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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 263

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Capítulo 263: Diga-me a Verdade

Eve

Minha cabeça lollava enquanto meus pensamentos giravam em círculos lentos e nauseantes. A escuridão ao meu redor parecia familiar—como minha antiga prisão—mas mais pesada. Mais apertada. O sono vinha em rajadas, interrompido por suores frios e os murmúrios inquietos de Rhea ao fundo da minha mente.

Ela estava de volta… mas silenciosa. Exausta. Distante.

E então os passos vieram.

Lentos. Pesados. Intencionais.

Minha coluna se endireitou contra a parede antes que eu pudesse me conter. As correntes em volta dos meus pulsos tilintaram enquanto eu me sentava na cama. A luz inundou a cela enquanto a porta se abria com um gemido, repentino e afiado, fazendo meus olhos lacrimejarem.

Quando terminei de pestanejar para afastar a dor, ele já estava na minha frente.

Hades.

Ou… o que restava dele.

Ele estava com as mãos entrelaçadas atrás das costas, postura rígida, perfeita demais. Sua pele estava mais pálida do que eu lembrava, como luz da lua esculpida em pedra. Seu rosto parecia intocado pelo tempo—liso e afiado—mas de alguma forma mais duro. Mais severo. Como se toda suavidade nele tivesse sido arrancada.

Eu não conseguia mais imaginar suas covinhas aparecendo, mesmo se ele sorrisse.

E seus olhos… deuses, seus olhos.

Ainda eram cinzentos, mas agora tingidos com algo mais escuro. Um halo vermelho ao redor da íris que os transformava em algo antinatural. Algo errado.

Ele não disse nada por um tempo.

Apenas me encarou.

“O que você quer?” perguntei finalmente, minha voz rouca de desuso.

Sua expressão não mudou. “A senha.”

Eu pisquei. “O quê?”

“A frase de acesso. Sete palavras,” ele disse friamente. “O arquivo criptografado no cartão de memória. Eu preciso dele.”

Eu pisquei de novo, a confusão me inundando. “Não tenho ideia do que você está falando.”

Ele não reagiu de imediato. Apenas me encarou mais intensamente, como se pudesse arrancar a verdade da minha pele com os olhos.

Então ele deu um passo à frente.

E eu recuei.

O cheiro me atingiu antes do som de suas botas—algo enjoativo, quase doce. Como podridão. Como morte.

Rhea se mexeu com um chiado agudo. “Não deixe ele nos tocar.”

“Eu não sei,” eu disse baixinho.

Ele inclinou a cabeça, só um pouquinho. “Tente de novo.”

“Eu não estou mentindo,” eu disse, franzindo a testa. “Eu nunca nem soube o que havia dentro daquele cartão.”

Houve um momento de silêncio.

Então uma risada amarga escapou antes que eu pudesse contê-la. Eu balancei a cabeça.

“Claro,” murmurei. “Você acha que estou mentindo porque doeria mais em seu orgulho acreditar que eu simplesmente não sabia. Que eu nunca importei o suficiente para receber a verdade.”

Seu maxilar se retesou.

Minha voz ficou mais baixa, mas mais afiada. “Os homens sempre acham que são mais espertos do que são. Que cada movimento que uma mulher faz é parte de algum grande plano que eles ainda não descobriram.”

Ele se encolheu—mal percebi—mas eu notei.

E então ele deu outro passo à frente.

As correntes em volta dos meus pulsos tilintaram enquanto eu instintivamente me afastei.

O cheiro de morte grudava nele como uma segunda pele agora, e por baixo… algo mais. Algo mais antigo.

“Eu quero a verdade,” ele disse, as palavras suaves mas vibrando com raiva.

Eu encontrei os olhos dele, mesmo com meu coração disparando. “Então olhe em outro lugar. Porque o que quer que você esteja tentando encontrar em mim—não está aqui. Não mais.”

Seus lábios se entreabriram como se fosse falar—e então fecharam de novo.

