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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 467

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Capítulo 467: Um Refúgio Seguro

Eve

Um dos maiores quartos do castelo havia sido convertido no sonho de toda criança. As cores preenchiam cada canto—pastéis e tons vibrantes competindo por atenção—e entrar nele realmente elevou meu ânimo, apesar do peso que eu vinha carregando desde o escritório de Hades.

Freddie era uma estátua no canto, ele se curvou ao nos notar.

Retribuímos a saudação.

Havia três camas, cada uma reivindicada por seu ocupante com bichos de pelúcia, cobertores e o precioso caos que só as crianças poderiam criar. A cama de Sophie estava contra a parede oposta, drapeada em roxo e rosa, uma pequena montanha de lobos de pelúcia empilhados no pé. A de Elliot era a mais próxima da porta, coberta por uma colcha com padrão de estrelas, sua coleção de soldados de brinquedo arranjada em cuidadosa formação no criado-mudo. E a de Micah—o irmãozinho de Thea—estava perto da janela, modesta e organizada em comparação com as outras, como se ele ainda não tivesse certeza de que podia se sentir em casa.

Uma estante transbordava de histórias. Materiais de arte espalhados por uma mesa baixa. Um cavalo de balanço no canto. Desenhos presos nas paredes—alguns mostrando famílias de lobos, outros retratando castelos e florestas e coisas que apenas a imaginação de uma criança poderia conjurar.

Era seguro. Era brilhante. Era tudo o que o mundo fora destas muralhas não era.

Era lindo, a expressão de Hades me disse que ele compartilhava meu pensamento.

Sophie estava sentada de pernas cruzadas em sua cama, trançando o cabelo de Elliot enquanto ele se contorcia e reclamava. Micah assistia de sua própria cama, um livro aberto no colo, mas seus olhos nos outros dois, um sorriso hesitante puxando seus lábios.

Eles ainda não tinham nos notado.

“Fique parado,” Sophie ordenou, a língua para fora em concentração enquanto trabalhava. “Você disse que queria parecer um guerreiro.”

“Guerreiros não têm tranças,” Elliot protestou, mas parou de se contorcer.

“Alguns têm,” Micah ofereceu suavemente, levantando os olhos do livro. “Eu li que alguns antigos grupos trançavam o cabelo antes da batalha. Isso o mantinha fora de seus rostos quando não podiam se transformar.”

Elliot se animou com isso. “Sério?”

“Sério,” Micah confirmou, e eu vi Sophie lançar-lhe um olhar agradecido.

Meu coração apertou. Essas três crianças, pegas em uma guerra que não entendiam, de alguma forma encontraram umas às outras. De alguma forma criaram seu próprio pequeno grupo dentro destas paredes.

Sophie tinha se juntado apenas nesta noite, mas pela rapidez com que se aqueceu a Hades, ela não teria problema em construir um vínculo com os outros.

Sophie terminou a trança e a amarrou com uma fita roxa. “Pronto. Agora você parece assustador.”

Elliot tocou-a experimentalmente, então sorriu. “Como estou?” Seus olhos brilhavam com uma alegria infantil.

Um soluço subiu à minha garganta, meus olhos lacrimejando enquanto assistia ele ser uma criança. Eu sempre me perguntava quando ele poderia ser uma criança, mas finalmente obtive minha resposta, e vê-lo ser como deveria ser me encheu de uma alegria tão avassaladora que meu peito doeu.

“Realça seus olhos,” Sophie disse pragmaticamente. “Mas você ainda parece você.”

Foi quando Elliot me avistou na porta. Seu rosto se iluminou instantaneamente. “Mamãe, Papai!:

Ele se lançou da cama e colidiu conosco, envolvendo os braços em nossa cintura. Eu o segurei, cambaleando levemente, minha mão indo automaticamente para o cabelo dele—para a cuidadosa trança que Sophie havia feito.

“Ei, pequeno guerreiro,” murmurei, pressionando um beijo no topo de sua cabeça.

Sophie já estava deslizando para fora da cama, mais digna em sua abordagem, mas não menos ansiosa. “Tia Eve! Tio Luci! Vocês terminaram com as coisas chatas de adulto?”

“Por enquanto,” eu disse, abrindo meu outro braço para que ela pudesse se aconchegar ao meu lado. Por cima de suas cabeças, encontrei os olhos de Micah. Ele ainda estava em sua cama, incerto, como se não tivesse certeza de que estava incluído nisso. “Você também, Micah. Venha aqui.”

Ele hesitou, então cuidadosamente deixou o livro de lado e atravessou o quarto. Quando eu o puxei para o abraço, ele ficou rígido por um momento antes de se derreter, seus pequenos ombros tremendo levemente.

Hades não tem receios sobre isso.

Ele estava quieto.

