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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 367

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Capítulo 367: Em Sincronia

Hades

Os renegados fizeram o mesmo e formamos uma frente unida ao colidirmos com a onda de monstros.

Garras dilaceraram o silêncio estéril. Carne encontrou presa, aço chocou-se com osso. O corredor explodiu em caos—belo, primitivo, encharcado de sangue.

Minha cabeça esquerda se virou para o Feral mais próximo, mandíbulas se fechando em sua garganta com força suficiente para partir sua espinha. A cabeça direita rasgou outro de membro a membro enquanto a central mantinha os olhos na horda à frente. Sempre em frente. Sempre caçando.

A besta de Cain era mais esguia, um borrão negro e jagged que se movia como raiva líquida—rasgando os Selvagens com violência calculada. Um de seus renegados foi derrubado por três criaturas, mas Cain se lançou, pegou todos de uma só vez e os esmagou contra a parede até os azulejos racharem.

“Mantenham a formação!” eu rosnei através do vínculo, voz gutural em minha forma Lycan. “Não deem uma abertura para eles—avancem!”

“Entendido,” veio a resposta de uma Gamma através da conexão mental, dentes expostos e tensionados, mas focados.

Mais Selvagens derramaram das paredes abertas, seus corpos se retorcendo com espasmos inumanos. Alguns rastejavam como aranhas. Outros corriam em duas pernas, rosnando como se lembrassem de já ter sido homens. Eles não sangravam vermelho. Eles sangravam preto—e isso fumegava.

A barreira atrás de nós se fechou.

Estávamos trancados.

Uma armadilha.

Ou um teste.

E ainda assim…

O sangue de Kael correu para frente.

Passou pela horda. Passou pelo carnificina. Passou pela loucura.

Minha mente se dividiu em três—uma parte lutando, uma parte calculando, uma parte rastreando.

Ele ainda está sangrando.

Ele ainda está próximo.

Ele ainda está vivo.

Mas por quanto tempo?

Esmaguei outro Feral, prendendo sua mandíbula sob minha pata enquanto jogava meu corpo contra ele, espalhando sangue preto pelas paredes. Ele chiou ao tocar a luz, chiando como ácido.

“Eles não foram feitos para sobreviver à luz solar,” Cain rosnou ao meu lado, ofegante, sua forma bestial marcada por cortes. “Precisamos de UV. Precisamos de prata.”

“Precisamos acabar com isso,” eu rosnei.

Mais entraram.

Das paredes. Do teto. Do chão.

O corredor gritava com eles.

Corpos retorcidos. Bocas quebradas. Olhos sem pupilas reluzindo com nada além de fome.

Eles vinham em ondas, e as ondas não paravam.

Eu também não.

Eu me lançava, desfocava, rasgava. Minhas garras cortavam os ossos como pergaminho. Um piscar—eu estava atrás de um grupo, mandíbulas arrancando uma espinha. Próximo piscar—eu estava na frente deles, batendo três crânios juntos como lâmpadas de vidro.

Algo frio e quente ao mesmo tempo—deslizando sob minha pele, rastejando no meu peito, florescendo por meus membros como fumaça com luz das estrelas misturada.

O Fluxo.

Sempre tinha tomado.

Sempre tinha consumido.

Mas desta vez, ofereceu.

Sem palavras sussurrantes de veneno, sem reivindicar músculos para ceder.

Apenas poder—bruto e esperando.

E eu o tomei.

Eu o empunhei como uma lâmina forjada só para minha mão. E quando me movi novamente, eu não apenas mudei—eu fraturei o espaço.

O mundo se tornou um borrão.

Meu corpo se dividiu em movimento, deixando imagens remanescentes de mim mesmo como se o tempo estivesse lutando para acompanhar.

Garras tornaram-se relâmpagos.

Mandíbulas tornaram-se trovões.

Eu rasguei quinze Selvagens em uma única passagem, o corredor se enchendo de cinza preto e gritos de fragmentos de ossos. Cain se contraiu de costas para mim, ofegante.

“Que diabos você é?” ele arfou, voz mal audível sobre o ruído do sangue.