Ele me encarou por mais um momento… e então se afastou, em silêncio.

Mas o ar entre nós ficou pesado.

Espesso com coisas que não estávamos dizendo.

Coisas que nunca diríamos.

> Ele não quer a verdade, rosnou Rhea. Ele quer que você seja culpada. Essa é a única versão disso que justifica o que ele está se tornando.

Mordi minha língua.

E observei o homem que eu amava se tornar um estranho novamente.

“Eu sou uma mentirosa, Hades!” cuspi, conseguindo não deixar meus lábios tremerem—recusando-me a deixar ele ver como os fragmentos do coração que ele despedaçou estavam me ferindo. “E você quer que eu diga alguma verdade bizarra para você? Te contar algum código?” Eu realmente ri—porque se não risse, eu choraria. Era isso que tínhamos nos tornado. Meses de progresso, entendimento e amor transformados em sujeira. “A Besta da Noite não tem senha para te dar, Hades. Como você pode esperar algo de uma mulher que te transformou em um viúvo partido?”

Seus olhos brilharam—o vermelho engolindo o cinza como tinta em água. As linhas tênues de negro começaram a emergir ao longo de seu pescoço, se espalhando como geada sob o vidro.

Veias.

Veias grossas e corrompidas pulsando logo abaixo da superfície de sua pele.

E então—crescendo lentamente, agonizantemente, deliberadamente—uma protuberância aguda surgiu debaixo de sua linha de cabelo. Não era apenas osso. Era algo errado. Muito afiado. Muito negro. Um chifre, se formando como se sempre tivesse estado à espera.

Minha respiração ficou presa na garganta.

“Rhea,” eu sussurrei.

A corrupção, ela disse. Está mais forte agora. Tem mais influência. O que ele fez? Seu horror vazou para minha mente.

O corpo dele se contorceu, músculos se flexionando como se estivesse segurando algo—um rosnado, um grito, ou pior. O fluxo vazava através dele agora, não mais contente em se esconder nas sombras.

“Eu te dei tudo,” ele rosnou, a voz distorcida nas bordas. Mais profunda. Antinatural. “Meu nome. Minha casa. O que restava do meu coração.”

“Você me deu uma jaula!” gritei de volta. “Você me fez acreditar que eu finalmente estava segura, apenas para tirar tudo no momento em que isso te serviu. Você me seduziu para te dar o que precisava—e então chamou isso de necessidade. Não fale comigo sobre o que você deu. Eu sou um monstro—definitivamente—não há outra palavra para o que sou. Uma assassina. Uma cadela. Uma vira-lata.” Eu sorri, minha mandíbula doendo de tanto ranger os dentes. “Nós somos ambos bestas, nascidas das maquinações de nossos pais. Somos um e o mesmo.”

Suas mãos se flexionaram ao lado do corpo.

E quando ele me olhou de novo, não havia Hades em seus olhos.

Apenas Lucien.

E algo pior por trás dele.

“Eu te odeio,” ele sibilou, mais para si mesmo do que para mim. Como se estivesse tentando enraizar esse fato—

Um tremor percorreu o chão enquanto o poder surgia ao seu redor—uma energia escura e volátil que fez as correntes em meus pulsos tilintarem. Rhea choramingou no fundo da minha mente, mas eu mantive o olhar fixo nele.

Mesmo agora, ele era aterrorizante.

Mesmo com tudo em mim gritando para correr.

“Quer ouvir algo verdadeiro?” eu disse, a voz tremendo mas firme. “Eu te amei. Com tudo que eu tinha. Mesmo quando você me olhava como se eu fosse o monstro. Mesmo quando você me usava. Mesmo quando me fazia acreditar que eu poderia ter um futuro.”

Sua respiração falhou.

Mas então ele sorriu.

Foi frio. Vazio. Quase com pena.

“Você ainda me ama,” ele disse, o cinza de seus olhos espreitando, a vulnerabilidade me fazendo parar.

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