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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 331

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Capítulo 331: Entrelaçados Sob o Olhar da Lua

Eve

Núcleo do Sanctum

Meia-noite e um Soprar

O mundo se estreitou ao nosso redor—visão, som, respiração colapsando em quietude. Meu coração trovejava em meus ouvidos, mas até isso parecia distante, como se eu estivesse submerso em meu próprio corpo.

O Marcador de Fenrir não estava mais dormente. Ele se movia.

Trançando.

Subindo.

Rastejando pelo tutano de meus ossos com um frio que não era frio. Não dor, mas pressão. Como se algo antigo estivesse acordando—e escolhendo.

Em frente a mim, a coisa na pele de Hades inclinou a cabeça. Vassir. Ainda envolto em sombras, ainda usando sua voz, seu rosto. Mas agora, lampejos de inquietação se acentuavam em seus olhos—escuros e arregalados, tentando mascarar confusão como antecipação.

Ele pensava que isso era o início do laço que ele ansiava. Do controle. Delas.

“Diga as palavras,” ele disse suavemente, seus dedos roçando o espaço perto da minha clavícula. “Sele isso, e seremos tudo o que eles temeram.”

As sombras ao redor dele se contraíram, enrolaram—preparadas.

Mas o Marcador também.

Eu abri minha boca para responder.

E senti—o puxão. Não dele.

De dentro.

Uma sensação como sangue sendo drenado por cordas invisíveis, algo primal rastejando sob minha pele, se enrolando pela minha espinha e entrando no lugar oco entre nós. Onde a memória vivia. Onde o Rito esperava.

Ele se enrijeceu.

Seu expressão se fraturou.

Ele sentiu também.

Mas não do jeito que ele esperava.

“O quê…?” Sua voz vacilou, agora mais profunda, com camadas de algo que não pertencia. “Não. Não, isso não está certo.”

Ele olhou para baixo em seu peito. Para minha palma descansando sobre onde o coração de Hades deveria estar. O lugar onde o Marcador havia inflamado.

“Você… Você me enganou.”

Eu não respondi.

Porque não era um truque.

Não realmente.

Ele havia pedido por um laço. Exigido devoção. Se alimentado de obsessão. Mas o que estava surgindo agora não era devoção.

Era julgamento.

O Marcador de Fenrir começou a se entrelaçar através do vaso que ele havia reivindicado—se contorcendo através do tecido da alma de Hades como um fio de prata através de tecido podre.

E Vassir—o Fluxo—sentiu isso.

Ele recuou, sombras chicoteando, gritando silenciosamente nas paredes. Sua forma tremeluziu, desestabilizou-se. O corpo roubado—o corpo de Hades—tremia sob seu controle.

“Não,” ele rosnou, mais besta que homem agora. “Isso está errado. Isso era nosso!”

Eu segurei mais forte, mesmo enquanto minhas pernas tremiam. O laço aprofundou-se, não pela minha vontade, mas pelo Marcador. Ele reconheceu que o que eu tocava não era amor. Era corrupção. Decadência vestindo uma memória como perfume.

O Marcador respondeu com uma única resposta: purificação.

“Você acha que isso é união?” Eu sussurrei. “Você nunca foi destinado a mantê-lo. E eu nunca fui destinada a manter você.”

Sua mão avançou subitamente—segurando minha garganta.

Mas não para matar.

Para se ancorar. Para se agarrar ao vaso agora escorregando de seu controle.

“Pare com isso,” ele rosnou. “Você destruirá nós dois—”

Sua voz se fraturou.

Por uma batida, um sussurro—Hades.

“Eve…”

Eu congelei.

Mas ele também.

Aquele momento—apenas um—em que Hades emergiu dentro da tempestade.

O pânico de Vassir floresceu de maneira ampla.

Ele podia sentir-se desaparecendo.

Eu podia sentir isso também.

Era algo que emanava dele em ondas—algo primordial, frenético, selvagem. Não era medo da morte. Era medo do apagamento.

O Marcador estava acordando o corpo ao qual pertencia.

E o Fluxo não cabia mais dentro dele.

“Eu te dei a eternidade,” ele rosnou. “E você me retribui com exílio?”

As runas brilharam. Azuis. Depois brancas. Então algo ainda mais brilhante—brilhante demais para ser nomeado.

“Você queria um casamento,” eu sussurrei. “Isto é um funeral.”

Foi quando ele rugiu.

O som dividiu a câmara.

Cru. Violento. Infinito.

E então—

Luz.

Ela rasgou minha visão como uma lâmina. Cegante. Total.

Um zumbido detonou em meus ouvidos—agudo e ensurdecedor. Eu engasguei, cambaleei, mas não havia ar. Nem chão.

Apenas branco.

E a sensação de ser puxado em duas direções. Meus membros flutuaram, então não flutuaram mais. Meu sangue parecia estar sendo espremido do meu corpo, torcido em algo novo. Minha mente avançou, rachou, ficou turva nas bordas.

E eu desapareci.

Apenas por um momento.

Mas naquele momento, eu senti tudo.

Ele.

Os ecos do homem sob a corrupção—luto sobreposto a amor sobreposto a fúria.

E o Fluxo, tentando desesperadamente contê-lo. Acorrentar o pouco que restava de Hades, fundo, sob arrependimento e fúria e fracasso.

Mas o Marcador viu isso.

E não vacilou.

Começou a rasgar.

O Rito não estava concluído.

A luz diminuiu por um momento, e minha visão vacilou—cores sangrando errado nas bordas, respiração ofegante como se eu estivesse respirando por um pulmão que não era meu. Meus joelhos bateram na pedra. O círculo abaixo de nós pulsou, então apertou. Não para fora.

Para dentro.