Olhei para Micah, sua história passando pela minha mente. Seus pais tinham morrido. Ele vinha fugindo por sua vida por território hostil. Esse tipo de segurança devia ser impactante, mesmo sendo alguns anos mais velho que as outras crianças. Era óbvio que a desnutrição havia deixado sua marca nele.

“Vocês estão todos seguros aqui,” eu disse calmamente, significando isso com cada fibra do meu ser. “Eu prometo.”

“Nós sabemos,” Sophie disse, recuando levemente, ela olhou para mim com aqueles olhos velhos demais. “Você e o Tio Luci vão lutar contra as pessoas más, certo? As que machucam todo mundo? Elliot me contou.”

Elliot assentiu com orgulho e piscou com os dois olhos.

Minha garganta se fechou. Como explicar para uma criança de seis anos que a guerra não era tão simples? Que não havia lados puramente bons ou maus, apenas pessoas fazendo escolhas impossíveis?

“Vamos proteger todos que pudermos,” eu disse, ao invés disso. “Incluindo vocês três.”

Micah recuou levemente, suas pequenas mãos ainda agarradas à minha manga. Sua voz mal passava de um sussurro quando ele falou. “Eu posso… posso ver a irmã mais velha?”

Meu coração apertou.

“Ela está no laboratório agora, querido,” eu disse gentilmente, alisando seu longo cabelo loiro para longe de sua testa. “Ela está trabalhando em algo muito importante que vai ajudar a manter todos seguros.”

Seu rosto caiu, e eu observei seu lábio inferior tremer. “Mas… mas eu não a vi o dia todo. Ela prometeu que ia me pôr na cama.”

“Eu sei, ela não esqueceu de você. Ela só—”

Uma batida na porta me interrompeu. Kael estava na porta, e percebi imediatamente que ele carregava um tablet. Sua expressão era suave e quando seus olhos encontraram os de Micah, eles suavizaram ainda mais.

“Achei que isso poderia ajudar,” ele disse, entrando na sala. “Sua irmã ainda está no laboratório, mas…” Ele se agachou no nível de Micah, oferecendo o tablet. “Ela queria ver você também.”

Os olhos de Micah se arregalaram. “Sério?”

Kael assentiu, tocando na tela. Em segundos, a videochamada conectou, e o rosto de Thea apareceu. Ela ainda estava com seu jaleco branco, o cansaço evidente nas olheiras sob seus olhos e na forma como seu cabelo começava a escapar do coque. Mas no momento em que viu seu irmãozinho, sua expressão inteira se transformou.

“Oi, Mickey.” ela disse, sua voz calorosa apesar do cansaço.

“Thea,” o rosto de Micah se iluminou como o sol rompendo as nuvens. Ele pegou o tablet de Kael, agarrando-o perto. “Você está usando o jaleco branco!”

Thea sorriu, embora eu tenha visto isso vacilar levemente. “Eu estou. Estou fazendo ciência de verdade esta noite.”

Micah estendeu a mão, seus pequenos dedos tocando a tela onde seu jaleco era visível. “Isso me lembra de…” Sua voz se apagou, e seus lábios começaram a tremer. “Isso me lembra do papai.”

O ar na sala ficou imóvel.

A compostura de Thea se quebrou. Seus olhos se encheram de lágrimas que ela claramente lutava para conter. “Igual ao papai,” ela sussurrou, sua voz se quebrando nas palavras.

Eu senti a mão de Hades em meu ombro—eu nem percebi que ele havia se aproximado. Ficamos ali, testemunhas desse momento de luto compartilhado entre irmãos que haviam perdido o pai.

“Ele ficaria orgulhoso de você,” Thea continuou, sua voz mais firme agora, mas carregada de emoção. “Muito orgulhoso. Você está sendo tão corajoso, Micah. Tão, tão corajoso.”

Micah limpou os olhos com a parte de trás da mão. “Você vai voltar logo?”

“Vou te ver a primeira coisa da manhã,” Thea prometeu. “E vou me aconchegar com você até você adormecer de novo, ok? Como sempre fazemos.”

“Promete?”

“Eu prometo.” Ela se inclinou mais perto da câmera, como se pudesse de alguma forma atravessar a tela para tocá-lo. “Me conte sobre seu dia. Você… você fez novos amigos?”

Eu ouvi a hesitação em sua voz— a preocupação de uma irmã mais velha que tinha sido afastada de seu irmão, que não podia estar lá para protegê-lo, para garantir que ele estava se adaptando.

Micah olhou para Elliot e Sophie, então de volta para a tela. Sua voz caiu para um sussurro, como se estivesse compartilhando um segredo. “O Elliot tem dentes pontudos.”

Ao meu lado, Elliot tocou nos próprios dentes, constrangido.

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