“Eu não sei,” eu respondi.

Mas eu sabia.

Não Hades.

Não apenas Lycan.

Não apenas amaldiçoado.

Eu era a arma que o Fluxo nunca poderia controlar.

E agora era minha.

Mas mesmo enquanto a horda diminuiu—dezenas se tornando poças, gritos se tornando silêncio—eu podia sentir.

A frustração.

Queimando atrás de minhas costelas.

O sangue de Kael estava mais fresco aqui. Isso significava que ele estava à frente. Mas ele estava desacelerando. Sua trilha arrastava como se ele estivesse rastejando—ou morrendo.

E ainda assim essas coisas continuavam vindo.

Por quê?

Por que tantos? Por que este quarto?

Por que aqui?

Era para nos manter afastados—

—ou para manter Kael dentro?

Outro grito percorreu o corredor.

Outra porta se abriu com um estrondo.

Outro exército.

A raiva explodiu em meu peito.

Eu a liberei.

Mas não foi um rugido, foi uma explosão que deveria ter transformado minha garganta em polpa.

O tipo que rachou planetas. O tipo que fez deuses tremerem.

O Fluxo não lutou contra mim.

Ele me seguiu.

Fogo prateado explodiu dos meus membros, escorrendo pelas minhas garras como óleo em chamas. Selvagens se desfizeram em contato, gritando enquanto a luz os consumia.

Mas ainda assim…

Ainda assim…

Kael.

Seu coração estava desaparecendo.

Eu podia sentir no chão.

Enfraquecendo. Desvanecendo.

Não.

Eu rasguei mais uma dúzia com um grito que sacudiu as paredes.

“Precisamos nos mover!” eu rugi para os outros. “Eliminem-nos e abram caminho! Eu abrirei caminho—agora!”

Cain assentiu, presas ensanguentadas à mostra. “Então vá.”

Cain rosnou enquanto rasgava sua garra através da garganta de outro Selvagem, sangue preto salpicando seu peito. Ele cambaleou para trás, respiração entrecortada, então olhou para mim com uma determinação que eu reconheci—raiva envolta em propósito.

“Eu os manterei,” ele disparou, batendo seu ombro contra uma abominação rastejante e pisando em seu crânio. “Eu e meus homens—manteremos o caminho limpo.”

Eu congelei no meio do ataque.

“O quê?”

Cain encontrou meus olhos, ofegando. “Você me ouviu. Siga o sangue. Encontre Kael.”

Meu instinto recuou. Deixá-lo? Nisso?

O corredor ainda estava rastejando. A próxima onda já estava se formando, sombras se distorcendo em movimento atrás das paredes. Cain e eu já havíamos cruzado espadas, temperamentos e poder mais vezes do que eu poderia contar—mas deixá-lo agora, aqui, com a prole selvagem dos horrores falhados de Darius? Parecia traição.

Eu olhei para baixo.

O sangue de Kael—ainda cintilante, ainda quente—curvava-se abruptamente para a esquerda, desaparecendo na escuridão profunda de outro corredor. As manchas estavam mais grossas. Ele estava falhando. Sangrando até a morte.

Cain grunhiu, balançando forte e mandando um Selvagem voar para a parede, rachando osso.

Ele se virou para mim, e desta vez… ele sorriu.

“Não se preocupe comigo agora,” ele disse, voz áspera. “Vá pegar o Beta.”

Eu olhei para cima.

E vi.

Não o sorriso. Não as presas.

Os olhos.

Aquela mesma suavidade que eu não via desde que éramos crianças. Antes das guerras. Antes de Vassir. Antes que eu me tornasse tudo o que ele temia e odiava.

O corredor vibrava sob nossos pés.

As paredes gritavam.

Mas eu só vi meu irmão.

Por um momento, um piscar de tempo, nós ficamos parados.

E então eu rugi.

Não de raiva.

Mas de algo mais profundo. Mais antigo.

Um chamado.

Um comando.

Não foi ouvido por ouvidos—foi sentido por células. Isso atingiu os Selvagens como uma detonação de vontade. Cada besta ao alcance congelou em meio ao salto—então colapsou. Um por um. Corpos caindo no chão como marionetes com suas cordas cortadas. Garras arranhavam o azulejo. Mandíbulas se fecharam. Então silêncio.