O Marcador de Fenrir—meu Marcador—enrolou-se ao redor da alma dele como um laço entrelaçado em memória. Não tocou apenas a corrupção.

Ele a reconheceu.

Ele a nomeou.

E começou a amarrar.

Vassir rosnou. O corpo que ele vestia contraiu-se debaixo dele, contorcendo-se como se algo estivesse tentando rastejar para fora de dentro dele.

> “Chega,” ele cuspiu, sua voz se quebrando. “Este corpo é meu—meu!”

Ele recuou—mas a ligação se manteve. Fios finos de prata, mal visíveis a olho nu, estendiam-se do meu peito até o dele, luminosos com runas antigas que não haviam sido pronunciadas em voz alta. Eles vibravam com uma vontade que não era minha. Uma que eu mal compreendia.

Ele tentou novamente se afastar—sombras agitando, asas tremendo, boca entreaberta no que talvez tivesse sido um grito.

E foi então que avancei e o beijei.

Não gentilmente.

Não por misericórdia.

Mas porque era a única coisa que o mantinha imóvel.

O corpo dele sacudiu-se, enrijeceu. Suas mãos vacilaram em meus ombros, meio cerradas em confusão.

E então o Marcador irrompeu.

Inflamou-se entre nós como uma chama viva, não queimando—mas remodelando. Penetrando na medula do recipiente. No coração que ele usava como armadura. As runas do sanctum giravam loucamente agora, respondendo ao Ritual como uma tempestade ao mar.

Foi então que ouvi ele novamente.

Não pelos ouvidos.

Através do vínculo.

Através do Marcador.

> “Você o machuca…”

Os pensamentos dele romperam, cheios de dor e aviso.

> “E eu vou machucá-lo.”

> “Você vai me perder…”

> “…e você vai perdê-lo.”

Não raiva.

Mas desilusão.

E certeza.

Como se essa fosse a última defesa de um deus moribundo, um rei arruinado se recusando a ir silenciosamente.

Minha garganta apertou. Queria gritar. Ou correr. Ou alcançar o emaranhado de alma e podridão e arrancar Hades com minhas mãos.

Mas eu não podia.

Eu não conseguia me mexer.

O Marcador tinha tomado o controle.

As correntes haviam começado.

E a cada pulsação, se apertava mais.

Ao redor de nós ambos.

Seus olhos estavam arregalados agora—brilhantes e vazios ao mesmo tempo. As sombras que antes se moviam como membros agora tremiam como coisas moribundas, se desprendendo dele em tiras. As asas se rasgavam nas costuras. Veios de luz rachavam sob a pele do peito de Hades como gelo buscando calor.

> “Pare,” ele sussurrou roucamente.

> “Por favor.”

Mas o Marcador não escutou.

Continuou queimando.

Continuou sabendo.

E eu…

Comecei a escorregar.

O zumbido voltou, mais agudo do que antes. Minha pele vibrava como estática. Meus lábios se abriram, mas não veio ar. Meus batimentos cardíacos vacilaram, então falharam.

Meus membros perderam seu peso.

Olhei para ele—dentro dele—e por um momento suspenso, vi ambos os rostos.

Vassir. Hades.

Passado. Presente.

Ruína. Amor.

E então—

Negro.

Sem som.

Sem respiração.

Apenas silêncio.

E as correntes apertando na escuridão.

—

Não houve despertar.

Sem suspiro, sem sobressalto, sem respiro.

Apenas a sensação de queda.

E então—nem mesmo isso.

Apenas frio.

Não do tipo que formiga a pele ou penetra nos ossos. Isso era diferente. Um medo que parecia água derramada pelas costas da alma. Pesado. Molhado. Gelado. Pressionando em lugares que não deveriam sentir.

Abri meus olhos.

Mas não havia nada para ver.

Sem luz.

Sem forma.

Sem bordas.

Eu não sabia se estava em pé, flutuando, ou simplesmente suspenso na ausência. Não havia som. Nem mesmo o eco dos meus próprios pensamentos. Apenas a dor da separação. Como se algo tivesse sido arrancado de mim pela metade, e agora o sangramento estava acontecendo em algum lugar que eu não podia alcançar.

Hades.

Tentei dizer seu nome, mas minha voz não carregou.

Ela não existia aqui.

Ainda assim, eu o senti em meu peito—sua presença, tênue e piscando, como uma estrela sufocada atrás da fumaça.

E então eu ouvi.

Uma voz.

Não no ar.

Dentro dele.

> “Você está em meu domínio.”

Vassir.

Suave. Gelado. Cruel.

Mas mais quieto agora. Não furioso como antes.

Quase… entretido.

> “O sanctum pode ter escolhido o seu Marcador. Mas isso?” Uma pausa. Um risinho baixo. “Isso é meu.”

Eu me virei—embora virar não parecesse real—e não encontrei fonte. Nem silhueta. Nem forma.

Apenas palavras, se aproximando.

> “Vamos jogar um jogo final, Eve.”

A temperatura caiu. Eu envolvi meus braços em torno de mim mesma, mas o gesto não ajudou. Meu corpo mal parecia pertencer a mim agora.

> “Encontre seu amado antes que seja tarde demais.”

Algo se moveu.

Longe, um lampejo—como uma ondulação em vidro negro. Um pulso de calor, rapidamente engolido novamente.

Hades.

Eu alcancei em direção a ele—mas o vazio puxava meus membros. Mais lento aqui. Pesado. Como mover-se no meio da dor.

> “Vamos ver,” Vassir sussurrou, “até onde você está disposto a ir por ele.”

E o frio se aprofundou.

Não apenas por fora.

Por dentro.

Porque isso não era mais uma luta.

Era um julgamento.

E o relógio ainda estava correndo.

—

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