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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 340

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Capítulo 340: De Volta para Casa

Eve

Luz filtrou na escuridão, meus membros muito pesados para bloquear o assalto iluminador aos meus sentidos. Lentamente, levantei minha cabeça, mesmo quando meu pescoço parecia estar sendo pressionado por uma bigorna.

Toda superfície e canto de branco em que me encontrava era de uma única cor; branco. Instantaneamente o pânico subiu em minha garganta, me sufocando. O que eu estava fazendo no quarto branco, depois de ter acabado de sair do quarto preto. Será que de alguma forma fiquei presa na psique de Hades, mesmo que tudo ao meu redor tivesse desmoronado por causa do ataque dos marcadores de Fenrir. Eu me perdi assim como Hades?

O horror subiu pela minha espinha enquanto eu me sentava totalmente na cama que estava estranhamente mais macia do que eu lembrava. Ao agarrar a borda do cobertor fino, uma dor cortante passou pela minha mão, um fio puxando minha carne.

Puxei-o, tirando a agulha, o sangue instantaneamente borbulhando até a superfície, mas eu não tinha tempo para deixar a dor ser registrada. Minhas pernas bateram no chão e me ergueram.

O chão correu para me encontrar—mas não porque eu havia me lançado.

Porque eu estava caindo.

Minhas pernas cederam antes que eu pudesse ficar totalmente de pé, meus joelhos dobrando enquanto meu peso se amassava como papel. Um suspiro agudo saiu da minha garganta, o pânico subindo mais alto que a razão. Eu estendi minha mão por algo—qualquer coisa—mas o quarto branco imaculado não ofereceu âncora.

E então—

Som estridente.

Um guincho agudo cortou o ar como uma faca através da seda. Luz vermelha banhou o teto. Uma sirene? Não—um alarme. E estava gritando por mim.

Minha respiração travou. Meu corpo ficou tenso. O que eu fiz? O que eu desencadeei?

Passos trovejavam além das paredes. O som de botas. Vozes. Ordens.

Um clique ecoou da porta à frente—metal contra metal—antes de se abrir com precisão mecânica.

Eu recuei, coração disparado. Meu corpo lembrava de muitas coisas. Dor. Amarras. Traição. Minhas mãos se fecharam em punhos, minha palma ensanguentada tremendo.

Deixe-os vir.

Eu iria lutar.

Mas em vez de agulhas e amarras, duas figuras de branco entraram—não com malícia, mas com admiração.

“Sua Alteza,” um deles suspirou.

Antes que eu pudesse responder, eles estavam se ajoelhando.

Ajoelhando-se.

“Cuidado!” outra voz latiu atrás deles. “Ela está desorientada. Ela ainda está se adaptando após o Rito—tirem a faixa do pulso dela.”

Mãos atingiram-me—não para ferir, mas para equilibrar. Para ajudar.

Eu congelei.

“O que—?”

Então a terceira sombra preencheu a porta.

Imponente. Régio, mas com a ligeira corcova de um homem velho. Familiar.

Montegue.

Ele entrou como se pertencesse ali, seus olhos afiados e inescrutáveis—mas não sem bondade. Em seus braços estava um embrulho envolto em tecido azul marinho macio, uma mãozinha segurando sua lapela.

Elliot.

Meus lábios se abriram, um soluço preso entre descrença e alívio.

E logo atrás deles—

Lucinda.

Os olhos dela fixaram-se nos meus—e algo dentro dela se despedaçou.

“Eve!” ela arfou, avançando apressada. Sem hesitação. Seus braços se fecharam em torno de mim antes que eu pudesse decidir se estava sonhando. O que diabos ela estava fazendo?

“Sinto muito,” ela sussurrou contra meu cabelo. “Sinto muito por não estar lá—eu não sabia—você não deveria—” Eu nunca estive tão confusa em minha vida. O corpo dela estava quente, mas sua estrutura ossuda.

Eu não conseguia respirar.

Não de medo.

Mas de algo perigosamente próximo à segurança.

Para ser abraçada.

Eu não relaxei.

Não totalmente.

Mas parei de tremer.

Apenas o suficiente para sussurrar, “Onde… onde estou?”

