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A Luna Amaldiçoada de Hades - Capítulo 260

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Capítulo 260: Eu ajudarei”

Eve

“E quando as cinzas se assentarem,” ele terminou, a voz um sussurro cheio de podridão, “você será decapitada. Assim como os amaldiçoados antes de você. Assim como seus ancestrais fizeram com os meus.”

Algo dentro de mim se quebrou completamente.

Não foi um soluço. Não foi um grito.

Foi silêncio.

Ele olhou para mim como se estudasse os restos de um monumento que costumava adorar.

E em algum lugar sob a podridão, eu juro que o vi novamente.

Aquele lampejo.

Aquela dor.

Mas já era tarde demais.

O fluxo o envolveu completamente, transformando o luto em algo mais frio. Algo divino e monstruoso.

“Você uma vez nos chamou de um par feito no inferno,” ele disse suavemente. “Um tirano e uma princesa perversa. Acho que você estava certa.”

Ele se virou.

E a sala, o mundo, começou a encolher.

Eu não podia deixá-lo ir. Não assim. Não com essas palavras. Não com aquele plano.

“Espere!” eu gritei, minha voz quebrando.

Ele parou—mas não se virou.

Minha respiração falhou. Meu peito desabou.

“Eu sei o que sou,” sussurrei, as palavras saindo como sangue. “Eu sei o que fiz… o que tirei de você.”

Os ombros dele se enrijeceram.

“Uma família. Uma esposa…”

Ele se virou levemente, apenas o suficiente para eu ver o músculo em sua mandíbula se contrair.

“E meu filho,” ele disse—tão baixo, tão afiado, que parecia uma lâmina cortando ossos.

Eu estremeci.

Meus olhos arderam, minha respiração prendeu na garganta, mas me obriguei a falar.

“Elliot é seu,” eu disse suavemente, cada palavra cortando meu peito como vidro. A menos que… a menos que Danielle não fosse fiel. Mas eu não ousava dizer isso, falando mal de uma mulher inocente que eu assassinei.

Ele não se moveu.

Ele não respirou.

Eu não ousava dizer mais nada.

Minha voz tremia, mas eu a forcei a sair.

“Eu sou culpada,” eu disse, tremendo agora. “Eu deveria ser condenada.”

Ele permaneceu em silêncio.

“Mortos,” eu continuei. “Junto com aqueles que me enviaram. Sua família será exterminada como os vermes que são, sem necessidade de preocupação.”

Eu engoli em seco, a dor girando no meu estômago.

“Eu não desejaria mais nada,” eu cuspi, minha voz rachada e rouca. Um flash de fúria iluminou meu olhar—quente, vermelho, direcionado aqueles que me jogaram aos lobos. “Mas…”

A raiva desapareceu tão rápido quanto veio. Tudo o que restava era desespero.

“…por favor. Os civis de Silverpine… eles não merecem morrer pelos pecados de seus líderes.”

Ele inclinou a cabeça levemente.

“Você não tem voz nisso.”

Eu me empurrei contra as restrições, o metal mordendo minha pele.

“Eu não me importo o que você faz comigo,” eu ofeguei. “Se o que você precisa está dentro de mim—tome. Use. Eu serei sua cobaia. Eu sangrarei para você. Repetidas vezes. Apenas… deixe-os fora disso.”

Ele se virou completamente agora, me encarando como se eu fosse alguma relíquia que ele ainda não decidira se iria manter ou esmagar.

“Eu não vou lutar,” continuei, a voz tremendo. “Eu não vou gritar. Eu não vou correr. Eu me submeterei a cada extração, cada teste, cada experimento. Você não tem que me acorrentar—eu entrarei por conta própria.”

Eu estava tremendo.

Não de medo.

Mas do peso de tudo isso.

A vergonha. A culpa. O horror de saber que fui a faísca em uma guerra que nunca quis começar.

Minha garganta convulsionou, o gosto de memórias antigas—de mesas de metal frio, de bisturis e agulhas—subindo para me sufocar.

Mas eu não parei.

“Eu me rendo,” sussurrei.

Ele piscou. Apenas uma vez.

Um lampejo de algo—surpresa, dor, memória—cruzou seu rosto.

Então desapareceu.

Sua expressão se fechou como um punho.

Mas eu não tinha terminado.

Minha voz subiu, quebrada e desfiando.

“Por favor!” eu gritei. “Por favor, salve Silverpine também. Não destrua aquelas pessoas. Não—não mate aqueles que estavam apenas tentando viver. Lembre-se da garota que te fez rir. Lembre-se das noites que deitamos juntos, quando você disse que a guerra parava quando eu te tocava.”

