A Mais Doce Tentação - Capítulo 184
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- Capítulo 184 - 184 Segredo não revelado 184 Segredo não revelado Rhys
184: Segredo não revelado 184: Segredo não revelado Rhys esperou por este momento a vida toda. Planejando, esperando a oportunidade perfeita e aqui está. Os lábios de Rhys se apertaram em uma linha firme enquanto ele caminhava pelo corredor escuro que levava ao escritório de Carlos.
Ele sabia que tinha que se manter calmo e controlado, apesar da onda avassaladora de adrenalina correndo por suas veias. Rhys tinha ensaiado este momento em sua cabeça milhares de vezes, imaginando cada cenário e resultado possíveis.
Ao se aproximar da porta do escritório de Carlos, Rhys fez uma pausa por um momento, respirou fundo e se compôs. Ele tinha que ser cuidadoso, silencioso e rápido.
Ele não queria alertar ninguém sobre sua presença. Ele girou lentamente a maçaneta e, para sua surpresa, a porta se abriu sem fazer barulho. Ele entrou e fechou a porta atrás de si, envolvendo-se na escuridão.
Os olhos de Rhys se ajustaram lentamente à luz fraca enquanto ele examinava o quarto.
Ele passou o dia com Beatrix se aconchegando no quarto dela depois de voltarem do cemitério.
Ela tinha relembrado as memórias de infância da mãe e do pai. Quanto mais ele a ouvia, mais difícil era acreditar que aquele monstro era o pai dela.
Ela havia dito a ele que seu pai passava este dia sozinho em seu escritório sem seguranças. Apenas sua garrafa de bebida enquanto olhava para o retrato da mãe dela.
A mãe dela era sua alma gêmea e ele não voltou a ser a mesma pessoa desde que ela morreu.
Ele viu o homem sentado numa cadeira de costas para ele…Rhys se aproximou silenciosamente, seu coração batendo forte no peito. Ele conseguia ver a garrafa de bebida na mesa em frente a Carlos, e a luz fraca refletindo no retrato da mãe de Beatrix na parede.
Rhys respirou fundo, acalmando os nervos, e alcançou no bolso a seringa.
À medida que se aproximava de Carlos por trás, Rhys podia ver os ombros do homem se erguendo com soluços. Ele hesitou por um momento, se perguntando se deveria seguir com seu plano. Mas então se lembrou de como o homem tinha destruído sua infância e se forçou a fazer o que precisava ser feito.
Rhys se aproximou mais e, justo quando estava prestes a injetar a seringa no pescoço de Carlos, o homem falou.
“Eu sei que você está aí, Rhys,” disse Carlos, a voz trêmula de emoção. “Eu estive esperando por você.”
Rhys congelou, sua mão ainda segurando a seringa. Ele não podia acreditar no que estava ouvindo. Carlos de alguma forma sempre soube?
“Esses olhos azuis tão bonitos cheios de tanto ódio e dor, eu nunca esqueceria. A primeira vez que te vi, eu sabia que conhecia você de algum lugar. Eu só não conseguia identificar de onde.”
Carlos deu uma risada, dando um gole em sua garrafa. “Então eu comecei a receber esses pacotes. E as peças do quebra-cabeças começaram a se encaixar.”
Rhys sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ele tinha sido tão cuidadoso, garantindo que não havia maneira de Carlos rastrear os pacotes até ele. Mas ele havia subestimado a inteligência do homem.o
Sem dizer mais nada, Rhys injetou a seringa no pescoço de Carlos, aplicando o sedativo que ele havia cuidadosamente preparado. Carlos caiu para a frente, inconsciente.
Rhys rapidamente amarrou as mãos e os pés de Carlos, garantindo que ele estava seguro. Ele tinha que agir rapidamente agora, antes que alguém viesse procurar por Carlos.
Ele saiu da sala, trancando a porta com a chave no bolso.
Rhys voltou para o quarto de Beatrix. Ele viu que ela estava sentada na cama esfregando os olhos. Parece que ela acabou de acordar.
“Ei… onde você foi? Eu acordei e você não estava do meu lado. Está tudo bem?”
Rhys acenou com a cabeça enquanto caminhava em direção a ela.
“Desculpe, não queria te preocupar. Não consegui dormir então fui dar uma volta.”
Beatrix olhou para Rhys com uma ponta de preocupação nos olhos. “Você tem certeza que está tudo bem? Você parece um pouco diferente.”
Rhys hesitou por um momento antes de decidir se abrir com ela. “Na verdade, tive um pesadelo. Me abalou um pouco e eu não queria perturbar seu sono. Foi por isso que fui dar uma volta.”
Beatrix colocou a mão no ombro de Rhys, confortando-o. “Quer falar sobre isso? Às vezes ajuda compartilhar seus sentimentos com alguém.”
Rhys assistiu à expressão preocupada cravada no rosto dela enquanto a dele estava gravada com culpa e medo, junto com um toque de tristeza, pois ele sabia que havia um tom de luto em sua voz, como se estivesse de luto por algo que havia perdido ou estava prestes a perder. Mas ele tinha que contar para ela, não podia mais guardar para si.
“Posso te dizer uma coisa?” ele perguntou, sua culpa e medo evidentes em sua voz.
Ela concordou, seu coração doendo como ossos estilhaçados no peito pela forma como ele parecia destroçado. Era claro que Rhys não queria fazer isso, mas ele superou seu próprio desconforto para se abrir sobre algo que o incomodava.
Ela conhecia Rhys bem, e para ele compartilhar algo que não queria dizer era um grande passo.
Ela podia ver a angústia e a confusão nos olhos de Rhys enquanto ele lutava para lidar com suas emoções. Ele suspirou, passou os dedos pelos cabelos e sentou-se no sofá, derrotado. Inclinando-se para a frente, ele apoiou os cotovelos nos joelhos e pressionou a testa contra as mãos.
“Nunca era para terminar assim…” ele começou, sua linguagem corporal indicando derrota. Era difícil ver alguém que ela amava tanto lutar contra seus demônios internos, mas ela estava ali por ele, para apoiar e confortá-lo.
“Com você – quero dizer. Quando te conheci no bar, eu não fazia ideia de quem você era. Eu pensei que você era essa garota fofinha e desinformada, mas uma linda. Você era tão ingênua e inocente. Como alguém pode ser tão puro neste mundo cruel?” Rhys explica, falando com cautela enquanto escolhe suas palavras com cuidado.
Ela ouviu atentamente, memórias inundando sua mente. “Bem, acho que não sou tão inocente assim agora.” ela deu uma risada.