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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 56

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  3. Capítulo 56 - 56 Quem é Ela 56 Quem é Ela Hades~
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56: Quem é Ela? 56: Quem é Ela? Hades~
Kael entrou no meu escritório. Uma ponta de agitação ameaçou vir à tona ao vê-lo, mas eu a afastei. Havia coisas muito mais importantes para discutir.

Eu gesticulei para ele se aproximar, em direção à minha mesa. Deslizei o bloco de desenho para ele. Ele o pegou, e sua expressão se tornou séria.

“Danielle,” ele murmurou, a voz baixa. Seus olhos se voltaram para os meus. “Eu não sabia que você desenhava tão bem. Os detalhes são—”
“Eu não fiz isso,” eu interrompi, com uma voz mais incisiva do que precisava ser.

Suas sobrancelhas se levantaram. “Quem?”

“A princesa.”

Ele piscou, como se levasse um minuto para assimilar. “Princesa Ellen de Silverpine?”

“Que outra princesa temos na torre?” perguntei secamente.

Seus olhos voltaram ao desenho, como se o visse pela primeira vez. “Isso é impossível,” ele disse baixo. “Danielle nunca apareceu na TV. Não temos fotos dela por aqui. Ellen e Danielle nunca poderiam ter se encontrado. Ela nunca poderia ter visto uma foto dela,” ele divagou. “Mas—”
“Ela desenhou ela como se Danielle estivesse bem na frente dela. Cada detalhe está correto, até a pinta. Até o brinco que eu dei para ela.”

Kael ficou em silêncio por um longo momento, encarando o desenho com olhos arregalados. Seus dedos apertaram as bordas do papel como se ele pudesse revelar algum segredo oculto se olhasse com bastante atenção.

“Como ela sabe?” ele sussurrou, a voz baixa, como se falar a questão em voz alta pudesse trazer consequências indesejadas.

“Eu não sei,” eu respondi, levantando-me e cruzando os braços. Caminhei até a janela, olhando para as grossas paredes da torre. “Mas não é só este desenho. A princesa sabe coisas, Kael. Coisas que ela não deveria saber. Agora a questão é: Como diabos ela sabe?”

A pele de Kael empalideceu, e ele passou a mão pelos cabelos. Eu sabia que ele suspeitava do mesmo que eu.

“A menos que—”
Mas os olhos de Kael se arregalaram, e ele me interrompeu. “Eu duvido,” ele ofegou. “Não pode—”
Meus olhos se estreitaram. “Você não acredita que ela estava a par do ataque ao veículo deles naquele dia? Está me dizendo que não suspeita que ela possivelmente planejou tudo com o Darius e teve uma participação ativa nisso?” Eu rosnava, cada vez mais enfurecido.

Joguei fora o cigarro que estava fumando e bati com as mãos na mesa, fazendo-o estremecer. “Responda-me!” eu rugei. “Está me dizendo que ela não teve a audácia de orquestrar o ataque?” Minha voz ecoava pelas paredes, a força por trás dela mal contida. Kael estremeceu mas manteve meu olhar, sua expressão conflituosa.

“Estou te dizendo,” ele começou lentamente, a voz instável, “que não há provas. Darius, sim. Mas Ellen? Ela é a princesa de Silverpine! Ela era quase uma adulta quando o ataque aconteceu.” Ele balançou a cabeça, como se tentasse descartar a própria ideia.

Eu me aproximei mais, pairando sobre a mesa entre nós. “E ainda assim,” eu sibilei, “ela desenhou a Danielle. Perfeitamente. Até o último detalhe. Isso não é coincidência, Kael. Ou ela estava lá, ou alguém contou para ela. Alguém que sabe demais.”

A garganta de Kael se movia, e ele abaixou o olhar de volta para o desenho.

“Não me diga que ela já está te manipulando também.” A realização estava derretendo meu último nervo frágil. “Primeiro Amelia, agora você?” Cérbero se levantou, desejando afundar seus dentes na carne. “O que exatamente sobre ela te fez tão malditamente crédulo?”

