A Mais Doce Tentação - Capítulo 150
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150: Amigo 150: Amigo Ava respirou fundo antes de abrir a porta do quarto de hospital da Beatrix. Ela estava temendo essa visita, mas sabia que precisava ver sua amiga, para se certificar de que ela estava bem. Ela caminhou lentamente até o quarto, seus olhos vasculhando a cama em busca de qualquer sinal de movimento.
“Bea?” ela chamou suavemente, sua voz mal acima de um sussurro.
Um momento de silêncio se passou antes de Beatrix se mexer, seus olhos piscando abertos enquanto ela lutava para se sentar. Ava correu para o lado dela, colocando uma mão gentilmente em seu ombro para ajudá-la.
“Oi,” disse Beatrix, sua voz fraca, mas cheia de alívio. “Eu estava esperando que você viesse.”
Ava assentiu, seus olhos se enchendo de lágrimas enquanto olhava para sua amiga. O rosto de Beatrix estava pálido e abatido, seu corpo ainda fraco pelo trauma de ter levado um tiro. Mas, apesar de tudo, havia um sorriso em seus lábios.
“Como você está se sentindo?” Ava perguntou, sua voz trêmula de emoção.
Beatrix sorriu fracamente. “Estou viva,” ela disse. “Isso já é alguma coisa, né?”
Ava assentiu, incapaz de falar enquanto segurava as lágrimas. Ela sentou na cadeira ao lado da cama de Beatrix, pegando a mão dela nas suas.
“Me desculpa,” ela disse, sua voz embargada de emoção. “Eu achei que tinha te perdido também. Eu estava tão assustada.”
Beatrix apertou a mão dela, seus olhos fixos nos de Ava. “Não se preocupe, estou bem agora,” ela disse firme. “Você não vai me perder. E além do mais, sou forte. Vou estar de pé num instante.”
Ava deu um sorriso fraco, grata pela segurança. “Eu sei,” ela disse. “Mas não consigo evitar de me preocupar com você.”
Beatrix deu um sorriso maroto. “Bem, você pode compensar me trazendo uma comida decente,” ela disse. “Estou de saco cheio de comida de hospital.”
Ava riu, aliviada ao ver um vislumbre do antigo espírito da amiga. “Vou ver o que posso fazer,” ela disse. “Mas primeiro, estou apenas feliz que você esteja bem.”
E com isso, Ava se acomodou ao lado de Beatrix, “Então, o Xavier estava me contando o que aconteceu. Eu tinha te dito para ter cuidado com aquela vaca. Eu sabia que você não devia confiar nela. Os olhos dela estavam tão cheios de maldade e astúcia que estou surpresa que você não tenha percebido. Você é inocente demais para este mundo louco.”
Beatrix suspirou, “Eu sei, mas eu pensei que ela era minha amiga.”
Ava deu um tapinha na mão de Beatrix, compreensiva, “Eu entendo, às vezes é difícil saber em quem confiar. Mas agora que você sabe a verdade, você pode seguir em frente e tomar decisões melhores.”
Beatrix assentiu, “Você está certa. Preciso ser mais cuidadosa e observadora daqui para frente.”
Ava sorriu, “Isso aí! E se você precisar de alguém para conversar ou alguém para te proteger, estou aqui para você.”
Beatrix sentiu uma sensação de calor no peito com as palavras gentis de Ava. Apesar de conhecê-la há pouco tempo, sentia que podia confiar nela completamente. “Obrigada, Ava. Você é uma amiga de verdade.”
As duas ficaram em um silêncio confortável por alguns minutos, antes de Beatrix falar novamente.
“Então, como estão as coisas com o Ace? Eu ouvi que ele ajudou a me encontrar. Não sei por que ele está nos ajudando, mas por sua causa, eu vou confiar nele.”
Ava endureceu com as palavras de Beatrix e seu rosto se contorceu numa expressão de preocupação.
“Nós estamos bem, eu acho. Ele tem estado ocupado com o trabalho. Na verdade…” Ava brincava com os dedos e um rubor profundo tomou as suas bochechas.
Beatrix ergueu as sobrancelhas, esperando que ela falasse, mas Ava apenas mordia os lábios, como se estivesse contemplando se deveria contar a Beatrix o que a incomodava.
“O quê?” Beatrix insistiu para que continuasse.
“Estou grávida!” Ava soltou de repente.
Os olhos de Beatrix se arregalaram de surpresa enquanto ela olhava para Ava, sua boca abrindo e fechando enquanto tentava formar uma resposta. Finalmente, ela conseguiu encontrar sua voz.
“Nossa, Ava, essa é uma notícia incrível!” Beatrix exclamou, um sorriso se espalhando pelo seu rosto.
Ava olhou para baixo, o rubor se aprofundando. “Eu sei, só não tenho certeza de como o Ace vai receber isso. Quer dizer, nós não falamos realmente sobre o nosso futuro juntos ou algo assim.”
Beatrix estendeu a mão e segurou a de Ava, dando-lhe um aperto reconfortante. “Tenho certeza que ele vai adorar,” ela disse. “E se não, bem, ele não te merece.”
Ava assentiu, se sentindo um pouco mais confiante. “Obrigada, Bea. Só espero que tudo dê certo.”
