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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 412

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Capítulo 412: Outro Caminho?

Hades

Meus músculos se contraíram, minha pele queimava, cada nervo do meu corpo gritava pela familiar pressa da transformação—mas era como se eu estivesse pressionando contra uma porta trancada. Minhas garras não atravessaram. Meus ossos não cederam.

Eu cambaleei, agarrando meu peito como se a pura força de vontade pudesse rasgar o bloqueio. “Não,” eu arquejei, o fôlego rasgando minha garganta.

O lobo de Kael me observava, as orelhas baixas. “Hades?”

O lobo de Cain se aproximava mais, seus olhos dourados se estreitando. Seu focinho abaixou para cheirar, seu hálito frio contra minha pele. Então ele rosnou baixo, o som ressoando através da clareira.

“Não é acônito,” eu sussurrei, o horror me rasgando enquanto minha garganta se fechava. O ar parecia mais pesado, como algo pressionando por dentro e por fora. “Algo está—algo está me bloqueando.”

O silêncio que se seguiu foi brutal. O olhar de Maera ficou mais nítido, a luz da tocha brilhando na cicatriz que dividia seu rosto. Os fugitivos atrás de nós começaram a murmurar novamente, um mar de sussurros subindo como uma maré.

Meus pulmões se esforçavam por um ar que não vinha. O silêncio ao meu redor se adensou até que até mesmo o vento parecia morrer.

O lobo de Cain soltou um som gutural, então sua forma maciça começou a dobrar, encolher, torcer. O pelo recuou, os ossos se encaixaram de volta no lugar. Quando ele ficou de pé novamente, a respiração fumegando na noite, seus olhos não tinham suavizado.

Ele estalou os dedos uma vez. O estalo agudo cortou os murmúrios.

“Chega de especulação,” ele disse, voz de ferro. “Não é veneno. Não é fraqueza.” Seu olhar me perfurou, sem piscar, como se estivesse cravando uma lança direto em meu peito. “É sua esposa.”

Minha garganta se fechou. Uma centena de negações me rasgavam, mas se recusavam a passar dos meus lábios.

Cain inclinou a cabeça levemente, um gesto de lobo ainda persistindo em sua postura humana. “A corrente de Fenrir,” ele disse, lento, deliberado, cada palavra caindo como um martelo na bigorna. “Ela não só amarra seu sangue. Ela amarra sua besta. Quanto mais tempo você estiver separado—pela distância, pelo tempo—mais isso te priva do que você é.”

As palavras eram fumaça e fogo, enchendo meus pulmões até eu achar que iriam estourar.

Eu cambaleei um passo para trás, balançando a cabeça. “Não… não, isso é—”

Mas mesmo enquanto eu falava, minhas garras ainda me recusavam. Meu lobo uivava em algum lugar profundo, trancado atrás de uma parede que eu não podia romper.

Os lábios de Cain se curvaram em uma certeza sombria que fez meu estômago revirar. “Você sentiu isso, não sentiu? O arrasto lento, a maneira como cada mudança tem ficado mais pesada. Isso não é acaso, Hades. Essa é a corrente apertando. Você não pode fugir dela. Não quando ela se foi.”

O ar ao nosso redor ondulava de inquietação. O aperto de Maera em Sage se intensificou; o lobo de Kael rosnou baixo, confusão e fúria sangrando no som. Os fugitivos sussurravam mais alto agora, o medo infectando as fileiras.

Meu peito se abriu com a realização.

Eve.

Era por isso que eu via o rosto dela em todas as superfícies enquanto meu corpo se sentia estranho. Algo estava faltando — e era Eve. Não se tratava apenas de sentir falta dela, era uma questão de precisar dela.

Olhei pela porta dos fundos, o pavor revirando meu estômago. A jornada nem mesmo havia começado e já havia um obstáculo na linha de partida.

Kael voltou à forma original. “Isso não pode estar acontecendo agora,” a frustração colorindo sua voz.

Mas minha mente já estava espiralando com o que isso significava. Como se as apostas já não estivessem altas, como se já não estivéssemos sem tempo. Como se cada momento acordado longe da minha família já não pesasse sobre mim.

Agarrei meu peito, puxando ar para dentro dos meus pulmões, minha mente girando incontrolavelmente com cenários possíveis. Em cada um deles, eu via o rosto de Eve angustiado e desapontado porque eu a havia falhado, falhado nossa família, nosso povo, os inocentes fugitivos de Silverpine.

> “Hades, você não está sem poder,” o rosnar de Cérbero entremeou meus pensamentos angustiantes. “As emoções que você está experimentando agora pertencem a Eve. A ansiedade e o medo dela estão alimentando você através da corrente que liga vocês dois. Afaste isso, Hades, e concentre-se. A resposta sempre esteve dentro de você. Neste momento, você pode sentir o momento mais baixo dela através do vínculo. Você tem que salvá-la. Você deve isso a ela depois de tudo.”

> “Estou tentando, mas só consigo pensar em ir a pé e pegar carona secretamente em transporte público até estarmos perto o suficiente da fronteira para tentar uma corrida até nosso destino.” Eu estava estrategicamente novamente, fazendo concessões com meu plano anterior. As apostas seriam impossivelmente mais altas, mas eu tinha que tentar. Sem comunicação com Obsidian, estávamos completamente por conta própria.

> “Não.” A voz de Cérbero era um eco que afogava todos os outros pensamentos em um instante. “Você sabe que tem outro jeito. Está evitando isso.”

Um arrepio percorreu minha espinha e rapidamente afastei a ideia que havia me assombrado por mais tempo do que gostaria de admitir.

A voz de Kael me trouxe de volta, um brilho conhecedor em seus olhos ágeis. “Eu conheço esse olhar. Você tem um plano.”

A voz de Cain estava afiada com urgência. “Diga logo.”

Balancei a cabeça, olhando para o caminho à frente. “Vou a pé. O resto—”

As palavras nem saíram completamente da minha boca antes que eles me interrompessem com olhares mortais, Maera incluída, sua boca torcida em desaprovação. Eles pareciam preparados para barricar a porta dos fundos só para me impedir de tentar.

“Não há outro jeito—”

Kael balançou a cabeça, sua expressão firme de convicção. “Eu te conheço tempo suficiente para te entender. Você tem outra maneira, mas não quer tentar, por qualquer motivo. Mas você tem que fazer isso.”

Engoli em seco, a memória para sempre fresca na minha mente. A carne manchada de couro vermelho que havia saído da minha pele, as longas asas de morcego carnudas com seus próprios dígitos. A falta de controle que parecia vir com cada horrível transformação. As palavras saíram sufocadas enquanto eu sussurrava para eles.

“Terei que me transformar em um vampiro completo.”

“O quê?”

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