A Mais Doce Tentação - Capítulo 233

233: Banho 233: Banho Matteo conseguia ver a dúvida nos olhos dela, era um tipo de expressão pateta que o fazia querer explodir em risadas. Mas o momento não pedia isso, ele precisava dar a ela uma noção do que estava acontecendo e de seu plano já pensado.

“Você levou um tiro por minha causa. Eu te trouxe para minha casa para ser tratada.” Havia um arrepio súbito em sua voz que quase fez Stella estremecer sob os lençóis.

Ela não sabia a causa para a sua súbita mudança de semblante, e por essa razão, estava ainda mais inquieta.

Será que ele estava pensando no que fazer a respeito dela até mesmo naquele momento que compartilhavam? Ela queria saber a todo custo, mas não sabia como perguntar.

E então, finalmente, a pergunta ideal veio à sua mente, “Por que você está fazendo isso?” Ela perguntou claramente.

Matteo foi pego de surpresa pela pergunta, já que não esperava que essa fosse a primeira indagação dela. Ainda assim, ele deu a sua resposta.

“Você fez o mesmo por mim quando eu cheguei no escritório ferido, tenho certeza que se lembra disso.”

Estava claro para ele que sua resposta havia sido errada, porque depois que a mencionou, a luz nos olhos dela se apagou, deixando uma sombra que era evidente em seu comportamento. Ela afundou ainda mais nos travesseiros e deu sua resposta à afirmação dele.

“Sim senhor, eu me lembro.”

Matteo notou a mudança dela de informal para formal ao se dirigir a ele com um título. Isso não soou bem para Matteo, ele sabia disso pela fisgada que sentiu no peito quando ela o chamou. 
Mas ele continuou, “No momento, você não pode fazer muito, então, eu serei responsável por tudo que você precisar.” A longa pausa após essa afirmação fez Stella fixar seus olhos nos dele mais uma vez. E então ela viu, não havia acréscimo ao que ele acabara de declarar.

“Eu não quero ser um encar –”
“Eu insisto em fazer isso, e não há nada que possa mudar isso.” A dominância em sua voz fez com que ela desejasse ainda mais a segurança que ele proporcionava. Mas antes que se entregasse, ela precisava confirmar uma última coisa – por mais estúpida que parecesse.

“Eu vou tomar meus banhos sozinha.” Ela adicionou sem questionar, simplesmente uma afirmação. Claro que ele não a banharia. Mas o que ele disse a seguir a colocou não apenas na posição de uma protegida – 
“Eu farei isso. Quando eu digo tudo,” Ele se inclinou para frente, diminuindo a distância entre os rostos, enquanto continuava, “eu quero dizer tudo.”

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“Eu agradeço sua preocupação senhor, mas eu posso me virar sozinha,” Stella protestou, reunindo tanta resistência quanto seu estado enfraquecido permitia. Ela tentava desesperadamente suprimir as imagens de uma situação comprometedora com Matteo, mas por mais que tentasse, a realidade estava prestes a se desdobrar.

Quando ele mencionou casualmente ajudá-la com o banho, ela nunca esperou que ele levasse a sério. No entanto, para sua surpresa, ele entrou no quarto com um roupão pendurado no cotovelo, sua intenção clara.

“Por favor, Sr. Quinn, eu insisto que posso fazer isso sozinha,” ela implorou, sua voz cheia de urgência, esperando que ele cedesse ao seu apelo fervoroso.

Ela acreditava piamente em sua capacidade de tomar um banho independentemente, e sua privacidade não era a razão para isso. No entanto, suas palavras pareciam cair em ouvidos surdos enquanto Matteo diminuía a distância com passos decididos.

“Não resista,” Ele advertiu suavemente, seus olhos fixos nos dela com uma promessa inabalável.

Seu coração acelerou enquanto ele se acomodava ao lado dela no colchão, sua proximidade perturbadora, ainda que cativante. Ela engoliu em seco, seu olhar encontrando o dele enquanto a tensão não dita pairava pesada no ar.

Seu coração fazia piruetas no peito enquanto o contemplava, e para sua surpresa, um sorriso sutil brincava em seus lábios. Seus olhos possuíam um atrativo magnético, tingidos com uma sugestão de sedução que apenas intensificava seu desconforto.

Seria ela apenas vendo o que ansiava, ou esse momento surreal estava de fato se desenrolando diante dela? Matteo, o homem por quem ela já fora apaixonada, e ainda era, agora se oferecia voluntariamente para ajudá-la no banho.

Recolha-se, Stella. Não pode ser. Ela pensou consigo mesma, fechando os olhos com força e esperando desesperadamente que a imagem dele dissipasse quando os reabrisse. Mas enquanto se preparava para dar esse passo, ela ouviu sua voz.

“Não é um sonho,” Suas palavras ressoaram com um barítono profundo que reverberava dentro de seu peito, entre seus picos. De repente, a dor ao seu lado foi esquecida, deixando-a extremamente consciente da sensação pulsante em seu núcleo. Com uma respiração profunda, ela abriu os olhos mais uma vez, determinada a manter contato visual firme com ele.

“Preciso tratar de duas questões antes de prosseguirmos,” ele começou, sua voz mesclada com uma mistura de autoridade e desejo subjacente. “Primeiro, durante sua estada aqui, quero que você me chame pelo meu nome.”

Ele fez uma pausa, estudando seu rosto corado, procurando qualquer lampejo de reação. Seu foco não solicitado deu a ele um vislumbre de esperança de que ela cumpriria.

“Segundo,” ele continuou, sua voz gotejando com uma intensidade provocante. Mas antes de continuar, ele se inclinou mais, seus lábios pairando tentadoramente perto da nuca dela. “Se você não cumprir com esse simples pedido, talvez eu tenha que lidar com você mesmo, e acredite em mim, Stella, você não iria querer isso.”

Stella sentiu sua concentração enfraquecendo enquanto o sopro dele acariciava sua pele nua, eletrizando seus sentidos. Ela se tornou extremamente consciente de seu estado semi-nu sob as cobertas, vestida apenas de lingerie com seu roupão pendurado logo abaixo do abdômen. Sua respiração se tornou ofegante enquanto lutava contra as sensações intoxicantes que a proximidade dele evocava.

Não havia como negar – Matteo estava provocando-a, e suas intenções eram diretas, cristalinamente claras.

Por mais que isso a excitasse, ela se perguntava há quanto tempo ele pretendia fazer isso e quais eram seus reais pensamentos em relação a ela. No ambiente de escritório, ele não havia demonstrado interesse por ela.