Beatrix lhe deu mais um sorriso. “Vai dar certo. E se você precisar de qualquer coisa, você sabe que estou aqui por você.”
Ava retribuiu o sorriso, sentindo-se grata pela amizade de Beatrix. “Eu sei. E estou tão feliz por ter você na minha vida.”
Beatrix concordou. “Eu também.”
“Então quando é que você e o Damien vão se casar? Eu nunca soube que o Rhys também era irmão do Damien. Pelo jeito que ele olha para você eu pensei que ele estava apaixonado por você ou que estava rolando alguma coisa entre vocês dois no clube.”
Ava soltou uma risada ao explicar. Ela vinha pressionando Beatrix para contar o que estava acontecendo entre ela e o Rhys, mas ela nunca disse nada.
Quando Beatrix respondeu à pergunta de Ava, um rubor subiu às suas bochechas, e ela sentiu uma pontada de culpa por não ter sido franca sobre sua situação. Ela havia hesitado em contar à Ava sobre seu envolvimento romântico com os dois irmãos, temendo que sua amiga pudesse julgá-la.
Além disso, Beatrix ainda não havia pensado muito sobre casamento com Damien. Ela não podia deixar de se perguntar o que o futuro reservava para ela e seus relacionamentos com ambos os irmãos.
“Não tenho certeza,” Beatrix respondeu à pergunta de Ava sobre casamento. “Ele ainda não me pediu, então estou apenas esperando para ver o que acontece.”
Ava concordou com a cabeça, mas algo no tom de Beatrix a fez pausar. “Você está bem, Bea?” ela perguntou, preocupação gravada em seu rosto.
Beatrix hesitou por um momento antes de responder. “Eu não sei,” ela admitiu. “As coisas estão apenas… complicadas.”
Ava se inclinou, ansiosa para ouvir mais. “O que você quer dizer?” ela perguntou.
“Estou transando com os dois irmãos…” Beatrix soltou de repente.
Os olhos de Ava se arregalaram em choque com a súbita confissão de Beatrix. Ela sentiu um choque de surpresa e confusão, lutando para processar a revelação inesperada.
“O quê?” Ava sussurrou, com a voz quase inaudível.
Beatrix baixou a cabeça, sentindo-se envergonhada e constrangida pela sua admissão. Ela havia mantido seu envolvimento com ambos os irmãos em segredo por tanto tempo, e agora que a verdade veio à tona, ela se sentia exposta e vulnerável.
“Eu sei, é errado,” Beatrix disse, sua voz mal acima de um sussurro. “Eu nunca planejei que acontecesse assim, mas eu simplesmente não consigo controlar o que sinto.”
Ava respirou fundo, tentando superar o choque e ser solidária à amiga. “Está tudo bem, Bea,” ela disse, tentando soar tranquilizadora. “Não cabe a mim julgar. Mas você sabe que isso não pode continuar para sempre, certo?”
Beatrix concordou com a cabeça, sentindo uma sensação de resignação tomar conta dela. Ela sabia que sua situação era complicada e que alguma coisa teria que ceder eventualmente. Mas por enquanto, ela não conseguia se forçar a largar nenhum dos irmãos.
“Eu sei,” Beatrix disse, sua voz tingida de tristeza. “Mas por enquanto, eu simplesmente não sei o que fazer.”
Ava suspirou, “Mas eu vejo como ambos se importam com você. Você tem sorte de tê-los.”
Beatrix olhou para cima, seus olhos se encontrando com os de Ava. “Eu sei,” ela disse suavemente. “E eu me importo com os dois também. Esse é o problema.”
Ava concordou, entendendo o peso das palavras de Beatrix. “Eu entendo,” ela disse. “Mas em algum momento, você terá que tomar uma decisão. Você não pode continuar enrolando os dois para sempre.”
Beatrix concordou com a cabeça, sentindo o peso da verdade nas palavras de Ava. Ela sabia que não poderia manter isso indefinidamente, mas a ideia de escolher entre os dois homens que amava era quase insuportável.
“Eu sei,” ela disse, sua voz carregada de emoção. “Eu só quero os dois. Eu quero construir uma família com os dois.”
Ava franziu a testa, o peso da situação se assentando pesadamente sobre seus ombros. “Bea, isso não é realmente possível,” ela disse gentilmente. “Você não pode construir uma família com dois irmãos ao mesmo tempo.”
Beatrix concordou com a cabeça, as lágrimas agora escorrendo pelo seu rosto. “Eu sei,” ela soluçou. “Mas eu não posso evitar o que sinto. Eu amo tanto os dois, e não quero perder nenhum deles.”
Ava suspirou, sentindo um senso de impotência tomar conta dela. Ela queria ajudar Beatrix, mas não sabia como.
Ava colocou a mão no ombro de Beatrix, tentando oferecer algum conforto. “Eu sei, Bea,” ela disse. “Estou aqui para você, não importa o quê. E vamos resolver isso juntas.”
A porta de repente se abriu e Beatrix virou-se para encontrar seu irmão, Matteo, parado na porta.
Seu rosto ficou pálido enquanto seu coração batia mais forte no peito.
Desde aquele dia ela não o viu. Ela se perguntou se ele tinha ouvido a conversa delas.
“M-matteo…” ela sussurrou, com a voz mal acima de um sussurro.