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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 333

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Capítulo 333: Seu Segundo Falecimento Nas Mãos Dela

Eve

Tudo afundou como uma pedra em um riacho, meu pulso martelava contra os pesados grampos de ferro que estavam conectados aos da corrente em meu pescoço. O ar estava estagnado, nada mais além de miséria, derrota e o escrutínio coletivo daqueles diante de quem eu agora estava.

Meus olhos percorriam ao redor, furtivamente, procurando uma porta que me levasse para fora deste pesadelo, mas nenhuma existia.

A voz de Rhea se tornou abafada contra o eco do meu pânico e medo crescente. “Você é….” Sua voz morreu em minha cabeça, afogada e incompleta.

>”Rhea?” Eu chamei, gritando no vazio da minha mente. Eu ouvi um pouco, mas não o suficiente. Engoli em seco, olhando para os meus pés, e não para a companhia que tinha, ou a multidão julgadora à minha frente.

O som de uma trombeta rasgou o silêncio tênue do terreno de execução. Meu coração saltou para a garganta, o estômago caiu, cada pelo se arrepiou apesar do calor sufocante.

“Estamos aqui hoje para permitir que os deuses inaugurem uma nova era.” A voz era autoritária, vibrando até meus ossos, muito familiar para ignorar.

Eu não precisava me virar para saber quem era. Quem mais poderia ser, senão o tio de Elysia, meu descendente, o próprio Malrik Valmont. No entanto, sua voz era uma que eu me lembrava, uma que afundava profundamente e não prometia nada além de ruína e mais sofrimento.

Uma que invocava uma maldição, me deserdou, vendeu, apenas para tentar me puxar de volta para seu domínio pérfido.

Darius Valmont.

“Não vejam este dia como um de destruição e sim de esperança, pois todos nos reunimos para purgar nossas fileiras dos vermes que corroem nossa carne. Hoje, nós terminamos o que Elysia Valmont começou ao trair sua linhagem em favor de um Vampiro, nossos predadores. Viemos testemunhar enquanto a justiça é servida por suas atrocidades contra nossa matilha. Ela prometeu lealdade e, em vez disso, premiou sua confiança com traição e devassidão. Até mesmo gerando híbridos para o monstro da noite.

Eu apertei o maxilar, me preparando contra as emoções de pavor e medo que eu não podia controlar, apesar de saber que tudo isso era apenas uma memória, feita uma miragem para me afundar ainda mais e me dissuadir do que eu fui trazido aqui para fazer.

Encontrar Hades antes que ele fosse apagado junto com sua corrupção.

“Elysia Valmont cuspiu na bênção da lua. Ela levou um vampiro para sua cama. Ela carregou sua semente. E para quê? Amor? Unidade? Não. Fraqueza.” ele continuou, sua voz se retorcendo com mais veneno.

Com cada sílaba, os grampos pareciam apertar, esmagando minha garganta, prendendo o ar em meus pulmões, gritar se tornando impossível. As correntes ficaram mais pesadas, como se se lembrassem do último pescoço que prenderam. O meu, mas em outra vida, ainda assim eu estava de volta para mais uma rodada. Mais uma dança sangrenta.

“Ela profanou os ritos,” Malrik cuspiu, sua voz agora trovão rolando sobre a pedra.

“Vinculou sua alma a uma criatura que bebe sangue e zomba do sol. Ela não morreu como mártir. Ela morreu como um aviso.”

Um murmúrio baixo se espalhou pela multidão. Em algum lugar, uma arma foi desembainhada — não em ameaça, mas em reverência. Uma lâmina cerimonial captando a luz como uma profecia já cumprida. A mesma lâmina que acabaria com esta memória. Acabaria comigo. De novo.

>”Ela era meu sangue,”

Malrik rosnou, e pela primeira vez, sua voz falhou. Não de tristeza.

De êxtase.

Malrik deu um passo à frente, a lâmina cerimonial brilhando ao seu lado, as gravuras de prata pulsando em harmonia com a reverência silenciosa da multidão. Seus lábios se curvaram — não de ódio, não de luto — mas com um prazer cruel. Aquele mesmo sorriso tortuoso. Estranhamente familiar.

Assim como Darius.

Embora não se parecessem em nada, a semelhança rasgava meu peito. Aquele sorriso me assombrara em duas vidas. Pai e tio, legado e maldição.

“Mas você não morrerá ainda,” Malrik anunciou, a voz uma lâmina cortando o silêncio. “Não. Isso seria bondade demais.”

Minha respiração parou. Meus pulsos se esforçaram contra as amarras.

>”Seu primeiro castigo,” ele continuou, pisando na borda da plataforma de execução, “será assistir ele morrer.”

A multidão não aplaudiu. Eles não respiraram.

Meu coração bateu forte contra minhas costelas.

Dois guardas se moveram em uníssono, agarrando meus braços, me forçando a me virar. Notei o mesmo símbolo “M”.

E lá—

Vassir.

Arrastado como um animal. Não rugindo. Não resistindo. Quase inconsciente. Sangue escorria de dezenas—não, centenas—de pregos de prata cravados em sua pele como espinhos de ferro. Suas asas foram cortadas. Seus membros tremiam. Sua boca estava entreaberta.

Era assim que eles o subjugavam.

Era assim que planejavam acabar com ele.

O enjoo subiu como uma maré. Tentei desviar o olhar, mas os guardas seguraram meu queixo, mantendo-me imóvel. Fazendo-me ver.

Malrik virou-se para mim, inclinando a cabeça com uma falsa simpatia.

> “Obrigado, sobrinha, por sua confissão.”

Seu sorriso se alargou.

> “Se você não tivesse sussurrado sua fraqueza ao seu segundo em comando, não teríamos sabido.”

