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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 335

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Capítulo 335: Esperança Morta

Eve

Eu pulei de Cérbero antes mesmo dele parar de se mover.

A pedra sob minhas patas estava molhada — escorregadia com algo grosso e metálico — e o ar fedia a sangue, magia queimada e sofrimento bruto. Meu peito arfava enquanto eu tropeçava para frente, meio transformada, membros puxando entre lobo e mulher enquanto eu avançava através da escuridão.

> “Hades—”

Minha voz se quebrou.

Outro som me respondeu. Um gemido. Frágil. Humano. Engasgado de dor.

Ele estava vivo.

Eu não esperei. Eu não pensei.

Eu corri.

A Sala Negra pulsava ao meu redor como um coração agonizante. As paredes sangravam memória — antiga e recente, camadas de rachaduras e sigilos gritando que se torciam quando eu passava. O ar ficou mais frio. Pesado com angústia, encharcado de sofrimento.

E mais alto.

O Marcador estava vindo.

Não apenas em tremores agora.

Não apenas em zumbidos.

Ele uivou.

Como algo antigo renascendo através de fogo e fúria.

Como uma promessa feita pelos deuses — cumprida em ruína.

As paredes atrás de mim se dividiram com veias ardentes, derramando luz que não era luz. Um uivo rasgou o corredor — Cérbero, rosnando de volta ao surto. Segurando-o.

Por mim.

> “Aguente firme,” eu sussurrei, metade para ele, metade para Hades, correndo em direção ao som que não tinha caminho — apenas instinto.

Seu cheiro me atingiu primeiro.

Couro queimado. Cinza. Sal. Sangue. Tanto sangue.

Eu virei em um canto e vi ele.

Caído no centro da câmara, contorcendo-se no chão como algo preso entre mortes. Veias escurecidas com Fluxo ainda marcavam seus braços, torcendo-se através da pele como raízes venenosas. Seus olhos estavam fechados, seu rosto pálido, boca cerrada.

Mas era ele.

“Hades!”

Eu me transformei em pleno passo, pelos recuando para a pele, garras recolhendo. Meus joelhos atingiram a pedra forte enquanto eu deslizava ao lado dele, segurando seu rosto.

Sua pele queimava sob minhas mãos.

> “Estou aqui. Estou aqui, eu te encontrei—”

Seus olhos se abriram. Vermelhos. Vidrados. Mas focados. Em mim.

Mas não com alívio.

Nem mesmo confusão.

Com ameaça.

Com suspeita pura e afiada.

> “Você não é um dos meus,” ele disse, voz fria como ferro.

Seu olhar percorreu meu rosto — mecânico, avaliatório, como se ele estivesse catalogando a forma do meu crânio em busca de fraquezas. Então, ele caiu sobre meu pescoço. Minha boca. Ele se inclinou, narinas dilatando.

> “Sem presas,” ele murmurou. “Você não é Lycan.”

Ele recuou ligeiramente, e seus lábios se curvaram — não de dor. De desprezo.

> “Você é lobisomem.” Sua mão se mexeu. “Valmont te enviou.”

Eu pisquei, atordoada.

> “Não—Hades, sou eu. É Eve. Eu—”

Mas ele já estava se movendo.

Seu punho bateu na minha caixa torácica, tirando o ar dos meus pulmões antes que eu pudesse me transformar ou me preparar. Meu corpo voou para trás, se chocando contra a parede com um som surdo. Eu mal tive tempo de gemer antes que seu peso seguisse. Ele estava sobre mim em um instante, um joelho pressionado contra meu esterno, me prendendo como presa.

> “Me diga a verdade,” ele sibilou, suas garras pairando logo acima do meu olho. “Até que ponto você está infiltrada nas fileiras deles? Quem te ensinou a imitar a voz dela?”

Eu ofeguei, sangue na minha boca.

> “Eu não sou uma espiã—”

> “Não minta para mim!”

Sua mão se fechou ao redor da minha garganta. A pressão não era hesitante. Era prática.

Ele já havia feito isso antes.

