- Home
- A HERDEIRA ESQUECIDA
- Capítulo 405 - 405 Seremos o Casal Perfeito 405 Seremos o Casal Perfeito
405: Seremos o Casal Perfeito 405: Seremos o Casal Perfeito Agora que ele sabe que é órfão e que sua vida ainda corre risco, ele não terá necessidade de querer sair do santuário seguro de sua casa.
“Adivinha, amor, tenho boas notícias para nós,” Dolly anunciou alegremente, embora Steffan não tenha respondido a nenhum dos seus cumprimentos.
Embora não interessado em qualquer mentira que Dolly havia inventado previamente, Steffan ainda virou sua expressão vazia em direção a ela.
“Eles pegaram os bandidos que seu tio mandou atrás de você e, em breve, farão eles confessarem e seu tio finalmente será exposto e punido pelo que fez.
Steffan fingiu interesse e permitiu que um brilho fraco aparecesse em seus olhos. “Sério?”
“Sim, meu amor. E adivinha? Então poderemos realizar nosso casamento publicamente sem nenhum medo dele vir atrás de você,” Dolly tagarelou.
“Você não disse que já éramos casados?” Steadfast perguntou, franzindo a testa como se estivesse seriamente confuso.
Ele mal podia esperar para ouvir qual mentira ela inventaria.
“Em… nós… sim, amor, estamos casados, mas… foi um casamento secreto e é por isso que não temos fotos do casamento. Lembra?” Ela disse e franziu a testa quase imediatamente, Ah, me perdoe, esqueci que você não consegue lembrar de nada.
Assim que ela firmou sua mentira, começou a tagarelar e Steffan imediatamente sentiu uma dor de cabeça.
“Mas não se preocupe. Após o casamento, vou te levar para passear e me gabar sobre você para todas as minhas amigas e todos que se importarem em saber que estou casada com um homem tão bonito e perfeito,” Dolly continuou.
Steffan lutou contra a vontade de revirar os olhos, seus dedos apertando levemente a borda da mesa. A voz de Dolly era um zumbido constante ao fundo, cada palavra irritando seus nervos. Ele se lembrou de permanecer calmo, de seguir adiante com a narrativa distorcida dela.
“Que maravilha,” ele respondeu secamente, forçando um sorriso fraco que mal alcançava seus olhos. “Um casamento público. Justamente o que eu sempre quis.”
O rosto de Dolly se iluminou, ignorando—ou talvez escolhendo ignorar—o sarcasmo em suas palavras. “Sim, amor! Teremos tudo—flores, música, um grande local. E claro, eu usarei o vestido mais bonito. Você vai ter muito orgulho de mim.”
Steffan acenou distraidamente, fingindo entusiasmo. “Parece… perfeito.”
Dolly se inclinou para mais perto, seus olhos brilhando com antecipação. “E uma vez que seu tio seja exposto, finalmente estaremos livres de todo esse perigo. Sem mais esconderijos. Podemos viver nossas vidas como deveríamos. Isso não parece incrível?”
“Sim,” disse Steffan, sua voz plana. “Incrível.”
A maneira como ela exibia suas ilusões como se fossem verdades fazia sua pele arrepiar. Dolly estava tecendo uma teia elaborada de mentiras, e era claro que ela mesma estava enredada nela. A fantasia que ela criava ao redor deles era apenas mais uma camada de sua decepção, projetada para mantê-lo complacente, contido.
A mente de Steffan corria, cada uma das palavras de Dolly o empurrando mais para longe do momento presente.
Ele pensou em Lauren… seu calor, seu sorriso genuíno, tudo real e verdadeiro pelo que ele estava lutando para voltar.
Ele não se importava com casamentos, segredos ou pretensões. Ele só queria que esse pesadelo acabasse.
Talvez fosse a ideia de um casamento ou a culpa que ele sentia por não ter satisfeito ela ontem à noite. Dolly percebeu que Steffan estava mais responsivo do que havia sido nos dois meses que estiveram juntos.
Por que ela não pensou nisso antes. Agora ela tinha certeza de que Steffan teria se perdido no calor do seu amor e provavelmente a teria engravidado.
