A Mais Doce Tentação - Capítulo 270
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270: Remo 270: Remo “O que? O que há de errado?” o homem perguntou cautelosamente, estendendo seu apoio para ajudá-la a ficar de pé.
“Acho que vou vomitar.”
“O quê?! Não aqui. Vamos, para o banheiro.”
“Não, não vou conseguir,” ela respondeu em um acesso de reflexos incontroláveis de ânsia que dificultavam a contenção do iminente vômito.
“Só mais alguns passos,” o homem insistiu, guiando-a enquanto se moviam cambaleando em direção ao banheiro. Com a ajuda dele, ela esvaziou o conteúdo do álcool que havia consumido naquela noite, retorcendo-se violentamente sobre o vaso sanitário.
Que vergonha… Ela pensou enquanto ele a limpava. Aconchegado em seus braços, ele a levou para a cama, cuidadosamente aconchegando-a e garantindo seu conforto enquanto ela adormecia.
***
Stella acordou com o som de pássaros cantando e um irritante barulho constante em vidro, provavelmente da sua janela. Quando ela tentou abrir os olhos, suas pálpebras pareciam ter pesos pendurados nelas. Apesar da dificuldade, ela conseguiu abrir os olhos. No momento em que o fez, seu coração fez um salto no peito, começando a bater de forma irregular.
Ela não estava em sua casa, e enquanto pensava sobre isso, percebeu que os lençóis eram macios… muito macios. Ela passou as palmas das mãos no tecido, absorvendo sua suavidade confortante antes de começar uma análise minuciosa do espaço.
Era definitivamente o quarto de outra pessoa. No entanto, havia uma espécie de frescor no layout geral. Havia uma poltrona bem na frente da cama e uma mesa redonda de vidro diante dela. A penteadeira tinha alguns objetos, mas parecia que o dono não ficava ali com muita frequência.
A estrutura minimalista da cama irradiava um tipo de atmosfera zen que se sincronizava com a paleta de cores do espaço. Na extremidade do quarto, portas de vidro deslizantes levavam à varanda; além do vidro que separava o espaço exterior, havia duas cadeiras voltadas para o horizonte.
Quem quer que fosse, ele com certeza era uma pessoa de gosto simples.
Sim. É definitivamente um homem. Um homem?!
Quando o pensamento lhe ocorreu, ela deu um grito abafado, com os olhos arregalados em pânico total. Definitivamente não era o Matteo, disso ela tinha certeza… e por isso se desesperou mais ainda ao levantar o edredom e ver que estava usando as roupas de outra pessoa — uma camisa para ser mais precisa. Apenas uma camisa!
Não, não, não, isso não pode estar acontecendo! Ela pensou, com arrependimento e raiva preenchendo seu ser, principalmente dirigidos a si mesma, por se permitir entrar nessa situação em primeiro lugar.
Mas não era inteiramente sua culpa. Matteo era a razão pela qual ela estava naquela situação para começar. Isso de algum modo a acalmou. Entretanto, ela não sabia como reagir à possibilidade de ter transado com o desconhecido, quem quer que fosse.
Merda… eu nem sei o nome dele… Ela bateu a palma da mão na testa e caiu de volta no conforto dos travesseiros macios. Isso fez pouco para acalmar seu coração turbulento, mas não era suficiente.
Meu telefone! Ela saltou de volta para uma posição sentada, vasculhando o quarto mais uma vez, em busca de seus pertences. Mas, assim que seu olhar passou pela porta, ela notou alguém parado ali. Ela voltou seu olhar para encontrar os olhos cor de avelã familiares cheios de humor.
Não pode ser! Foi o primeiro pensamento que lhe veio à mente quando viu a pessoa que estava diante dela – o irmão mais novo de Matteo, Remo.
“Bom dia, bela adormecida.” Ele cumprimentou, avançando em largos passos na direção dela.
“Pare!” Ela ordenou, erguendo a palma da mão para deter seus movimentos. “Não faça mais nenhum movimento.” Ele obedeceu, levantando as mãos acima da cabeça.
Não tem como… parece que ele não sabe quem eu sou. Ela refletiu consigo mesma. Afinal, ela nunca foi de chamar atenção para si, e suas interações haviam se limitado a visitas ocasionais como amiga da Beatrix. Além do mais, ela sempre teve olhos para o Matteo. E de todas as maneiras de vê-lo novamente, tinha que ser assim.
“Para alguém que acordou num lugar que não pode exatamente chamar de lar, você está bem assertiva.” Ele falou em um tom humorístico que fez o olho dela tremer de fúria e impaciência.
Eu não posso dizer que sei quem ele é. Quem sabe o que ele vai fazer quando descobrir? Preciso sair daqui primeiro.
“Como eu vim parar aqui? Onde estão minhas coisas?!” Ela disparou em uma só respiração.
“Calma, calma, relaxa, beleza, respira.” Ele respondeu com uma risada rouca e profunda que mexeu com ela por dentro.
Por que diabos estou me afetando por ele?! Ela pensou consigo mesma, sacudindo a cabeça vigorosamente na tentativa de se livrar dos pensamentos impróprios sobre ele.
Lá no fundo, ela temia que, se desse a ele uma chance de de alguma forma entrar em sua vida, ela definitivamente acabaria ferida – de alguma forma. Seu rosto não era exatamente o tipo que se acorda se sentindo confortável.
Ele também não parecia ser o tipo que ia por aí fazendo o bem para pessoas que não conhece. Ele era o tipo que certamente exigiria pagamento pelo favor que fez a alguém – independentemente de quão necessário ou pequeno fosse.
No caso dela, era necessário. Ele era seu salvador. Ela tinha que agradecê-lo por tê-la tirado viva daquele lugar terrível. Não obstante, ela não via a possibilidade de deixar o lugar dele sem uma briga. E se para sair fosse necessário brigar, então ela estava pronta para entrar com tudo para escapar dele.
Apesar de seus gestos brincalhões, suas feições estavam contorcidas, e isso parecia quase natural. Quase como se ele tivesse nascido daquele jeito. No entanto, nada disso era sua preocupação. Ela estava apenas focada em descobrir como sair da situação atual.