Ler Romance
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
Avançado
Entrar Cadastrar-se
  • Todos os romances
  • Em curso
  • Concluídas
  • Romântico
  • Fantaisie
  • Urbano
  • MAIS
    • MISTÉRIO
    • Geral
    • Ação
    • Comédia
    • Magia
    • Histórico
Entrar Cadastrar-se
Anterior

A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 414

  1. Home
  2. A Luna Amaldiçoada de Hades
  3. Capítulo 414 - Capítulo 414: Fique
Anterior

Capítulo 414: Fique

Hades

Mesmo quando Cain tentou quebrar a tensão com seu entusiasmo, Kael estava imóvel, congelado onde estava, seus olhos fixos em mim por um tempo preocupante. Ele não piscou — por muito tempo ele parecia preso, como se estivesse congelado no tempo.

Cain percebeu isso, e todos nós paramos. Com a respiração suspensa, esperamos pela reação dele.

Kael engoliu audivelmente, seus lábios finalmente se movendo enquanto seu olhar se fechava. “É mais feio do que eu me lembrava”, ele sussurrou.

Não falamos enquanto o deixávamos aterrissar.

“E tão grande quanto um Lycan transformado…” Seu olhar estava tão focado, mas ele parecia distante, desfeito pelo que estava vendo. Seus olhos se moviam, piscando com medo e uma curiosidade estranha. “As asas…” ele murmurou, engolindo novamente. “São como de morcego?” Ele franziu o nariz. “Mas carnudas. E ensanguentadas.”

Ele deu um passo, depois outro, estendendo a mão tentativamente para me tocar — seja lá o que eu tivesse me tornado.

Ele estremeceu ao fazer contato antes que seu rosto lentamente ficasse sereno. Ele inclinou a cabeça, o medo recuando lentamente, dando lugar a uma curiosidade aberta. “Não é pegajoso,” ele murmurou, levantando lentamente a cabeça para encontrar meus olhos. Eu podia ver cada poro do seu rosto, cada minúscula sarda, a barba rala ao longo do queixo. Era como olhar através de um microscópio.

Kael não recuou. Sua mão permaneceu. Tremia contra o estranho apêndice tenso que eu nunca pensei que teria. Eu notei como suas pupilas dilataram, como se ele estivesse preso entre o espanto e a repulsa.

Ele traçou a mão sobre a extensão, sua mão pequena em comparação. Ele parecia preso naquele espaço liminar onde medo e fascínio eram um só.

Então — antes que eu pudesse registrar — Cain se moveu.

“Dane-se, nada de andar na ponta dos pés,” ele latiu, e com um movimento súbito e chocante ele agarrou Kael pela gola e o jogou nas minhas costas como um saco de farinha.

O sussurro que perpassou a multidão reunida foi afiado o suficiente para cortar. Mães apertaram seus filhos, fugitivos cambalearam para trás em horror, e até mesmo a máscara pétrea de Maera rachou em um leve vislumbre de surpresa.

Um rosnado gutural rasgou meu peito, asas abertas enquanto o instinto gritava para jogar Cain no chão por sua insolência. Minha cabeça girou na direção dele, olhos ardendo em aviso.

Mas antes que minha fúria pudesse atingir seu alvo, a voz de Kael cortou.

“Está tudo bem!” ele gritou, agarrando firmemente à ascensão das minhas escápulas. Sua risada era ofegante, metade em choque, metade em êxtase. “É—” Ele olhou ao redor de sua nova altura, cabelo esvoaçando na rajada provocada por minhas asas. “É na verdade bem legal aqui em cima.”

Os suspiros da multidão se suavizaram em murmúrios inquietos, incredulidade piscando como luz de tocha entre eles.

Cain sorriu, totalmente despreocupado com o rosnado ainda ressoando de dentro de mim. “Viu? Eu disse. Transporte perfeito.”

Kael se inclinou para frente, sua mão pressionando firmemente a base do meu pescoço. Seus olhos verdes, ainda arregalados mas não mais apenas de medo, encontraram os meus.

“Você consegue,” ele murmurou, a voz tão baixa que só eu escutava. “Vamos mostrar a eles.”

Cain bateu a palma de sua mão contra minha asa com uma risada que raspava contra meus instintos. “Se Kael consegue, eu também consigo. Saia do caminho, irmão.”

Antes que eu pudesse rosnar minha recusa, alguns dos fugitivos deram um passo à frente, seus rostos iluminados por uma mistura estranha de medo e expectativa. Um juntou as mãos, oferecendo um impulso a Cain. Outro agarrou o braço dele e puxou enquanto Cain se preparava, claramente aproveitando o espetáculo absurdo.

“Lá vai você, Grande Senhor das Más Ideias,” alguém murmurou, empurrando com o ombro.

Kael riu, ofegante, e se inclinou para estender a mão. “Não quebre o pescoço antes de decolarmos.”