As palavras ecoaram.

Um segundo em comando.

A admissão que fiz. Em outra vida. Outro ciclo. Outra ilusão.

Eu o condenei.

Novamente.

Os olhos de Vassir—os olhos de Hades—encontraram os meus. Não com fúria. Não com culpa.

Mas com dor.

Compreensão torturada.

Ele sabia.

Malrik encarou a multidão mais uma vez, erguendo a voz, deixando-a se abater sobre a assembleia como uma onda de pedra.

> “Ele traiu seu povo. Por amor. Por Elysia. Ele se voltou contra a Corte da Noite, e agora eles não responderão aos seus gritos. Eles não virão.”

Ele deu um passo à frente, agarrando Vassir pelo chifre, logo atrás da curva.

Meu corpo se retesou.

> “Eles nos deixarão fazer isso.”

E então—

Ele o arrancou.

Um grito explodiu da garganta de Vassir—um som que nenhuma criatura deveria fazer. Poder irrompeu da ferida como um gêiser, luz prateada e negra torcendo-se em direção ao céu como um farol de morte. Alcançou os céus.

E então caiu.

Como cinzas.

Vassir desabou.

Não mais uma fera. Não mais um deus.

Apenas um homem.

E tudo que vi—

Tudo que senti—

Foi Hades.

Seu rosto.

Sua agonia.

Seu fim.

A espada desceu.

Límpida. Silenciosa.

Final.

> “NÃO!” eu gritei, o som se partindo pelo espaço, cru e selvagem.

Mas já era tarde demais.

Ele se foi.

De novo.

E desta vez, as correntes não estavam nos meus pulsos.

Elas estavam na minha alma.

“Eve.”

A voz estalou como um chicote em minha mente.

Não era de Malrik.

Nem da multidão.

Era Rhea.

> “Saia dessa! Isso não é real!”

Meus pulmões convulsionaram. O mundo oscilou—não, descascou. Como pele descamando de um cadáver. As correntes apertaram, então—

Fragmentaram-se.

Elas se desintegraram em pó ao redor do meu pescoço, pulsos, tornozelos, flutuando como cinzas em um céu sem vento.

A plataforma cedeu sob mim.

> “Eve, CORRA!”

Os guardas ainda me seguravam—mas agora eles piscavam. Suas mãos borraram como tinta manchada em papel molhado. Um piscar de olhos, e seus rostos derreteram em vazio.

O fogo começou nas bordas.

A multidão foi pega primeiro. Como grama seca embebida em óleo, eles subiram sem um som—apenas luz, vermelha e dourada, consumindo robes e runas e bandeiras. A plataforma estilhaçou sob meus pés, a pedra se dissolvendo no ar lambido pelas chamas.

O corpo de Vassir—o corpo de Hades—sacudiu.

Veias negras pulsaram uma vez.

Duas vezes.

E então sua pele se abriu como fruta velha, apodrecendo em fast-forward. Os pregos de prata assobiaram enquanto sua forma colapsava, enrolando-se em si mesma com um estalo nauseante. Os ossos murcharam. Asas se retorceram. Olhos vidraram.

Eu desviei o olhar.

> “Agora, Eve—MOVA-SE!” Rhea bradou.

Uma porta explodiu aberta atrás da pira. Eu não questionei.

Não pensei.

Eu corri.

Corri além do corpo em chamas, além do altar da falsa justiça, além da pedra derretida e da memória. O calor me queimava as costas. O rugido das chamas me perseguia como a voz do passado se recusando a deixar ir.

Eu me joguei através do limiar assim que o fogo avançou—

E o mundo atrás de mim colapsou em uma explosão de silêncio.

Sem fumaça. Sem grito. Sem fôlego.

Apenas—

Ar.

Ar de verdade.

Caí com força—joelhos arranhando o cascalho, mãos ardendo de pedra e cinzas. Meu peito arfava. O suor escorria pelas minhas costas. Meu coração batia, um tambor que não desacelerava.

Quando levantei a cabeça—

Eu congelei.

A cidade se estendia à minha frente, mas não como eu a lembrava.

Torre Obsidiana—reduzida a meia espinha de metal enegrecido.

Pontes destroçadas. Cúpulas rachadas. Pináculos quebrados como dentes.

O mundo estava arruinado.

Isso não era mais apenas uma memória.

Isso era a mente dele.

O que restava dela.

O colapso não era metáfora—era decadência real, espiritual. Os ossos da torre, o vidro fraturado da câmara do conselho, o eco da risada de Elliot enterrados sob camadas de podridão mental.

> “Rhea,” eu ofeguei, me levantando com pernas trêmulas. “Onde ele está?”

> “Em algum lugar próximo. Mas o Marcador… está acordando. Se ele o encontrar primeiro—”

Sua voz se desfez em estática, como um rádio perdendo sinal.

“Você tem que se mover. Agora.”

O chão rachou atrás de mim.

Eu virei—

Uma fissura, profunda e brilhando com veias carmesim, partiu a terra. Algo rosnou na escuridão.

O Marcador estava perto.

Não tinha forma. Não tinha forma. Apenas calor e malícia e memória—torcidos em uma tempestade de julgamento. E estava caçando. Não a mim.

A ele.

Meus pulmões queimavam enquanto eu corria, pés martelando sobre escombros e vidro, passando por estátuas caídas de lobos, de reis, de deuses em que ninguém mais acreditava. Quanto mais eu corria, mais o mundo se distorcia. O tempo se dobrava sobre si mesmo. Corredores se estendiam, depois desabavam. Salas sangravam umas nas outras—o berçário de Elliot tornava-se uma sala de guerra, tornava-se uma capela, tornava-se uma prisão. Tudo em ruínas.

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