Kael se enrijeceu diante da minha acusação, a mandíbula tensa enquanto colocava o bloco de desenho de volta na minha mesa. Seus olhos brilharam, mas ele se conteve. “Eu não estou sendo manipulado, Hades,” ele disse, sua voz fria e estável. “Eu estou apenas tentando ver as coisas claramente antes de tomar uma decisão. Você acha que Ellen planejou tudo? Ótimo. Mas não temos provas.”

“Provas?” eu zombei, me afastando dele. “Não precisamos de uma confissão assinada, Kael. Tudo aponta para ela! O desenho, o conhecimento sobre a Danielle, a conexão dela com o Darius—”
“Sim, a conexão dela com o Darius,” Kael interrompeu, agora com a voz afiada. “Mas isso não a faz culpada. E você não está exatamente pensando claramente quando se trata de Ellen.”

Eu parei de súbito, virando-me lentamente para encará-lo. “O que você disse?”

Kael manteve meu olhar, imóvel agora. “Você me ouviu.”

Cérbero se agitou dentro de mim, minha raiva mal contida. “Cuidado, Kael,” eu avisei, minha voz baixa e perigosa. “Você esquece com quem está falando.”

“Hades,” seu tom se tornou mais cauteloso. “Você não sente? Acreditamos que sabemos tudo sobre ela, mas as coisas não são consistentes. Ela não é nada como você poderia ter imaginado. Eu te conheço, Hades. Você não apenas verifica os fatos, você observa, você estuda. Não podemos tirar conclusões precipitadas sobre o envolvimento dela. Se acabar sendo verdade, mudará tudo. E se não for? Ela veio de muito longe do que era antes.”

Foi a gota d’água. Num piscar de olhos, minha mão estava em seu pescoço, levantando-o do chão e erguendo-o no ar. “Por que diabos você se importa tanto com o quanto ela foi longe? Por que você se atreve a se importar tanto? Há algo que você não está me contando?” eu rugi.

Ele apertou minha mão, lutando contra meu aperto. “Hades…” ele engasgou. “Assuma… as rédeas. Você… foi tão… longe. Não volte… atrás.” Meu aperto não cedeu. “Lucian,” ele sussurrou com o último sopro que tinha.

Eu pisquei quando o nome me atingiu no peito, soltando meu aperto e deixando-o cair. Ele caiu no chão, tossindo enquanto massageava o pescoço.

“Saia, Kael. Antes que eu te machuque novamente.” Tirei um cigarro e o acendi.

Kael fez como ordenado, mas, como esperado, ele demorou na porta por um momento antes de finalmente sair.

Eu fiquei lá, a fumaça do meu cigarro se enrolando na luz fraca do escritório, minha mente acelerada. Lucian. Aquele nome ainda tinha o poder de me sacudir, não importa o quanto eu o tivesse enterrado. Kael estava certo sobre uma coisa – as coisas não estavam se somando, não da forma que eu queria que fossem. Mas eu não podia me permitir acreditar que estava perdendo o controle. Não agora.

Caminhei até o desenho novamente, meus dedos traçando o contorno do rosto de Danielle. Era estranho, a maneira como Ellen a capturou, como se a conhecesse intimamente. Mas ela não conhecia. Ela não podia. Ela não deveria – para o próprio bem dela. Se ela estivesse envolvida…

Ela sofreria um destino pior que o de Darius. Eu ainda podia sentir o cheiro de sangue. A brisa gelada que a morte trazia. Tinha sido um rio vermelho naquele dia. Ainda conseguia ver, infiltrando-se nas fissuras da minha memória. Escuro, viscoso, acumulando-se sob ela enquanto eu segurava seu corpo quebrado. O cheiro do ferro preenchia meus pulmões, sufocante, me afogando no peso do que havia sido perdido. O cheiro agudo de chuva misturado com o sal das lágrimas – minhas, dela – se mesclando na terra. Eu podia ouvir os gritos distantes, não de terror, mas de algo mais primal. Dor. Perda. Raiva. Danielle tinha sido a última a morrer em meus braços, um grande buraco onde seu estômago deveria estar, nosso filho arrancado de lá.

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