Minhas lágrimas fluíam livremente agora, quentes e impotentes.

“Lembre-se dela. Mesmo se você a odeia agora. Mesmo se ela for a razão de você ter perdido tudo. Deixe que ela faça uma última coisa boa.”

Silêncio.

Daquele tipo que machuca as paredes.

Ele me encarou, congelado. Imóvel.

E em sua imobilidade—eu vi.

Uma guerra.

Um lampejo de dúvida. Uma memória que ele não havia enterrado fundo o suficiente.

Mas então…

Ela morreu.

Ele desviou o olhar.

Se recompôs.

Quando ele falou, sua voz estava esculpida de aço.

“Seu ciclo de extração começará dentro de uma semana. O cronograma será entregue a você em breve.”

As palavras caíram como golpes de martelo.

Final.

Frio.

Implacável.

Ele se virou.

E desta vez, ele foi embora.

Sem mais olhares.

Sem mais fissuras.

Sem mais chances.

A porta se fechou com um sibilo atrás dele.

E eu me quebrei.

Não alto.

Não violentamente.

Mas completamente.

Porque naquele momento, percebi—

Mesmo me oferecendo como nada…

…não era o suficiente para salvar ninguém.

A porta selou atrás dele com um sibilo.

E então—não havia nada.

Sem passos.

Sem respiração.

Sem som, exceto o zumbido suave das luzes acima.

Meu peito subia rápido demais.

Demasiado afiado.

Demasiado superficial.

O ar não entrava.

Não ficava.

Meu pulso rugia em meus ouvidos, frenético, como um pássaro batendo-se contra a parede de uma gaiola.

Meus membros tremiam. Meus pulsos ainda estavam presos à cadeira, mas meu corpo convulsionava como se tentasse escapar de si mesmo.

Eu não conseguia respirar.

Eu não conseguia pensar.

A pressão me esmagava como se a sala estivesse colapsando para dentro, pressionando minhas costelas, minha garganta, meu crânio.

As paredes eram brancas demais.

Brilhantes demais.

Tudo girava.

Então—

Escuridão.

—

Acordei com um sobressalto violento, minha garganta seca, lábios rachados.

Minha respiração estava lenta agora. Meu pulso não mais galopava. Mas tudo doía. Meus pulsos. Minhas costelas. Minha alma.

Então—

Uma voz. Suave. Doce e cruel.

“Veja quem finalmente decidiu acordar.”

Pisquei turvando a visão antes que o mundo se tornasse nítido.

Olhos verdes.

Sorriso afiado.

Felícia.

“Você,” eu grasnei. Eu tentei rosnar, avançar, gritar—mas saiu um gemido, rouco e quebrado.

Meus olhos se ajustaram—e então eu o vi.

Pequeno.

Imóvel.

Observando.

Elliot.

Ele estava ao lado de Felícia, meio escondido em seu abraço, o polegar enfiado na boca. Olhos grandes e redondos fixados em mim como se eu fosse um fantasma sobre o qual ele só ouvira histórias.

“Não fique tão surpreso,” Felícia disse suavemente. “Ele insistiu. E eu pensei…” Seu sorriso se curvou como seda estragada.

“Por que não deixar que ele se despeça do espinho em nosso lado?”

Meus dedos se contraíram. Eu queria alcançá-lo. Não para pegá-lo—apenas para segurá-lo. Apenas para dizer que sinto muito.

Mas eu ainda estava amarrada. Ainda presa à cadeira como um monstro acorrentado.

Felícia se virou para a porta, segurando Elliot com a graça de uma mãe que fez a bile subir em minha garganta.

Ela estava pela metade antes de parar.

Eu a observei ajustar o peso dele, reposicionando-o sobre o ombro.

Então—

Ele sinalizou.

Três movimentos lentos.

Desajeitados. Mãos pequeninas. Mas deliberados.

“Eu vou ajudar.”

Minha respiração falhou.

Meus lábios se abriram, mas nenhum som saiu.

Ele me olhou. Apenas um pouco mais.

Então ele se foi.

Carregado pela mulher que orquestrou tudo.

Eu olhei para a porta por um longo momento.

Tempo suficiente para o silêncio me envolver novamente.

Então—

Eu sorri.

Não de esperança.

Não restava mais nenhuma em mim.

Mas de resignação.

Porque pelo menos uma pessoa no mundo não me olhava com ódio.

E mesmo que ele fosse apenas uma criança—

Ele acreditava que eu valia a pena salvar.

“Adeus, pequena loba,” eu sussurrei.

“Obrigada por achar que eu importava.”

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