Nunca percebi como o amor poderia transformar um homem assim,” Remo comentou com um brilho travesso no olhar.
Matteo levantou seu copo aos lábios, consumindo o restante do conteúdo de um só gole. Fechou os olhos com força, sentindo a ardência enquanto o líquido percorria sua garganta, acendendo um calor que se acomodava de maneira reconfortante no fundo do estômago.
“O que te traz aqui?” ele perguntou, recostando-se na cadeira. Enquanto isso, Remo se verificava em busca de algum sinal de lesão, apenas para sentir a sensação familiar de um líquido denso escorrendo pelo nariz, alcançando gradualmente o lábio. Levou o polegar ao nariz, limpando-o uma vez, um sorriso se formando ao observar a mancha carmesim em sua mão. “Você certamente ficou mais resistente,” Remo comentou com um riso, segurando seu copo novamente e esvaziando seu conteúdo restante de uma vez só.
“Você realmente se importa com ela, não é?” Ele pressionou mais, puxando a cadeira na frente de Matteo e afundando em sua almofada. “Então, o que está te segurando?”
Matteo levantou os olhos de sua mesa, seu olhar se encontrando com a expressão séria de Remo, antes de voltar à sua pseudo-tarefa. Um suspiro profundo escapou enquanto ele contemplava sua resposta. “Eu não sei,” ele admitiu cansado.
“Como você pode não saber? É dolorosamente óbvio que você a ama,” Remo enfatizou. A menção da palavra ‘amor’ provocou uma expressão de exasperação no rosto de Matteo.
“O que você sabe sobre amor?” Matteo questionou cansadamente, levando a mão aos cabelos enquanto lutava contra um turbilhão de pensamentos em sua mente. Pensamentos sobre como Stella aparentemente caiu na armadilha de Remo.
“Eu sei o que você está pensando,” Remo respondeu com conhecimento de causa, capturando a atenção de Matteo mais uma vez enquanto seus olhares se encontravam. “Mas se você perder tempo remoendo como ela ficou enredada comigo, pode acabar perdendo ela de verdade. Eu também aprecio uma coisa boa.”
Uma onda de fúria transformou os olhos de Matteo em uma labareda avermelhada. Ele se levantou de um salto, reduzindo rapidamente a distância entre ele e Remo. Com um aperto movido pela raiva, agarrou a camisa de Remo, levantando-o para encontrar seu olhar furioso.
“Se você ousar se referir a ela como uma coisa, vou garantir que você nunca use sua língua novamente,” Matteo avisou calmamente, com a voz fervendo de raiva.
“Coitada da garota, tem você enrolado em seu dedo, mas ela continua alheia,” Remo acrescentou, seu olhar brincalhão espelhando o olhar firme de Matteo com a mesma intensidade. Matteo tremia violentamente, seus gritos ecoando pela sala enquanto lançava Remo para trás com um empurrão vigoroso. Remo cambaleou, rapidamente recuperando o equilíbrio enquanto se afastava.
“Eu não posso,” Matteo declarou com um tom de fato, cada palavra tingida de dor. Ele voltou a se sentar, recostando-se e respirando fundo várias vezes numa tentativa desesperada de acalmar a tempestade de emoções conflitantes dentro de si. Sua palma pressionada contra o peito, buscando aliviar a dor persistente que o roía.
“Tudo o que você está fazendo é sujeitá-la à dor do seu próprio passado. Quer você goste ou não, ela não sabe nada sobre as experiências que fizeram você hesitar em dar seu amor,” Remo explicou calmamente, sua voz cortando a atmosfera acalorada.
“O que te faz tão certo de que ela não se voltará contra mim como as outras?” Matteo gritou, suas palavras gotejando com sentimento cru. Ele colocou as palmas das mãos contra as têmporas, girando na cadeira em um movimento reconfortante.
“Porque ela deixou claro na noite em que estivemos juntos,” Reno respondeu, seu olhar encontrando o glacial de Matteo enquanto entregava sua resposta.
“O que você quer dizer com a noite em que estiveram juntos?” Matteo perguntou, sua voz impregnada de incerteza.
“Não se desespere, nada aconteceu entre nós,” Remo respondeu com despreocupação, acenando com a mão em exasperação. Matteo apertou os punhos com força em resposta, seu ceticismo evidente. Remo podia ver a tensão em seus braços, fazendo-o erguer ambas as mãos em sinal de rendição.
“Não tenho motivo para mentir para você, irmão. Não precisa exagerar. Poxa! Se você realmente a ama, por que não usa essa força para enfrentar suas emoções e aceitar o que vier?” Remo fez a pergunta, abaixando as mãos para os lados mais uma vez.
Matteo baixou o olhar, fechando os olhos enquanto seus ombros caíam em resignação. “Não é tão fácil quanto parece.”
“Se fosse fácil, você não teria ido atrás dela desde o início,” Remo contrapôs. O silêncio caiu na sala, exceto pelo ritmo gentil das batidas de seus corações ecoando em seus ouvidos.
“Vou deixá-lo com seus pensamentos. Mas a razão pela qual vim aqui foi para avisá-lo,” Remo falou com firmeza, quebrando o silêncio. Matteo ergueu o olhar, encontrando o olhar cheio de expectativa de Remo enquanto aguardava o restante da declaração. “Se você demorar muito, irei adiante e farei o que for necessário para conquistá-la para mim. Temos um acordo?”
Fúria brilhou nos olhos de Matteo, mas ele sabia que havia pouco que ele poderia fazer. Se alguma coisa, era um acordo justo considerando o bem-estar de Stella. Se as palavras de Remo continham verdade e Stella estava presa no laço de um amor não correspondido, então ele estava inegavelmente errado, sujeitando-a a uma experiência de amor marcada pelo arrependimento.
“Vou tomar isso como um sim. Até logo, irmão,” Remo acrescentou, levantando-se e indo em direção à porta.
“Remo,” Matteo chamou, chamando sua atenção de volta. Remo virou para enfrentá-lo, aguardando suas palavras.
“Sim, irmão?”
“Obrigado,” Matteo murmurou em voz baixa, desviando o olhar. Ele ouviu a risada suave de Remo antes da porta se abrir e fechar, sinalizando sua partida da sala. Ele suspirou e se recostou na cadeira, absorvendo a paz que vinha com o fato de estar sozinho com seus pensamentos.
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Remo fez seu caminho até seu carro, afundando-se propositalmente no assento. “Dirija.” Ele ordenou, e imediatamente, o motorista deu partida no carro. Enquanto começavam a viagem, Remo tirou um pedaço de papel dobrado do bolso da calça, desdobrando-o com cuidado e fitando-o. No momento em que seu olhar se fixou na imagem, uma saudade terna amoleceu suas feições. Era a foto de uma mulher, sua expressão sorridente capturada em um momento congelado no tempo.