As luzes vermelhas piscando no teto piscaram.

Uma vez.

Duas vezes.

Então—

“FREQUÊNCIA RECONHECIDA.”

“LYCAN PRIMUS IDENTIFICADO.”

“INICIANDO PROTOCOLO DE SUBMISSÃO.”

Todas as luzes de emergência diminuíram. Os alarmes estridentes reduziram a um único tom baixo.

Cain piscou. “Que diabos—”

Eu não respondi.

Eu já estava me movendo.

Mais rápido que o pensamento.

Porque agora eu sabia.

Este lugar não era apenas um laboratório.

Era um cofre.

Um cofre que reconheceu apenas um mestre.

E acabara de se curvar para mim.

Mas não havia tempo para descobrir por quê.

O corredor além estava agora silencioso. Silencio demais.

Sem alarmes.

Sem monstros.

Apenas o sussurro escorregadio de sangue sob nossas botas e o leve zumbido estático de algo antigo despertando.

Minha respiração saiu em vapor. O Fluxo dentro de mim havia se aquietado, mas não ido embora. Pulsava baixo sob minha pele como um segundo coração, observando, esperando. Minha forma Lycan ainda cintilava com luz prateada, garras se contraindo como se prontas para matar novamente.

Cain e os desordeiros restantes alcançaram, ensanguentados mas de pé.

Não falamos.

Não havia necessidade.

A trilha de Kael era tudo que seguimos.

Pelo corredor. Através de mais duas passagens vazias. Passando por algo que parecia tanques de incubação, há muito drenados e enegrecidos pela decadência. Quanto mais fundo íamos, mais frio ficava—inaturalmente. As paredes aqui eram mais grossas, curvas com precisão cirúrgica. O próprio ar zumbia como se lembrasse de gritos.

Então encontramos.

Uma porta sem emendas—duas vezes a altura de qualquer homem, forjada de uma liga pálida que não parecia nem metal nem pedra. Não havia maçanetas. Nem emendas.

Apenas um único scanner ao lado da moldura, piscando suavemente. Esperando.

Um dos homens de Cain deu um passo à frente, mancando. “Deixe-me tentar—”

“Não.” Eu estendi uma mão. “Está codificado.”

Eu me aproximei.

E não precisava de instruções.

O scanner pulsou enquanto lia minha proximidade, então lançou uma fina luz azul em meu rosto.

VARREDURA INICIADA.

CONFIRMAÇÃO RETINAL REQUERIDA.

Eu abaixei a cabeça, deixando o scanner ler meus olhos.

Nada aconteceu.

O scanner apitou uma vez.

Depois duas vezes.

ERRO. RETINA DESCONHECIDA. ACESSO NEGADO.

Cain xingou baixo. “Eles bloquearam.”

“Não,” eu murmurei, endireitando.

Eu sabia o que precisava.

Eu mudei novamente—não para minha forma completa, mas para algo entre. Meus ossos estalaram, remodelando. Minha pele empalideceu para cinzas, e quando abri os olhos novamente, o mundo ficou sobrenaturalmente nítido. Era apenas um palpite, mas… se o rugido funcionou, talvez…

Inclinei-me.

O scanner pulsou—depois parou.

Um batimento de silêncio.

Uma interrupção no seu brilho.

Então:

…RECONHECIDO.

OLHO VAMPÍRICO DETECTADO. CLASSE DE ANOMALIA: DESCONHECIDA.

ACESSO CONCEDIDO A SUBJETIVIDADE: HYBRID PRIMUS.

A porta chiou. Uma lenta e pesada inspiração, como se o próprio cofre acabasse de despertar de séculos de sono.

Então ela se abriu.

Suave.

Silenciosa.

Para uma nova camada deste mundo que acabamos de entrar.

“Como você descobriu isso?” Cain perguntou enquanto entrávamos.

“Tenho razão para acreditar que o fluxo em mim pode se sincronizar com este lugar. Ele o acha familiar, então permite o desarmamento.”

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