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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 376

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Capítulo 376: Está tudo bem

Olá, sinto muito pelas atualizações inconsistentes, tive uma recaída e estava fraco demais e sem condições mentais para escrever esse tipo de capítulo. Ainda estou me recuperando, mas lutando para superar isso. Estamos prestes a chegar ao final do livro. Temos cerca de 70 capítulos restantes. Espero que continuem a desfrutar do livro até o final.

HADES

Contei os segundos enquanto eles se arrastavam lentamente. A cada momento, o peso no meu peito aumentava junto com as batidas do coração de Kael, que enfraqueciam. Olhei para seu corpo imóvel, o nó na minha garganta sufocando minha paciência. Não tínhamos tempo para esperar, mas eu sabia que todas as suas forças tinham que voltar antes que pudéssemos nos arriscar a fazer barulho.

Se revelássemos nossa posição, perderíamos Kael de qualquer maneira, e tudo isso teria sido inconsequente.

Mordi minha língua até que o familiar sabor de sangue preenchesse meus sentidos.

E então—

Ouvi o último passo desvanecente.

Cain e eu trocamos um olhar antes de eu fechar os olhos, deixando as vibrações ao nosso redor ressoarem nos meus ossos—sentindo, esperando, observando com tudo exceto meus olhos. No início, era meu coração pulsante que eu podia ouvir. Então deixei que ele desaparecesse no fundo do meu subconsciente, permitindo que as ondulações no ar e na terra me entregassem a informação que eu buscava.

Mas não havia nada.

Segundos se passaram.

Até eu ouvir engrenagens mecânicas rangendo à distância—depois um estrondo. Foi assim que soube com certeza que os Gammas estavam de volta em segurança na sua fortaleza.

— E então? — sussurrou Cain, a urgência em sua voz exacerbando a minha.

— A costa está livre — respondi, minha voz baixa.

O salto para a ação foi instantâneo no momento em que as palavras saíram da minha boca. Todos se voltaram para Kael, e eu levei dois dedos até sua garganta para encontrar seu pulso.

Por um segundo angustiante, não encontrei nada—

Depois, um leve pulso na artéria. Encheu-me de um alívio suficiente para me fazer dobrar.

Cain já estava rasgando os restos de suas roupas—arruinadas por garras, dentes e lâmina.

Minha respiração tornou-se superficial quando Cain revelou o ferimento abaixo. Hematomas negro-azulados adornavam o peito de Kael, cortes profundos e sangrentos expondo ossos. Eu podia ver partes onde sua carne já havia iniciado a cura—

Mas o processo havia parado. Como se a cura tivesse começado e então sido violentamente interrompida.

Cain soltou um chiado, e houve um murmúrio desconfortável entre nossos homens.

Eles também podiam sentir—

A dor de ter sua cura arrancada deles.

Agora, com nossa adrenalina diminuindo, o odor repulsivamente corrosivo de dedaleira enchia o espaço roubado.

Recuei, mesmo já sabendo o que haviam feito com ele.

— É óbvio — disse Cain, a voz carregada de acidez suficiente para derreter aço. — Usaram dedaleira, como pensávamos. Mas não para oco—só queriam deter sua cura enquanto o esvaziavam por informações.

Pelo menos não o deixaram oco. Não como Eve.

Tentei manter uma perspectiva positiva, mas isso não fez nada para desfazer o emaranhado apertado da ansiedade no meu estômago.

Virei a cabeça, com a mandíbula cerrada tão apertada que pensei que pudesse rachar.

Não.

Tirei isso de mim.

— Isso foi deliberado — continuou Cain, agachando-se ao lado de Kael. — Eles não queriam ele morto. Só quebrado. Só… lento o suficiente para falar.

Engoli o bile na garganta. Minhas mãos pairavam sobre o peito de Kael, inseguras se deveriam tocar ou recuar. Seu corpo estremecia a cada respiração como se estivesse sendo socado por dentro.

— Ele está congelando — murmurou um de nossos homens, a voz tensa de pânico. — Ele não está regulando sua temperatura corporal.

— Precisamos de calor. Agora. — Minha voz cortou o espaço.

Mantas já estavam sendo retiradas das mochilas, casacos sendo arrancados das costas.

Uma fogueira não podia ser acesa—não sem revelar nossa posição.

Então nos viramos para o calor do corpo e camadas de tecido, enrolando Kael até que apenas o sangue em sua garganta permanecesse visível.

Cain pressionou as costas da mão na bochecha de Kael. — Seu coração está desacelerando de novo.

— Precisamos levá-lo a um médico.

— Nós somos os médicos — retrucou Cain. Então, mais suave. Mais quebrado—

— Pelo menos essa noite somos.

O silêncio que se seguiu tinha um gosto amargo.

Observei o rosto de Kael, esperando algum sinal, algum tremor—qualquer coisa.

Mas ele não se mexeu. Seu peito subiu uma vez… depois parou.

Tempo demais.

Parado demais.

— Não—não, não, não. — Caí de joelhos e agarrei seu ombro. — Kael. Kael, você não está fazendo isso. Ouviu-me?

Nada.

— Kael! — Minha voz quebrava enquanto eu me inclinava. — Você não tem permissão para morrer. Não depois de tudo. Não quando acabamos de te trazer de volta.

Ainda nada.

Cain deu um passo para trás, me dando espaço, mas eu podia sentir o peso de seu olhar em mim. Todos podiam ouvir como minha voz estava se desfazendo.

Inclinei-me para frente, a testa encostando na têmpora de Kael, respiração superficial.

— Você se lembra daquela noite estúpida na ravina? Quando tínhamos sete anos e você me disse que poderia voar do penhasco se convocasse Elysia?

Soltei uma risada seca, mais quebrada do que divertida.