Com essa compreensão, Dolly liberou a torneira e continuou falando, sua voz aguda e cheia de emoção.
“Seremos o casal perfeito, você vai ver. E todos vão nos invejar. Sem mais segredos, sem mais ameaças. Apenas você e eu, Steffan, contra o mundo.”
Steffan engoliu em seco o bile que subia em sua garganta, perguntando-se contra qual mundo ela estava… Provavelmente seria Lauren ou sua família?
“Sim, apenas você e eu,” ele repetiu e percebeu que até mesmo a palavra soava amarga em sua língua.
Ele observou Dolly se deleitar em sua glória autoconstruída, suas ilusões a cegando para a raiva fervilhante por trás de seu semblante calmo.
Ela se inclinou mais para perto, estendendo a mão para tocar a dele. Steffan recuou imperceptivelmente, cada fibra de seu ser se afastando do toque dela. Mas ele não se afastou, ainda não.
Ainda havia um jogo a ser jogado, e por enquanto, ele estava disposto a pagar o preço.
“Obrigada por ser tão paciente comigo,” Dolly disse suavemente, seus olhos buscando algum sinal de reciprocidade nos dele. “Sei que tem sido difícil, mas logo teremos tudo o que sonhamos.”
Steffan forçou outro sorriso, seus lábios tremendo com o esforço. “Logo,” ele ecoou, seu tom distante e calculista.
‘Logo eu vou pôr um fim em todas essas trapaças… Logo você enfrentará seu castigo… Logo você será trancada em um lugar onde não poderá enganar ou prejudicar nenhuma alma inocente como Lauren ou idiotas cegos e tolos como eu,’ Steffan pensou consigo mesmo.
Ele permitiu que Dolly segurasse sua mão, apenas para manter a fachada um pouco mais.
Dolly apertou sua mão mais forte, seu aperto quase desesperado. “Eu te amo, Steffan. Mais do que qualquer coisa.”
Steffan engoliu, sua expressão inalterada. “Eu sei,” ele disse calmamente. “Eu sei que você ama.”
Enquanto ela continuava planejando um futuro inexistente, a mente de Steffan novamente se desviava para as palavras de seu irmão. “Mantenha o foco. Lembre-se do motivo pelo qual você está fazendo isso,” ele havia dito.
Ele olhou para Dolly, o sorriso dela amplo e desinformado, e se fortaleceu.
“Estou com fome,” ele disse quando não pôde mais suportar o aperto persistente dela em sua mão. Ela parecia ter esquecido tudo o mais e estava perdida no prazer que obtinha apenas ao segurá-lo.
Então, antes que ela pudesse pensar em algo mais torturante, ele teve que distraí-la.
“Sim, claro, amor. Deixe-me preparar algo rapidamente para nós. O que você gostaria de comer?” Ela perguntou.
E, em vez do desinteressado qualquer coisa que Steffan sempre dizia, desta vez, ele escolheu um prato complicado que levaria Dolly a noite inteira para preparar. Ele tinha certeza de que, quando ela terminasse, estaria cansada demais para pensar em ter ideias engraçadas sobre ele.
Além disso, ele soube que hoje foi um dia bastante atarefado no hospital e Dolly mal teve tempo para almoçar.
Steffan observou enquanto a expressão de Dolly mudava, seu entusiasmo vacilando brevemente com seu pedido inesperado. Mas ela rapidamente mascarou isso com um sorriso brilhante, determinada a não perder o ímpeto que pensava ter ganhado.
“Claro, qualquer coisa por você, amor,” ela disse, sua voz alegre mas tensa nas extremidades. “Só me dê um momento, e eu preparo.”
Steffan acenou, fingindo apreciação. “Ótimo. Eu gostaria de uma refeição de três pratos. Comece com o bisque de camarão, depois o pernil de cordeiro com purê de batata de alho e alecrim, e para sobremesa, talvez um suflê de limão.”
Dolly piscou, claramente surpresa com a complexidade do pedido dele. Seu entusiasmo diminuiu por um segundo antes dela colar um sorriso amplo e determinado. “Claro, amor. Isso soa… maravilhoso. Vou começar agora mesmo.”