Cain pegou com um sorriso. “Obrigado, pequena raposa.” Com um grunhido, ele foi empurrado e puxado para cima até que escalou as cristas da minha coluna, assentando-se pesadamente logo atrás de Kael.

“Viu? Espaço para toda uma cavalaria,” Cain anunciou, batendo no ombro de Kael como se tudo isso fosse uma grande piada.

Então—agudo, penetrante—o som do choro cortou o momento.

Toda mão estagnou. Toda voz se calou.

Todos nós nos viramos.

Pequena Sábia estava à beira da multidão, seus pequenos punhos esfregando furiosamente seus olhos, suas bochechas molhadas de lágrimas. A visão de seu corpo trêmulo esculpiu um silêncio mais pesado do que qualquer rugido meu jamais poderia.

Sua voz rachou, mas carregou. “Quando verei você novamente? Você voltará?” Ela fungou, esfregando furiosamente os olhos.

O silêncio dobrou e fraturou sob o choro de Sage. Ele me abriu pior do que garras poderiam.

Eu me virei, e Cain também. Seus ombros endureceram, seu sorriso vacilou como se o peso de sua voz pressionasse sobre ele mais forte do que a gravidade.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, eu ouvi. Quase mais do que um suspiro, mas estava lá—”Sophie…” Cain sussurrou, o nome rompendo cruamente de algum lugar profundo. Seus olhos piscaram fechados uma fração de segundo mais longa antes de ele se recuperar. “Sage,” ele corrigiu rapidamente, quase rápido demais, voz áspera, cobrindo com uma risada forçada.

Mas eu ouvi. Quem era Sophie? Outra pergunta que eu investigaria quando voltássemos para a Alcateia Obsidiana—se voltássemos.

O dilema o corroía como fogo e gelo, rasgando-o entre passado e presente, entre fantasmas e a menininha tremendo diante de nós. Seu maxilar flexionou, seus olhos ardendo com algo não dito, e pela primeira vez em anos, Cain parecia… quebrável. Vulnerável.

O Fluxo dentro de mim se agitou, reconhecendo fraqueza.

Eu aproximei minhas asas em torno dele, virando com meu pescoço alongado, baixando minha voz para que apenas ele pudesse ouvir. “Fique.”

A cabeça de Cain se virou para mim, descrença brilhando em seu rosto.

“Você não vem conosco,” eu disse, firme o suficiente para acalmar o ar entre nós. “Um Lycan vale mais aqui do que nas minhas costas. A rebelião precisa de mais dentes se quiser sobreviver à Lua de Sangue que está por vir. E se algo acontecer aqui…” Minha garganta arranhou sobre as palavras, meu peito apertando. “…então você mantém Ellen longe das mãos sangrentas de Darius. Prometa-me.” Não precisávamos que Darius reduzisse nosso tempo ainda mais.

A multidão estava ainda silenciosa, todos os olhos sobre nós, mas naquele silêncio eu senti a respiração de Cain engasgar. Pela primeira vez, sua segurança falhou. Ele assentiu—devagar, pesado, relutante.

Com um movimento fluido, ele pulou para baixo, botas batendo firme na terra.

Os soluços de Sage romperam mais alto, e Maera a colocou no chão. Sage se afundou, pequenas pernas bombeando enquanto corria com toda a desesperação desajeitada de uma criança direto para os braços de Cain.

Ele a pegou instantaneamente, joelhos dobrando para absorver o impacto. Ela se agarrou ao seu pescoço, pequenos punhos se torcendo em sua camisa, chorando com todo o coração.

Ela havia testemunhado Ellen revelar o quanto pouco tempo nos restava, e eu supus que só agora isso estava pesando totalmente em sua mente marcada. O fim estava chegando, e segurar o que amávamos era uma resposta razoável—ainda que fosse um estranho que a tivesse segurado durante a maior parte da nossa breve estadia.

Cain enterrou seu rosto em seus cabelos, seu sorriso desaparecido, sua risada sumida, tudo despojado até que somente a verdade nua permanecesse.

Eu me preparei para minha saída, meu voo. O aperto de Kael apertou, eu o senti se firmar, mudando suas mãos para garras para se segurar.

Cain carregou Sage e virou-se para mim, um sorriso irônico no rosto. “Eu sei que você ouviu o nome dela,” ele murmurou. “Quando você a vir, diga que eu voltarei para casa em breve. Diga que o papai a ama.”

Anterior
  • Início
  • 📖 Sobre Nós
  • Contacto
  • Privacidade e Termos de Uso

2025 LER ROMANCE. Todos os direitos reservados

Entrar

Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Cadastrar-se

Cadastre-se neste site.

Entrar | Esqueceu sua senha?

← Voltar paraLer Romance

Esqueceu sua senha?

Por favor, insira seu nome de usuário ou endereço de e-mail. Você receberá um link para criar uma nova senha por e-mail.

← Voltar paraLer Romance

Report Chapter