— Eu te disse que a gravidade não dava a mínima para lobos—mas você ainda pulou. Você gritou até lá embaixo até bater na água e quebrar o cóccix. Você não conseguia sentar por uma semana.

Minha garganta ardia.

— Você disse que valeu a pena. Que a queda parecia voar.

Ainda nada.

Meus dedos se apertaram mais forte no tecido da camisa arruinada de Kael, nós dos dedos pálidos com a força disso.

“Você lembra daquela noite? Quando você tentou fazer stand-up comedy nos velhos quartéis sem a permissão do velho rei? Uma das muitas vezes que nos esgueiramos para dentro?”

Eu fechei os olhos, a memória sangrando como luz através de pedra rachada.

“Nós tínhamos sete anos,” eu sussurrei, a voz se despedaçando. “Seu timing era horrível. Suas imitações eram piores. Ninguém estava ouvindo. Só eu.

Você apenas ficou em pé naquela caixa tola virada de cabeça para baixo com aquela coroa de papel boba na cabeça, contando piada após piada como se alguém tivesse prometido um reino se você conseguisse nos fazer rir.”

Um som úmido escapou de mim—meio riso, meio soluço.

“Mas ninguém se importava. Todos continuavam apenas comendo, lutando, te ignorando como se você nem existisse.”

Olhei para ele, para o sangue crostado no lábio dele. Ele estava tão imóvel.

“E então Cain—” Minha voz falhou. “Cain se levantou. Não disse uma palavra. Apenas caminhou até o centro da sala e disse, ‘Vocês vão rir agora.'”

Cain se mexeu ao meu lado, tirando o casaco silenciosamente. O movimento era lento, sombriamente—como se soubéssemos o que viria a seguir, mas ninguém ousasse falar.

Até nossos homens estavam completamente silenciosos, o que teria sido impossível para um bando barulhento de soldados em qualquer outra situação.

“Você se lembra disso?” Perguntei, sem esperar uma resposta.

“Ele ficou lá como um maldito general na inspeção. Fez cada recruta na sala sentar suas bundas e ouvir.

Ordenou que ríssemos após cada piada. Forçou até que—”

Engoli em seco.

“Até começarmos a rir de verdade. Porque deuses me ajudem, Kael… você foi realmente engraçado. Você fez Cain dar risada. Sabe quão difícil isso é?”

Cain não falou, mas eu o ouvi ajoelhando.

Sem cerimônia, ele puxou Kael gentilmente para o colo, envolvendo ambos os braços ao redor dele.

Seu peito pressionado contra as costas de Kael, uma mão no esterno, a outra segurando o pulso mole de Kael como uma âncora, enquanto o envolvia em seu pelo.

A voz de Cain era baixa, rouca em minha mente através do vínculo.

“Ele está congelando. Meu núcleo está estável. Talvez ajude.”

Assenti, palavras trancadas por trás de mil emoções que não podia me permitir sentir.

Kael não se mexeu.

Estendi a mão novamente, passando um polegar ao longo da lateral de sua mandíbula, observando por um espasmo, um piscar de olhos—qualquer coisa.

“Vamos,” sussurrei, a voz se quebrando. “Se você precisasse acertar um punchline… é agora.”

Mas ele permaneceu em silêncio.

E fora do abrigo, a escuridão apertava mais.

O peso do mundo mudou ligeiramente—esperando Kael voltar…

Ou não.

Um espasmo—

Eu estremeci—

Sua voz era irreconhecível, um croak engasgado raspado cru de sua garganta. Mas a leveza permaneceu. Baixa. Zombeteira. Ainda Kael.

“O que você chama um rei…” ele ofegou, respiração engasgando entre as sílabas, “…que não consegue contar até dez?”

Meu coração tropeçou. Cain congelou abaixo dele, orelhas tremendo.

Os lábios de Kael mal se moviam, mas me inclinei, cada átomo de mim se esforçando para captar o resto.

“Um… real problema em matemática.”

Foi horrível.

Foi estúpido.

Foi tão ele.

Soltei um som que não reconheci—meio soluço, meio riso, completamente despedaçado.

Cain exalou bruscamente pelo nariz, o mais próximo de uma risada que ele permitiria nessas malditas circunstâncias.

“Seu desgraçado,” murmurei, pressionando uma mão trêmula na bochecha de Kael. “Seu absoluto desgraçado.”

O sorriso de Kael tremeu. Quase não estava lá. Mas estava.

“Foi… uma das boas?” Ele crocitou de novo, olhos oscilando sob pálpebras machucadas.

Cain soltou um baixo rosnado de descrença—afeição embrulhada em exaustão. “Você soa como a morte e ainda está tentando uma risada?”

O ombro de Kael se moveu com o fantasma de um encolher de ombros. “Morrer… é ruim para minha confiança.”

Bufei pelo nariz, afastando o cabelo úmido de sua testa. “Você não está morrendo.”

“Poderia ter me enganado.”

“Você não está,” rosnei. “Eu não carreguei sua bunda quase morta para fora daquele inferno só para você fazer trocadilhos e morrer em mim, de qualquer forma.”

Kael piscou lentamente, olhos vidrados mas fixos nos meus. “Você estava preocupado.”

“Eu estava homicida,” corrigi. “Ainda estou.”

Ele sorriu novamente—torto, delirante, sangrando.

Cain pressionou mais, seu corpo maior ainda curvado protetoramente atrás de Kael, calor irradiando em ondas constantes.

Ele fechou os olhos, sentindo os sinais vitais de Kael através de seu pelo.

Quando ele os abriu, meu estômago revirou com a tristeza em suas profundezas.

O silêncio envolveu o espaço—

Até que Kael quebrou ele mesmo.

“Eu sei que estou morrendo, Lucien. Está tudo bem.”

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