Lucinda recuou, sua mão segurando meu rosto com cuidado trêmulo.

“Você está na enfermaria,” ela disse. “Você está segura. Elliot está seguro, Hades está seguro.”

Eu pisquei, as palavras eram estranhas e impossíveis.

“Você está bem,” Montegue confirmou calmamente, avançando, Elliot ainda agarrado ao seu colarinho. “Você sobreviveu à purga. Você venceu, Eve.”

Minha visão ficou turva. “Não,” eu sussurrei. “Nós vencemos.”

E Elliot estendeu uma pequena mão em minha direção—seu toque leve.

Firme.

Quente.

Ele olhou ao redor, abrindo a boca, mas sua hesitação era palpável.

“Ellie,” eu sussurrei, estendendo a mão mesmo quando meus braços tremiam pelo meu corpo estar mais pesado do que eu me lembrava. Depois de flutuar ao redor, o reino de Hades por um tempo tinha tornado o mundo físico denso demais, real demais, barulhento demais.

Eu o alcancei mesmo assim.

Elliot soltou a lapela de Montegue, seus bracinhos vieram para me rodear tão suavemente quanto ele conseguia, como se ele percebesse cada hematoma que eu não conseguia sentir. Seu cheiro encheu meus sentidos, meus pés tocando verdadeiramente o chão agora. Eu me sentia ancorada nesta realidade. Eu não tinha falhado, por causa dele.

Ele enterrou o rosto em meus ombros, suavemente, como se eu fosse a coisa mais delicada.

Enterrei meu rosto em seu ombro, deixando minhas lágrimas caírem, silenciosamente, quentes e cruas. Ele me segurou como se pudesse me manter unida.

“Você veio,” eu sussurrei, minha voz tão frágil que podia ter se quebrado ao atingir o ar. “Você o salvou.”

“Você tornou isso fácil,” Montegue disse, “Ele disse que você abriu o caminho. Ele sabia que se encontrasse você, ele encontraria Hades.”

“Você ficou ausente por dois dias no Sanctum.” Lucinda informou, me surpreendendo. Ela se aproximou suavemente, sua presença suave, em contraste com a mulher de atitudes duras que eu tinha aprendido a temer. “O rito continuou e mesmo quando Elliot dormia, tínhamos medo de que já fosse tarde demais.”

Eu não conseguia formar palavras enquanto ela continuava.

“Você morreu por um momento.” Ela me contou, sua voz acalmante como se para não me assustar. “A purga tirou muito de você.”

Minha respiração parou. Não porque eu não acreditasse nela—mas porque alguma parte de mim se lembrava disso. O silêncio. A leveza. O puxão doloroso de algo antigo se desfazendo dentro de mim.

Lucinda assentiu solenemente. “Você quase não voltou.”

“Mas ela voltou,” Montegue disse firmemente, e pela primeira vez, eu ouvi—não comando, não formalidade.

Orgulho.

Uma coisa estranha, vinda de um homem como ele. Mas se instalou em meu peito, aquecido e inquietante ao mesmo tempo.

“Quero ver Hades,”

Lucinda e Montegue trocaram um olhar. Não do tipo que me descartava—mas do tipo que carregava um peso não dito. O tipo que vinha logo antes de dizer não.

Montegue foi o primeiro a falar. “Ele está em contenção.”

Meu pulso falhou.

“Para garantir que o Fluxo realmente se foi,” ele adicionou cuidadosamente. “Existem protocolos, Eve. Mesmo com os resultados que vimos—o que aconteceu no Sanctum—ainda é cedo demais para ter certeza.”

“Você está errado,” eu disse calmamente.

As sobrancelhas de Montegue se ergueram.

Eu apertei meu aperto em torno de Elliot, depois o soltei gentilmente, entregando-o de volta aos braços de Lucinda. Ela o pegou sem protesto, segurando-o próximo enquanto seu olhar se prendia a mim, amplo e atento.

“Eu sei que se foi,” eu disse, levantando-me cambaleante. “Eu senti isso sair dele. Eu observei isso se desfazer. Eu falei com o que restava. Eu quero estar com Hades agora.” Elliot se aconchegou mais perto de mim, derretendo-se em mim. Ele queria estar lá também.

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