> “Você acha que eu não sei o que eles estão fazendo? Enviando fantasmas. Rostos que eu costumava amar. Você acha que eu não vi isso?”

Sua voz quebrou.

E ainda assim, ele não afrouxou o aperto.

Eu arranhei seu pulso, não para machucá-lo, mas para segurar. O ar rareou. Minha visão duplicou.

> “Você não é real,” ele sussurrou, mais para si mesmo do que para mim. “Ela está morta. Você é outro truque.”

Então vieram as garras.

Puxadas. Miradas. Prontas para me acabar.

Mas eu o peguei.

Mal.

Minha mão disparou, se curvando ao lado de seu rosto. Pele quente. Ossos familiares. Inclinei-me, ofegante.

> “Eu sou real,” eu murmurei. “Eu não sou Elysia. Eu sou Eve. E eu voltei por você.”

Algo piscou.

Breve. Uma rachadura em sua expressão.

Mas o rugido do Marcador interrompeu antes que pudesse florescer.

Ele gritou através da Sala Negra como o juízo encarnado, e Hades virou a cabeça na direção do som, respirando fundo, tremendo agora—não com raiva. Com medo.

> “O que é isso?” ele murmurou, olhos arregalados, a loucura piscando em clareza.

> “O fim,” eu sussurrei. “A menos que você se lembre de mim. A menos que você me deixe te tirar daqui.”

Ele hesitou.

Mas as garras permaneceram onde estavam.

E o tempo estava se esgotando.

As garras de Hades não abaixaram.

Em vez disso, sua expressão mudou—lentamente, inquietantemente.

A suspeita em seus olhos deu lugar a algo mais sombrio. Mais frio. Uma resolução quieta e terrível.

> “Então é isso,” ele disse baixinho, mais para si mesmo do que para mim. “O primeiro teste. Depois da infecção.”

Seus olhos brilharam vermelhos, como brasas ardendo fundo em uma lareira desmoronada.

> “Você não é uma espiã.” Seu tom se achatou. “Você é uma provação.”

Antes que eu pudesse falar, ele me empurrou para trás e se levantou.

Não cambaleante.

Não quebrado.

Firme. Controlado.

Mas algo em seus movimentos estava errado. Como se sua mente estivesse se partindo a cada passo—flashes de outra pessoa sangrando nele. Seus braços se flexionavam como se lembrando de algemas. Sua boca se contraía como se experimentando sangue que não era dele.

E então—ele mudou.

Não completamente, não uma transformação, mas uma ruptura.

Veias escureceram novamente, se espalhando como raios sob a pele. Uma onda de poder corrompido explodiu dele, batendo nas paredes e partindo a pedra. Mal consegui me proteger a tempo.

>”Venha, então,” ele latiu. “Você não está aqui para me salvar. Está aqui para me quebrar. Então me quebre!”

Ele avançou.

Eu não me movi.

O golpe acertou meu maxilar, afiado e impactante, e eu caí no chão com força.

Mas eu não reagi.

> “Hades,” eu disse entre sangue e areia. “Você está doente. Você está doente há muito tempo.”

Outro golpe—desta vez no meu lado. Eu gritei, mas não bloqueei.

> “Lute comigo!” ele rugiu. “Pare de falar comigo como se eu ainda fosse seu!”

Sua voz quebrou. Não por esforço. Por algo enterrado fundo demais para segurar.

> “Eu não sou fraco,” ele rosnou, me levantando pelo pescoço novamente. “Eu não preciso da sua misericórdia. Eu não preciso da misericórdia de ninguém. Deixe meu pai enviar seus fantasmas. Eu vou matá-los todos!”

> “Eu não estou aqui para te matar,” eu ofeguei. “Eu não estou aqui para te testar—”

Ele me bateu contra a parede.

> “Então por que você está aqui?”

> “Porque eu te amo!”

Isso escapou.

Cru demais. Real demais.

Seu corpo inteiro se sobressaltou.

As garras se afrouxaram.

Mas apenas por um instante. Seu rosto se contorceu em puro ódio. “Mentira!” Ele avançou em minha direção.

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